07/06/2012

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ESTE MÊS NA
"CARAS"

Índia: Varanasi 
Cidade mística

No nordeste da Índia, junto das margens do rio Ganges, Varanasi é uma das cidades mais antigas do mundo e a mais sagrada para os hindus. Uma combinação de arqueologia, misti­cismo, geografia, arte e história fazem de Varanasi a capital cultural indiana, também famosa pela sua música e danças tradicionais. 
UM CADÁVER AINDA "EMBRULHADO" NO GANGES, 
JUNTO AOS BANHISTAS

Cheguei ao fim da tarde, de comboio, a esta terra mística, cheia de vida e cor, repleta de espiritualidade e cultura. Percorri, primeiro de riquexó, depois a pé, o emaranhado de ruas estreitas, repletas de lojas que vendem de tudo um pouco, animadas por vendedores ambulantes, pequenas bancas de comida, anúncios coloridos nas fachadas dos prédios, vacas (animal sagrado por estas paragens), motos, bicicletas e pessoas, muitas pessoas a pé, que seguiam em todas as direções, num caos ordenado típico das grandes cidades indianas. 
PRODUTORES DE FEZES SAGRADAS

Como que levada numa corrente de gente, cheguei finalmente à margem do emblemático Ganges, uma das principais atrações da cidade, devido aos rituais que se praticam nas suas margens. No ar, o cheiro a incenso intensificou-se, como que a dizer que estava em território sagrado. 

Crente ou não, a viagem de barco, com vista privilegiada para as ghats (escadarias que condu­zem à água), onde os hindus se banham e fazem as suas cerimónias religiosas ao nascer e ao pôr do sol, as cores vivas dos saris, as decorações feitas com flores e as velas acesas flutuando no rio, é um espetáculo impressionante, que não deixa indiferente quem visita esta terra de tradições e lendas milenares. 

* Admiramo-os que a jornalista se tenha esquecido de referir coisas tão evidentes como pessoas a tomarem banho no Ganges e a vaca sagrada a "cagar" ali mesmo ao lado, mas como a merda do bovino é santa não infecta, também não viu cadáveres desventrados a boiarem no rio, tudo numa perfeita união de santidade e porcaria. Também da comida das bancas que a jornalista refere com tanta ternura, certamente não "reparou" que a água barrenta e mal cheirosa onde se preparam os cozinhados, vem directamente do rio sagrado em vasilhame conspurcado, em suma um festival de místicos sabores.


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