25/05/2012

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

10% dos portugueses têm mais do dobro
. da riqueza do resto da população 

A classe que maiores rendimentos é detentora de uma riqueza média superior a 500 mil euros por ano, o que significa sete vezes mais do que a classe com menores rendimentos. A sua riqueza é duas vezes superior ao conjunto das restantes classes. 

A classe mais rica de Portugal, por rendimento monetário médio, tem uma riqueza líquida de 511 mil euros. Este valor compara com os 69,7 mil euros detidos pela classe com menores rendimentos. São mais 633%, de acordo com os dados divulgados no inquérito à situação financeira das famílias de 2010, publicado hoje pelo Banco de Portugal e pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 

Em termos de riqueza líquida, a classe mais alta tem 805,1 mil euros, um valor que supera o conjunto da riqueza das outras classes, que perfaz 374,2 mil euros. É mais do dobro entre o que detém uma classe e o conjunto das restantes. Em termos de activos financeiros, o relatório revela que são os depósitos a prazo os activos com maior peso, “representando quase 60% da riqueza financeira”. 
 É sem surpresa que as pessoas com escolaridade mais alta são as que detêm maior riqueza, segundo o mesmo relatório. E os dados indicam que os trabalhadores por conta própria têm uma riqueza três vezes superior à dos trabalhadores por conta de outrem. São os indivíduos entre os 55 e os 64 anos que têm maior riqueza, bem como as famílias mais numerosas - entre quatro, cinco ou mais membros. 

O relatório adianta ainda que “quase 40% das famílias estão endividadas, sendo o valor mediano da dívida de 31,7 mil euros”. 

 “Cerca de 25% das famílias têm hipotecas sobre a sua residência principal e cerca de 3% têm hipotecas sobre outros imóveis. Quanto às restantes dívidas, 13% das famílias têm empréstimos não garantidos e cerca de 8% têm dívidas associadas a cartões de crédito, linhas de crédito ou descobertos bancários.” Em termos de activos financeiros, o relatório revela que são os depósitos a prazo os activos com maior peso, “representando quase 60% da riqueza financeira”. 

(Correcção: os dados são todos referentes a riqueza líquida e não a remunerações) 


* Mas não são os ricos que pagam a crise! 
A questão não está em ter a escolaridade mais elevada, o nível da corrupção é que é medonho!

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