22/06/2012

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS  

Vítor Gaspar admite "aumento
. significativo nos riscos e incertezas" 

O ministro das Finanças admitiu que os dados disponíveis sobre a execução orçamental, que serão apresentados  hoje, traduzem "um aumento significativo nos riscos e incertezas", mas reafirmou o objectivo de cumprir o défice para 2012. Vítor Gaspar, que falava no Luxemburgo, no final de uma reunião dos ministros das Finanças da zona euro, indicou que "a informação disponível sobre o comportamento das receitas não é positivo", pois "de facto, verificaram-se valores abaixo do esperado para a receita fiscal e para as contribuições para a segurança social".

 "Estes dados disponíveis traduzem um aumento significativo nos riscos e incertezas que estão associadas às expectativas orçamentais. O Governo está determinado a cumprir o teto para o défice de 4,5% para 2012, mas estamos totalmente conscientes de que o esforço necessário para atingir este valor é muito importante", declarou. 

Vítor Gaspar sublinhou que está em curso no país "um ajustamento sem precedentes na história recente de Portugal", e a execução orçamental para 2012 é "muito exigente", pelo que, deste ponto de vista, "não é surpreendente" que se tenha de enfrentar mais riscos e incertezas. 

Insistindo que "o Governo está determinado em cumprir o défice de 4,5 por cento para 2012" e que Portugal não tomará a iniciativa de pedir "nem mais tempo, nem mais dinheiro", Vítor Gaspar voltou todavia a lembrar que os parceiros do Eurogrupo já disseram repetidamente que se Portugal continuar a cumprir as condições do programa, mas se enfrentar dificuldades no regresso aos mercados por circunstâncias que não pode controlar, "estão disponíveis para prestar o apoio adicional necessário para assegurar o sucesso" do programa. 

 "Esta garantia de apoio, este mecanismo de seguro, é para nós um activo precioso e um factor muito importante para o sucesso" do programa, disse. 

* Pura demagogia! Os riscos e as incertezas estão assinaladas de há muito, não cresce a economia a miséria não é um risco mas uma certeza, o aumento do desemprego não é um risco é também uma certeza, impuseram-nos comer de fora para dar cabo da nossa agricultura é um facto. Claro que a receita fiscal diminuiu, mas não era uma incerteza mas um dado adquirido. Qual o risco que o ministro refere, a conjuntura internacional, mas também é certo que à escala global, os ricos vão enriquecer e a classe média vai mendigar.
A seriedade do ministro não está em causa mas as suas incertezas deixam muitas dúvidas quanto à sua competência.


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