15/05/2012


 

HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

ANF atenta a acordo entre Governo
 e indústria farmacêutica 

O presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), João Cordeiro, manifestou hoje "cautela e desconfiança" face ao acordo assinado entre o Governo e a indústria farmacêutica, frisando que "não se conhecem as contas" dos cinco anteriores protocolos. "Com cautela e com alguma desconfiança mesmo. 

Na medida em que há o exemplo dos cinco acordos anteriores dos quais ainda não foram apresentadas contas públicas do que é que a indústria farmacêutica devolveu ao ministério da Saúde", afirmou, no final de uma reunião com o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, na sede daquele partido, em Lisboa. 

 João Cordeiro respondia a perguntas dos jornalistas sobre a posição da ANF face ao acordo assinado segunda-feira entre os ministérios da Saúde, da Economia e das Finanças e a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica. 
 O acordo prevê uma redução da despesa pública do mercado hospitalar em 170 milhões de euros e de 130 milhões de euros em ambulatório. Por seu lado, o Governo compromete-se ao pagamento de 60 por cento das dívidas ao setor em 2012. Ressalvando que ainda não conhece o documento, João Cordeiro sublinhou que a ANF tem "algumas dificuldades" em perceber que se insista numa solução sem que se saiba "os resultados dos anteriores cinco acordos". 

"Qualquer das maneiras, tudo o que seja no sentido do controle da despesa hospitalar para nós é positivo e apoiaremos. Vamos ler com muita atenção o acordo e gostaríamos que este ministro tivesse mais sucesso que os anteriores ministros na relação com a indústria farmacêutica", disse. No final da reunião, o secretário-geral do PCP afirmou acompanhar a posição da ANF face ao acordo assinado, considerando que "há aqui um grande ponto de interrogação". "Os protocolos que têm sido assinados, a verdade é esta, nós conhecemos o conteúdo dos protocolos mas nunca os sucessivos governos deram contas aos portugueses dos resultados", disse. 

* Quem verdadeiramente está lixado é o utente, farmaceuticos, industriais e governantes safam-se muito bem. Bem que desejávamos saber quem vai beneficiar com a redução da despesa...se a redução é feita com perda de qualidade nos cuidados de saúde ou se nas negociatas pela porta do cavalo.

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