23/07/2012


HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Jovens a trabalhar 
só a partir dos 18 anos

Uma vez que a partir do próximo mês de Setembro o novo limite impõe uma frequência escolar até ao 12.º ano, num mínimo até aos 18 anos de idade, o Conselho Nacional de Educação (CNE) recomenda que seja igualmente ajustada a idade legal de acesso ao trabalho, que se situa actualmente nos 16 anos.

Num documento esta segunda-feira publicado, o CNE aplaude a medida mas alerta para a necessidade de estarem criadas condições para passar a receber um grupo "mais heterogéneo" de alunos, caso contrário poderá assistir-se a um aumento do insucesso escolar e mesmo de indisciplina e absentismo.
Para este conselho é preciso encontrar uma fórmula que garanta que o acesso ao trabalho antes dos 18 anos se realize "em contexto formativo e com intencionalidade educativa", sendo também preciso criar condições para que os jovens encontrem na escola o que procuram, não a transformando "em meros depósitos de ocupação temporária dos jovens, adiando apenas a sua entrada no mercado de trabalho", pode ler-se.
As escolas têm de estar preparadas para lidar com uma "heterogeneidade cultural e social que passará a estar mais presente nas escolas e centros de formação". Caso contrário, poderá registar-se um aumento dos níveis de insucesso e "outras manifestações de desagrado dos estudantes para com a escola obrigatória", esclarece o documento do CNE. 
O CNE alerta para o facto de que "se não houver as condições e a capacidade para gerar um leque variado, atractivo e qualificado de oportunidades educativas para todos, o objectivo do prolongamento de escolaridade não se cumprirá".
Contactados pelo CNE, os directores das escolas mostraram-se, em geral, motivados e preparados para as mudanças, mas temem que possa haver falta de motivação dos alunos para continuar a estudar, receando mesmo um "aumento da indisciplina e do absentismo".
Quem trabalha nas escolas sublinha que é essencial rever e reforçar o apoio social escolar dos alunos e das famílias com mais carências económicas. Os directores das escolas sublinham ainda que poderá haver "resistência das famílias em situação de pobreza e com baixo capital cultural".


* Um assunto crucial que a notícia transforma em "não assunto", tal como a ejaculação, perdão,  a licenciatura precoce de Miguel Relvas.
Há tanto jovem com menos de 18 anos a trabalhar em profissões, algumas de elite, publicidade, teatro, televisão, etc, que as excepções vão "baratinar" a regra.
Bolas para o CNE, custa dinheiro e só manda "bitates", as condições criam-se em casa, chama-se educação.

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