18/09/2012


 HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Estado esconde subsídios de luxo a diplomatas

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O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) nunca divulgou o montante dos subsídios atribuídos aos diplomatas. E Paulo Portas, tal como fizeram os seus antecessores no cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, não vai, para já, divulgar aqueles valores, que já foram alvo da análise crítica da troika. Entre salário, abonos de representação e casa, um diplomata pode receber mais de 11 mil euros por mês.

O Ministério liderado por Paulo Portas admite, em resposta a questões do CM, que "os despachos que regem a matéria de abonos actualmente em vigor no MNE são de 1986 e 1994, não tendo, na altura sido publicados."
Copenhaga, Roma e Madrid são, segundo documentos do MNE, as capitais onde os diplomatas têm subsídios mais altos: por exemplo, o abono de representação de um conselheiro de embaixada, segunda categoria na carreira diplomática (imediatamente abaixo de embaixador), atinge 6291 euros em Copenhaga 6285 euros em Roma e 6190 euros em Madrid. Com todos estes abonos (representação e casa), um conselheiro recebe um vencimento mensal que ultrapassa os 11 800 euros. Já em Luanda, segunda cidade mais cara do Mundo, e considerada estratégica para os interesses nacionais, a remuneração mensal ronda os 8400 euros. O MNE admite que "a crítica à não revisão destas tabelas é antiga", dado que "alguns valores estão desactualizados". A troika quer que o Governo introduza alterações nos abonos. 

FILHA DE EMBAIXADOR NOMEADA
Paulo Portas nomeou Maria Monteiro, filha do embaixador e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros António Monteiro, adida técnica principal na embaixada de Portugal em Londres.
Maria Monteiro cessou funções na embaixada em Londres a 6 de Fevereiro deste ano, depois de ali ter estado como adida de imprensa durante seis anos, prazo máximo estabelecido na lei.
Ao abrigo do regime de pessoal especializado então em vigor, foi acordada a sua manutenção em funções até 6 de Agosto. E a 31 de Julho seria nomeada adida técnica principal ao abrigo de uma lei do Governo da coligação PSD/CDS-PP que entrou em vigor a 1 de Julho. O Ministério dos Negócios Estrangeiros justifica a nomeação com a "necessidade de manutenção de uma adida técnica (a única ali existente)."


* Em Portugal há gente que não sente a crise, regra geral são pessoas ligadas de alguma maneira ao poder político, porque será???

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