10/07/2012

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

BdP: 
Portugal regista excedente 
comercial este ano 

Portugal deverá registar um superavit das balanças corrente e de capital em 2013. Mas já este ano, o excedente na balança de bens e serviços será positivo. A confirmarem-se estes valores, será a primeira vez em décadas que tal acontece. 

O Banco de Portugal espera que, este ano, o saldo entre compras e vendas de mercados e serviços ao exterior permita financiar a economia portuguesa em 0,4% do PIB, um valor que subirá para 2,5% em 2013. Este contributo explica que no próximo ano, o saldo externo global chegue também a terreno positivo, um facto inédito pelo menos em democracia. 

A balança corrente e de capital registará um excedente de 0,8% do PIB. Segundo a base de dados da Pordata, pelo menos desde 1996 que Portugal não regista um excedente comercial, ou seja, que as exportações superem o valor das importações. “A evolução projectada para as componentes da procura agregada implica uma redução substancial das necessidades de financiamento externo da economia portuguesa, medidas pelo saldo da balança corrente e de capital, o qual deverá tornar-se positivo em 2013”, lê-se no boletim económico do Banco de Portugal, onde se sublinha a relevância deste indicador: “Esta evolução é fundamental para assegurar o regresso da posição de investimento internacional a uma trajectória sustentável, assegurando condições de solvabilidade intertemporal da dívida externa”. 

Concorrem para este efeito a depressão da procura interna e logo das importações, mas também um desempenho positivo das vendas ao exterior. O BdP sublinha que as empresas portuguesas estão a reagir à queda da procura interna com um esforço adicional na frente externa: “A informação disponível aponta para ganhos de quota no período mais recente atribuíveis, inter alia, a um esforço acrescido de procura de novos mercados por parte das empresas portuguesas de bens transaccionáveis, num quadro em que o ajustamento da procura interna é percebido pelos agentes residentes como permanente”, escreve o BdP que acrescenta: “Neste contexto, admite-se que este padrão tem ainda margem para um aprofundamento adicional, pelo que a actual projecção tem implícitos ganhos adicionais de quota de mercado das exportações portuguesas em 2012 e 2013”. 

As compras ao exterior também ajudam: “as importações de bens e serviços registaram uma queda em termos homólogos num contexto em que as empresas deverão ter continuado a ajustar as existências para níveis mais compatíveis com a procura esperada”, interpreta o Banco de Portugal. 

Depois de uma queda de 5,2% no ano passado, o BdP espera que as importações recuem 6,2% este ano, voltando a terreno positivo em 2013. O INE revelou hoje que as exportações portuguesas aumentaram 6,5% no trimestre terminado em Maio, período em que as importações baixaram 9,5%, o que permitiu uma melhoria da taxa de cobertura para 80,7%. 

* Calma,não se deitem foguetes que não há motivos para tal. É óbvio que é muito bom as exportações excederem o valor das compras ao exterior mas é manifestamente insuficiente. 
Não são as exportações que vão travar a subida galopante do desemprego e a descida abrupta do consumo interno ou endividamento das famílias. 
Nada se fez na justiça de relevante, nas finanças o destaque é o assalto ao bolso dos contribuintes provocado pelos dislates dos governantes, na economia são notícia as falências, o enriquecimento de quem já era rico, na agricultura estamos na antecâmara do velório. 
A notícia é boa, mas era muito difícil a este governo fazer pior que os governos de Durão Barroso e Socrates. 
A finalizar saiba que a tão apregoada dívida espanhola corresponde aproximadamente a 70% do PIB e a portuguesa ultrapassa os 110%, signifivativo! 


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