09/05/2012


 
HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Há mais de seis mil milhões 
de dívidas incobráveis em Portugal 

Valor das facturas vencidas aumentou 13% este ano, provocando uma asfixia financeira nas empresas nacionais. Na Europa, incobráveis já valem 340 mil milhões. 
 De acordo com estudo divulgado hoje pela empresa de gestão de crédito Intrum Justitia, o valor das dívidas vencidas subiu 13% em Portugal entre Janeiro e Março de 2012, alcançando 6,04 mil milhões de euros. Neste momento, os incobráveis representam já 3,6% da facturação das empresas nacionais. Na Europa, as facturas vencidas valem já 340 mil milhões de euros, o que representou uma aumento de praticamente 8% face aos 315 mil milhões registados em 2011, revela o relatório que abrange 28 países europeus.

 Apesar de uma redução nos prazos de pagamento, Portugal ocupa, ao lado da Grécia, o primeiro lugar no ranking de países com riscos mais elevados por causa dos atrasos no cumprimento de obrigações financeiras. Numa escala de 100 a 200, o país atingiu em 2012 uma classificação de 190, tendo vindo sempre a pior os resultados nos últimos cinco anos. Em 2007 Portugal tinha uma pontuação de 182 neste índice. A média europeia é de 163, sendo que os países com melhores classificações são a Finlândia (126), a Suécia (129) e a Noruega (130). A actual instabilidade económica teve impactos nos resultados da maioria dos países analisados. Em 2007, a média na Europa era uma pontuação de150.

 Este estudo hoje divulgado é feito com base em inquéritos a 7800 empresas europeias (cerca de 1000 são portuguesas, de acordo com a Intrum Justitia), realizados entre Janeiro e Março deste ano.



 * A verdade é que estamos na penúria extrema e os ricos não pagam a crise que criaram. 
A crise foi criada pelos donos do dinheiro que com ele especularam, que com ele vigarizaram e agora, com a ajuda fundamental dos governos, atiram para cima do assalariado com as rupturas financeiras de que são responsáveis. 
Diz o governo que o desemprego está numa espiral de crescimento inesperada, só um analfabeto é que acredita nesta afirmação. Vamos ter mais de um milhão de desempregados até final deste ano, não é preciso ser doutor para o prever, basta andar na rua. 

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