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HOJE NO

"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

«Secretas» em discussão 

O sistema de informações 

vai hoje ao Parlamento

Silva Carvalho tinha documento sobre a vida pessoal de Ricardo Costa. 

 O Governo escolheu para tema do debate quinzenal de hoje no Parlamento o 'sistema de informações da República Portuguesa', O debate quinzenal com o primeiro-ministro sobre o tema do sistema de informações decorre no mesmo dia em que será votado na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais um requerimento do Bloco de Esquerda para voltar a ouvir o ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, sobre esta matéria.

O "BONDTUGA"

O BE argumenta pela necessidade de voltar a ouvir o ministro, tendo em conta a informação veiculada pela comunicação social 'dando conta que o Ministério Público identificou mensagens trocadas entre um adjunto do gabinete do Ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares e o ex-diretor do SIED, Dr. Jorge Silva Carvalho', e 'que as mesmas notícias referem que existiu idêntica troca de mensagens entre o próprio ministro e o ex-diretor do SIED, que extravasam o âmbito que o próprio já assumiu', 

Segundo o jornal Expresso, as autoridades apreenderam, na posse do ex-espião Jorge Silva Carvalho, um documento de 16 páginas com detalhes da vida pessoal e profissional do jornalista Ricardo Costa. O documento contém informação pormenorizada sobre aspetos pessoais e profissionais de Ricardo Costa, incluindo relações afetivas, nomes, idades e escolas frequentadas pelos filhos menores, uma análise do seu perfil e dos seus aliados e adversários, bem como um historial desde os seus tempos do liceu.

O DILECTO AMIGO

 Ontem, o jornal Público pediu a abertura da instrução do processo das «secretas». A diretora do Público, Bárbara Reis, constitui-se como assistente deste processo, que inclui como arguido Jorge Silva Carvalho. A diretora do Público pediu também que fosse constituído como arguido Nuno Lopes Dias, funcionário do departamento operacional do SIED. Dias não tinha sido acusado pelo Ministério Público (MP). 

A fase de instrução é dirigida por um juiz e visa a comprovação da decisão do Ministério Público (MP) sobre uma acusação, de modo a melhor proteger os interesses das partes. Silva Carvalho quer que o processo das «secretas» siga imediatamente para julgamento, não pretendendo abrir instrução, disse esta semana o seu advogado João Medeiros. 

O antigo chefe do SIED está acusado de acesso indevido a dados pessoais, abuso de poder e violação de segredo de Estado. 

* Desgraçado é o país que tem dirigentes destes em lugares onde deve ser exigida idoneidade acima de qualquer suspeita. Hajam culpados ou não, as notícias que têm vindo a lume já tornam este país desgraçado, quase 40 anos depois da revolução dos cravos. Estamos a ser dirigidos a partir de um vespeiro.

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