08/06/2012

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Empresa portuguesa desenvolve
. controlador de asas de helicóptero 

 A empresa portuguesa Active Space Technologies (AST) vai desenvolver, com o apoio da Comissão Europeia, um sistema para controlo e monitorização de asas de helicóptero, que trará ganhos ecológicos e diminuição de custos em combustíveis e de manutenção. 

O projecto, que agora se vai iniciar, com a duração de 32 meses, envolve um montante de 300 mil euros e prevê o desenvolvimento de um "atuador" de asa (pá) de helicóptero, ao qual a empresa instalada em Coimbra pretende ainda adicionar um sistema de comunicação 'wireless' (sem fios). 

 O atuador visa diminuir a rotação da asa (pá) assegurando um idêntico, ou superior, desempenho do helicóptero. Em consequência haverá uma diminuição do consumo de combustível, dos gastos de manutenção e uma redução do ruído e vibração. 

Ricardo Patrício, responsável técnico da empresa, explicou à agência Lusa que com a diminuição das rotações se ampliam os intervalos de manutenção e se prolonga o tempo de vida do rotor das pás, dispositivo que representa um valor superior a um terço do custo do helicóptero. "A incorporação de atuadores (flap) em asas abarca uma série de desafios, em particular relacionados com o reduzido espaço disponível, com a concentração de tensões, propagação de fissuras provocadas pelas elevadas cargas em operação, explicou. 
O balanceamento de massas, acrescentou, "com enormes acelerações, a distribuição da temperatura, as deformações termoelásticas, com "roteamento" da cablagem" e a incorporação do sistema de comunicações são outros dos grandes desafios ao projecto. Pretendendo ir além do âmbito do projecto que vai desenvolver, em parceria com a Comissão Europeia e a Agusta Westland (fabricante europeu de helicópteros), a Active Space Technologies vai incorporar conhecimento em que tem apostado, de sensores e tecnologias que permitam a monitorização automática de componentes críticos. "Introduzindo a monitorização contínua podem relaxar-se os intervalos de inspecção, reduzindo os custos da operação", sublinha Ricardo Patrício. 

Realça que a sua empresa atua no mercado aeroespacial desde 2004, e sempre esteve focada no desenho e concepção de sistemas electromecânicos para ambientes hostis, com competências de engenharia mecânica (estudos térmicos, estruturais, maquinação de precisão) e em engenharia electrónica (sistemas e controlo, electrónica e comunicação 'wireless'). 

A Active Space Technologies vai desenhar e desenvolver, fabricar e testar um sistema "gurney flap". Esse atuador será incorporado numa asa e testada a sua funcionalidade. "Paralelamente, vamos implementar as nossas competências relativas aos nossos sistemas 'wireless' e dotar a asa de comunicação 'wireless' de modo a reduzir o número de canais de comunicação necessários na asa". Seguidamente a fabricante de helicópteros Agusta Westland testa o sistema em várias asas num túnel de vento. Aprovado o protótipo em testes, será fabricado o modelo para experiências reais em helicópteros. 

Se os resultados obtiverem sucesso, poderão ser incorporados em helicópteros mediante a certificação das autoridades aeroportuárias. A AST foi fundada em 2004 por Ricardo Patrício e Bruno Carvalho, após um estágio na Agência Espacial Europeia. No primeiro ano facturaram apenas 15 mil euros. As encomendas asseguradas para o corrente ano ultrapassam já os 1,2 milhões de euros. Mais de 90 por cento das receitas provém de clientes europeus. Com sede em Coimbra, possui já um centro técnico na Alemanha e uma representação comercial na Holanda. 


* Mas que boa notícia, sem espiões, pressões ou outros corruptos  cabr_es!!! 

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