10/09/2012

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Crescimento das exportações 
desacelerou para 6,8% 

Em valor, Julho foi o segundo melhor mês de sempre. Vendas ao exterior ficaram de novo acima dos quatro mil milhões de euros. 

As exportações subiram 6,8% em Julho por comparação com o mesmo mês do ano e cresceram 2,4% por comparação com Junho. Estes valores traduzem uma desaceleração do crescimento homólogo (que havia sido de 9,8% em Junho), mas uma recuperação mensal, já que, entre Maio e Junho, as vendas ao exterior tinham caído 1,8%.

Em valor absoluto, Julho foi o segundo melhor mês de sempre, com as vendas a superar de novo a fasquia dos quatro mil milhões de euros (4.034 milhões). O recorde foi registado em Março: 4.095 milhões de euros de vendas ao exterior.
O FESTIM

Os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para uma forte desaceleração das vendas para os demais países da União Europeia. A variação homóloga ainda é positiva, mas residual: 0,6%, depois de 7,9% em Junho e 1,4% em Maio. Já para o mercado extra-comunitário, a taxa de crescimento das exportações acelerou, continuando a escrever-se com dois dígitos: 24,9% em Julho, após 15,2% no mês anterior.

As importações, por seu turno, caíram pelo sexto mês consecutivo, tendo em Julho quase duplicado a queda homóloga observada no mês anterior: - 6,2%, contra -3,5%.

A AICEP, Agência para Investimento e Comércio Externo, fez entretanto as contas aos valores acumulados nos sete primeiros meses de 2012, concluindo que as exportações cresceram 9% por comparação com o mesmo período do ano passado, tendo atingindo o valor global de 26.914 milhões de euros, mais 2.193 milhões de euros do que em igual período do ano passado.
FESTEJANDO AS EXPORTAÇÕES

Sublinha a AICEP, que as exportações para os países extracomunitários cresceram entre Janeiro e Julho agora 25,7% “o que significa que neste momento o comércio com estes países representa 28,2% do nosso comércio com o exterior.

No mesmo período, as importações caíram 5,6%, o que resultou num desagravamento do défice da balança comercial em 4.143 milhões de euros. A taxa de cobertura melhorou 11 pontos percentuais, situando-se no início do segundo semestre em 82,6%.
O SALDO DAS EXPORTALÇOES

Estes números, de acordo com o Presidente da AICEP, Pedro Reis, “são a prova de que esta frente da nossa economia está a responder, quando dela mais precisamos”. Pedro Reis destaca ainda que esta tendência de crescimento das exportações de bens é “importante para que os mercados e os nossos parceiros comerciais mantenham a sua percepção positiva sobre a capacidade de Portugal em ultrapassar a crise e voltar a crescer, sobretudo num contexto de abrandamento global da atividade exportadora em outros países”. 

* Os números são só  bonitinhos porque com a perda colossal do poder de compra dos portugueses não há exportações que nos salvem.

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