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ONTEM NO
"PÚBLICO"
Cerca de 202 milhões de pessoas
sem emprego este ano
Cerca de 202 milhões de pessoas vão estar desempregadas este ano em todo o mundo, mais seis milhões do que em 2011, indica um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado ontem em Genebra.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg97F0Nydz6CaVXwy58YGhAvyflwtV196typkAR21Gdcql7Eoc1EdYO-L3uvhQwWy_j5maoQeOsec0NSKUaS9dcawhBCCS2wGjAJjP0CBlhx5yk_0zwJYG5opJqjqFiLQbf3WBcyreUxa04/s280/JY1.jpg)
No caso português, o relatório sublinha que, à semelhança do que também acontecia em países como a Suécia e o Reino Unido, o desemprego jovem estava a subir já antes da crise, "mas o abrandamento da actividade [económica] piorou ainda mais as oportunidades de emprego para as pessoas mais novas".
A contribuir para o problema do desemprego em Portugal, o documento aponta medidas as medidas de austeridade, entre as quais a redução de contratações e dos salários no sector público, o aumento do IVA e dos impostos sobre os rendimentos mais elevados, o congelamento de pensões e a remodelação do sistema de subsídio de desemprego.
Para a OIT, a criação de 50 milhões de postos de trabalho em todo o mundo seria insuficiente para regressar à situação laboral registada antes da crise de 2008.
Além disso, é pouco provável que a economia mundial cresça o suficiente nos próximos dois anos para dar resposta aos cerca de 80 milhões de pessoas que, no mesmo período, chegarão ao mercado de trabalho, alerta.
EUA e Japão “em ponto morto”
Se a situação na Europa é preocupante, não o é menos no Japão e nos Estados Unidos, onde o mercado de trabalho está “em ponto morto”, descreveu a Organização Internacional do Trabalho.
A falta de condições para aceder ao crédito, especialmente para as pequenas e médias empresas, e as medidas de austeridade postas em prática para “acalmar os mercados financeiros” são algumas das causas do agravamento da situação do mercado de trabalho.
O relatório da organização alerta ainda para as baixas perspectivas de emprego que poderão ainda traduzir-se num aumento do risco de convulsões sociais na Europa, Médio-Oriente, Norte de África e região subsaariana.
Sobre as políticas contraproducentes que afectaram os índices de desemprego, a organização deu como exemplo Espanha, que conseguiu reduzir o défice de 9% do produto interno bruto (PIB) em 2010 para 8,5% em 2011: “Uma pequena descida com um programa de austeridade drástico.”
A organização recomenda à União Europeia que leve o Banco Central Europeu a reconsiderar a sua estratégia e facilite a concessão de crédito para impulsionar o crescimento.
* E os ricos cada vez mais ricos...até quando???
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