25/07/2012


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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

AECOPS acusa governo de estar 
a afundar regiões mais produtivas

A Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS) acusou hoje a política económica do actual governo, "exclusivamente centrada na exportação de bens", de afundar as regiões do Algarve, Lisboa e Madeira e de penalizar as exportações de serviços e o turismo.

A associação refere em comunicado, que "a actual política económica, exclusivamente centrada na exportação de bens, está a afundar regiões que nos últimos tempos conseguiram destacar-se pela positiva no panorama nacional (ou conseguiram um desempenho fora de série no panorama nacional) – como o Algarve, a Madeira e Lisboa – e a penalizar as exportações de serviços e o turismo".

Há 10 mil fogos construídos
que nunca se vendem
O último trabalho da AECOPS centra-se na região do Algarve e mostra que uma "ameaça paira sobre o sul do País e que consiste na sua transformação num enorme deserto económico".

A associação considera que a "política económica actualmente prosseguida parece estar a excluir o Algarve dos planos de crescimento para o País, destruindo o tecido empresarial e as capacidades produtivas do sector da construção local e, assim, afundando a região numa crise e depressão profundas".

A AECOPS recorda que a região do Algarve tem sido "um motor da economia portuguesa, nomeadamente pela captação de investimentos, residentes com elevado poder de compra e grande volume turístico". Mas para a associação as actuais medidas do Governo estão a penalizar as exportações de serviços e turismo.

O Produto Interno Bruto (PIB) da região algarvia ficou, em 2008, nos 16,2 mil euros, apenas abaixo de Lisboa, 21,6 mil euros, e acima da média do País, 15,7 mil euros a preços correntes, segundo os últimos dados disponibilizados pelo INE. O rendimento disponível bruto das famílias por habitante reflecte este resultado. No Algarve o rendimento disponível das famílias foi, em 2006, de 11 mil euros. Lisboa foi a região que registou um valor superior, 12,9 mil euros. A média do país ficou nos 10,1 mil euros.

A Associação defende uma maior aposta na exportação de serviços por forma a valorizar o território e os seus activos e assim reverter o desinvestimento a que se assiste na região algarvia no sector da construção e Obras Públicas.

Entre 2007 e 2010, o Algarve absorvia 5,6% dos concursos públicos adjudicados no País. Em 2011, este valor caiu para os 1,0%, o que corresponde a um investimento de 25 milhões de euros. No primeiro semestre de 2012, 0,9% das obras foram adjudicadas nesta região, o que representa 6,5 milhões de euros.

A AECOPS considera que o sector da construção está em "colapso" no Algarve e que se deveria adoptar uma estratégia de captação de investimento estrangeiro.


* Apesar de nos últimos 10 anos estarmos a viver 10% acima do que produzíamos e uma grande fatia do despesismo foi gasto em "betão" , por vezes inútil, a AECOPS nunca se pronunciou contra o esbanjamento de dinheiro, já que tocava algum aos seus associados.
Agora que a Troika obriga a cortar sério nas despesas já se manifesta como arauto dos fracos e oprimidos, descaramento q.b.



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