03/05/2012

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Abortos entre desempregadas
 aumentam 13,6% 

As mulheres desempregadas são agora o grupo com mais abortos, segundo números da Direcção-geral de Saúde. O número de Interrupções Voluntárias da Gravidez (IVG) aumentou em 2011 para 20.290, mais 153 que em 2010, revelam os dados da DGS, citadoa pela TSF. 
 Entre as desempregadas, o número de IVG aumentou 13,6%, o que faz com que este grupo tenha passado a ser o mais representado no universo dos abortos. As estudantes, que eram as que mais faziam abortos em 2010, ocupam agora o segundo lugar na lista de Interrupções Voluntárias da Gravidez. Os números revelados pela Direcção-geral de Saúde indicam ainda que 67% dos abortos foram realizados por mulheres entre os 20 e 34 anos. 

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi o local onde se realizaram mais abortos, ao passo que se registou uma diminuição de 2,6% nas Interrupções Voluntárias da Gravidez realizadas no SNS, que concentrou 67% dos casos. De acordo com os mesmos dados, Portugal continua a ser um dos países europeus com menos abortos, tendo mais de cinco mil portuguesas que fizeram Interrupções Voluntárias da Gravidez em 2011 já feito um aborto no passado. 

Há mais procura no Hospital de Loures para abortar do que para ter filhos Há mais pessoas a procurar o Hospital de Loures para realizarem abortos do que a marcarem consultas para terem filhos, disse à agência Lusa a responsável pela Espírito Santo Saúde, entidade que gere aquela unidade hospitalar. "Tivemos mais consultas de interrupção voluntária da gravidez do que de obstetrícia [para terem filhos]. 
 E algumas das pessoas a repetirem segunda e terceira vez", sublinhou Isabel Vaz, em Fátima, durante a sua intervenção no XXIV Encontro Nacional da Pastoral Social. À Lusa, Isabel Vaz notou que estes são os primeiros números desde que iniciaram a gestão em Fevereiro e dizem respeito a Março. "Isto não tem nada a ver com ser ou não católico", destacou a responsável daquela entidade do Grupo Espírito Santo, lembrando que "a cobertura universal dos cuidados de saúde não é possível". 

Isabel Vaz sustentou que uma das "discussões sérias que tem que ser feita" é "sobre o que deve ser de facto pago por todos nós", porque "não há dinheiro para pagar tudo". Ou seja, "há que fazer escolhas", defendeu. 

* Claro que há que fazer escolhas mas sem demagogia. As fragilidades financeiras têm implicações emocionais graves no dia a dia das pessoas onde, apenas como coisa boa sobram os  afectos, muita vezes precipitados e pouco esclarecidos. 

Cabe aos agentes de saúde informar, formar e voltar a fazê-lo repetidas vezes sem juízos de valor, quem neste momento tem um salário, baixo que seja,  tem uma pequena luz ao fundo do túnel. 
As mulheres desempregadas estão mais frágeis que ninguém, não as rotulem clínica ou  cientificamente como proscritas!!!

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