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Ensino.
Psicólogos ainda não estão nas escolas
e têm contratos de apenas 30 dias
Muitos dos psicólogos selecionados para as escolas estão a ser
contratados através de acordos renováveis todos os meses, denunciou hoje
o sindicado, alertando também para o facto de a maioria ainda não ter
sido colocada.
"À exceção dos psicólogos que trabalham nas escolas de intervenção
prioritária (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária) e que
têm contratos até ao final do ano letivo, todos os outros têm contratos
que têm de ser renovados todos os meses", denunciou hoje Elsa Couchinho,
dirigente do Sindicado Nacional de Psicólogos.
De acordo com a responsável, "o Ministério da Educação e Ciência
coloca os psicólogos nas escolas através de contratos de duração máxima
de 30 dias, renováveis enquanto a necessidade se mantiver".
Elsa Couchinho sublinha ainda que estes profissionais não têm
direito a ajudas de custo nas deslocações, nem a subsídio de refeição ou
apoio para comprar material pedagógico.
Além da instabilidade profissional, o sindicado lamenta que, ao
contrário do prometido pelo ministério, a maioria dos psicólogos ainda
não está a trabalhar, apesar de as aulas terem agora começado.
"O ano letivo começou hoje na maioria das escolas e a maior parte
dos psicólogos ainda não foi colocada, penso que não chegam a dez os que
já estão nas escolas. Todos os outros não estão, nem sabem quando para
lá irão. No ano passado houve casos em que só começaram a trabalhar em
janeiro", denunciou a dirigente do SNP.
Em agosto, o MEC autorizou a contratação de 176 psicólogos, mantendo assim o número do ano anterior.
De acordo com Elsa Couchinho, este número é insuficiente: "Os 176
psicólogos vão colmatar apenas algumas lacunas que existem. Claro que
não é preciso um psicólogo por escola, mas estes números estão muito
abaixo dos padrões esperados".
Aos psicólogos que estão agora a ser agora contratados "a
conta-gotas", juntam-se cerca de outros 200 que pertencem aos quadros.
* Os psicólogos constituem uma classe proscrita na sociedade portuguesa, não deve haver grupo profissional que seja alvo de tanto desrespeito.
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