01/04/2012

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VIEIRA DO MINHO
DISTRITO DE BRAGA


















Vieira do Minho é uma vila portuguesa no Distrito de Braga, região Norte e sub-região do Ave, com cerca de 2 200 habitantes.

É sede de um município com 218,05 km² de área e 12 997 habitantes (Censos 2011), subdividido em 21 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Terras de Bouro, a norte e leste por Montalegre, a sueste por Cabeceiras de Basto, a sul por Fafe, a sudoeste por Póvoa de Lanhoso e a noroeste por Amares.

O ponto mais elevado do concelho situa-se no Alto do Talefe, com a altitude de 1262 metros.

Vieira do Minho localiza-se num local com uma paisagem priveligiada, bem no coração do Minho, como o próprio nome indica.
Vila Portuguesa, sede do Município mais montanhoso do Distrito de Braga, é caracterizada pelas maravilhosas serras que a rodeiam: a Serra do Gerês e a da Cabreira.
A região apresenta inúmeros vestígios arqueológicos, símbolos de presenças humanas bem antigas que escolheram esta zona de idílica beleza natural, árida e de férteis terrenos.
De carácter notoriamente agrícola, ocupando parte do Parque Nacional da Peneda-Gerês a região de Vieira do Minho tem na sua paisagem e na tradição do seu povo o seu grande encanto. Diversas unidades de turismo rural e de habitação e organização das mais variadas actividades de ar livre aqui têm lugar, e quem aqui vem, decerto promete voltar.
CÂMARA MUNICIPAL
A gastronomia marcadamente Minhota faz as delicias dos seus visitantes, desde a tradicional vitela barrosã, ao cabrito, aos muitos pratos de bacalhau, ao famoso cozido à portuguesa, aos rojões e papas de sarrabulho, ou ao queijo e mel de qualidade.
Na região existem quatro barragens: a barragem do Ermal, a da Caniçada, a de Salamonde e a de Venda Nova.

HISTÓRIA

De origem antiga, como o atestam inúmeros elementos arqueológicos, as freguesias que actualmente integram Vieira pertenceram antigamente a vários concelhos, termos, coutos e vilas, hoje extintos:

Caniçada, Cova, Salamonde, Soengas e Ventosa, pertenceram ao concelho de Ribeira de Soás, deu-lhe foral D. Manuel em 1515;
Parada de Bouro foi pertença do Couto de Parada de Bouro, criado por D. Sancho I, que o deu à famosa Ribeirinha; Cantelães, Eira Vedra, Mosteiro, Pinheiro, Tabuaças, Vieira e Vilarchão, compunham o concelho de Vieira;
Campos e Ruivães eram terras do concelho de Ruivães;
Anjos e Rossas pertenceram ao Concelho de Rossas, a quem D. Manuel concedeu foral em 1514;
Guilhofrei que pertenceu ao concelho de Vila Boa da Roda, com foral de 1514, autorgado por D. Manuel e por último Soutelo e Louredo pertenciam ao Concelho de Lanhoso, que tem foral dado por D. Dinis em 1292.
A antiguidade da ocupação humana das terras que hoje integram o concelho de Vieira do Minho pode ser atestada pelos inúmeros testemunhos arqueológicos que podem ser vistos no concelho, com particular destaque para a área da Serra da cabreira, território ocupado desde a pré-história e as localidades de Salamonde e Ruivães, onde a presença militar de diferentes povos, com destaque para os romanos, atestam o valor estratégico desta área no controle das principais vias de penetração na província. As mamoas, menires, gravuras rupestres , fojos medievais, necrópoles neolíticas, povoações romanas, castros, além de vários utensílios de barro, ferro e outros metais, são exemplos do filão arqueológico da região, bastante subexplorado aliás.

Da época romana, ainda existem vestígios de alguns troços da via XVII do itinerário Antonino que ligava Braga, Chaves a Astorga, e vestígios de antigos povoados dessa época, é exemplo disso o povoado de S. Cristovão - Ruivães

Pela extrema importância na estratégia militar, a região sofreu os efeitos da penetração dos diversos povos que invadiram a península, desde os Suevos aos Romanos, e bem mais recentemente dos exércitos Napoleónicos. De facto, na Primavera de 1809, o concelho foi duas vezes atravessado pelas tropas do marechal Soult: a primeira em 15 de março, em impetuoso avanço a caminho de Braga. A segunda, a 17 de Maio, em retirada precipitada pela ponte da Misarela, no dia exacto em que as forças anglo-lusas de Wellesley chegavam ao alto de Salamonde, com o objectivo, frustrado, de lhes atalhar o passo.

Este seu pendor para o envolvimento na guerra determinou igualmente que Vieira se envolvesse nas guerras liberais, presenciando Ruivães duros combates entre liberais e absolutistas, e pouco depois, em Abril de 1846, Vieira entusiasma-se com o movimento popular da “ Maria da Fonte” onde teve a sua origem e onde habitava o seu mentor: padre Casimiro José Vieira.
CARTA  DE FORAL

Estas breves notas são bem o testemunho da história de Vieira do Minho, feita mais da sua valia estratégica, que da memória dos homens consubstanciada em monumentos e urbes.

A constituição da sede de Concelho foi definida pelo Decreto-Lei Nº22593 de 29-05-1933, no lugar de Brancelhe. Foram então desanexados 11 lugares da freguesia do Mosteiro e 1 de Cantelães, constituindo-se assim a freguesia de Vieira do Minho.


PATRIMÓNIO

ARQUEOLÓGICO

Fojos da Cabreira
Armadilhas de caça
O conjunto monumental designado por Fojos da Cabreira situa-se na linha de cumeada formada por Cortegacinhas, Alto do Seixo, Pau da Bela e Trovão, implantando-se no início da vertente Sul dessa cumeada. A sua área de implantação abrange as freguesias de Anjos, Ruivães, Rossas, Campos e Vilarchão.
O conjunto é constituído por três construções independentes entre si, possuindo, no entanto, características morfológicas semelhantes. Cada uma é formada por dois paredões que convergem para um poço, configurando uma planta em V. A baliza cronológica proposta para os fojos engloba o espaço temporal compreendido entre os finais do século XVII – Fojo do Ribeiro do Fojo e Fojo da Ribeira das Figueiras Bravas - e a segunda década do século XX – Fojo Novo.
 Foi localizado e identificado recentemente um quarto fojo - o Fojo da Alagôa - na zona da Serradela. Este fojo vinha referido na bibliografia como estando destruído.
Os Fojos da Cabreira são armadilhas de caça defensiva, no caso para a captura do lobo. A batida aos lobos era feita a partir da base da vertente Noroeste do Maciço da Cabreira, em direcção aos fojos. A descida da vertente implicava a entrada no fojo, em direcção ao poço onde, uma vez aprisionados, eram abatidos.

Cabanas da Serradela
Abrigos de pastor
Poucos metros a Noroeste das Casas Florestais da Serradela situam-se duas construções, de planta circular e de aparelho construtivo rudimentar. Junto à estrada encontra-se outra cabana, apresentando características construtivas análogas. Tratam-se de abrigos de pastor, de tipologia semelhante aqueles presentes nas serras, um pouco por todo o Noroeste português.

Foram utilizadas pelas populações rurais que enviavam o gado para as serras, muitas vezes em sistema de vezeira. As cabanas protegiam o pastor dos elementos climatéricos que as utilizavam, igualmente, para pernoitar na serra quando assim era necessário.
A cronologia proposta para estes abrigos insere-se na Época Moderna.

Ponte de Campos
Esta ponte faz a passagem sobre o rio Lage, na freguesia de Campos.
Tradicionalmente, a ponte de Campos é referida como tratando-se de uma ponte romana. Na realidade, com base nas características construtivas, sua construção deverá reportar-se à época Tardo - Medieval ou mesmo Moderna.





Pedra Escrita
Arte rupestre/ Marco territorial
A Pedra Escrita situa-se numa zona escarpada, com ampla visibilidade sobre o vale do Turio, onde afloram blocos graníticos. No plano vertical de uma das massas graníticas observam-se gravações, de profundidade variável. 

Os motivos identificados são motivos cruciformes (em cruz), motivos circulares, observando-se, ainda, alguns números e letras de difícil leitura. Coloca-se a hipótese que as sucessivas gravações na rocha testemunhem uma acção continuada de demarcação de limites territoriais.
Com base na data que se encontra gravada – 1790 -, assim como na tipologia dos motivos cruciformes, a cronologia do monumento deverá reportar-se à época Moderna.

MONUMENTOS (alguns)

Alminha da Senhora da Piedade 
LOCAL: Campos








Alminhas de encruzilhada de caminhos, de cariz popular e com destaque para a imagem de Nossa senhora da Piedade.

Casa de Sorilhal em Vieira do Minho
LOCAL:Aldeia
Solar de planta retangular, composta por casa de habitação e capela. As fachadas da casa são simples e sóbrias, em contraste com a fachada da capela que tem vários motivos decorativos.


Estátua de homenagem ao Homem e à Serra em Vieira do Minho

Praça Doutor Guilherme de Abreu
LOCAL: Vieira do Minho

Igreja de São João Baptista em Vieira do Minho
LOCAL: Mosteiro
Também conhecida como Igreja do Mosteiro, tem planta longitudinal de uma só nave, com capela-mor e sacristia. Destaque para o lavabo da sacristia com um excelente trabalho de cantaria.



Hospital de Vieira do Minho
Praça Doutor Guilherme de Abreu
LOCAL:Vieira do Minho
Hospital de planta irregular, composta por corpos justapostos, com uma decoração simples. O facto de a construção do hospital ter demorado muito está patente nalgumas características arquitetónicas de início do século, tendo a sua inauguração tomado lugar 20 anos depois.

Forno Comunitário de Lamalonga
LOCAL: Lamalonga, 







Forno comunitário com cobertura e tendal.

Igreja Matriz de Campos
LOCAL: Campos, Vieira do Minho

Igreja barroca com planta longitudinal de uma só nave. Os elementos decorativos da fachada fazem com que a verticalidade seja mais acentuada.




Museu Etnográfico de Guilhofrei
LOCAL:Assento
Este Museu Etnográfico tem alfaias e engenhos usados em tempos antigos pela população da freguesia e arredores na agricultura, principal meio de subsistência.




Igreja Matriz de Vieira do Minho









Rua Doutor António Luís Reis Ribeiro (EN 304)


AO AR LIVRE

Zona de Lazer de Agra
LOCAL: Agra
 Espaço agradável cheio de ar puro e rodeado de natu reza.

Parque de Merendas de Serradela
LOCAL: Serradela
Parque agradável com bancos e mesas e muita sombra.

Parque Florestal 

Rua Doutor António Luís Reis Ribeiro
LOCAL: Vieira do Minho
Relvado e canteiros bem cuidados e apropriados no contexto em que se situam.

Barco Turístico
LOCAL: Eirós
45 minutos de viagem de barco pelo rio Cávado, no barco Brancelhe. Com capacidade máxima para 47 pessoas, por 4€ cada pode observar as magníficas paisagens serranas dos concelhos de Vieira do Minho, Terras de Bouro e Montalegre.


Parque Florestal da Serra da Cabreira
LOCAL:Pinheiro
O relevo montanhoso, as apelativas albufeiras e os límpidos cursos de água são a melhor riqueza de Vieira do Minho. O Parque Florestal tenta preservar a natureza bucólica da Serra da Cabreira.


Percurso Pedestre da Ponte da Misarela
LOCAL: Aldeia de Sidrós
Percurso pedestre que inicia em Sidrós e termina na aldeia de Salamonde, defronte à orla sul do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Durante o tempo todo vai observar encostas verdejantes, enquadradas nas águas azuis da albufeira de Salamonde. Aconselha-se que faça a caminhada na primavera ou no outono.



Economia
A economia de Vieira do Minho baseia-se na agricultura e na criação de gado, principalmente bovino. Num sistema caracterizado pela policultura, cultiva-se o milho e a batata, e produz-se o vinho verde. 

O pequeno comércio, a indústria de transformação de madeiras, a construção civil e os serviços completam as principais atividades do concelho. O turismo, assente no património ambiental, apresenta enormes potencialidades para o desenvolvimento económico. Este concelho desempenha um papel fundamental na produção energética do país, visto que aqui se localizam quatro aproveitamentos hidroelétricos - barragens da Caniçada, Ermal, Salamonde e Venda Nova.

Projectos Sociais
O Projecto Incluir visa promover a inclusão social de crianças e jovens provenientes de contextos económicos mais vulneráveis, dos 6 aos 24 anos, do Concelho de Vieira do Minho.

Para além das conhecidas áreas de inclusão escolar e educação não formal, da dinamização comunitária e da inclusão digital, esta nova geração, tem mais uma nova área de intervenção: o empreendadorismo e capacitação que visa o “empowerment” dos jovens para que possam ser agentes activos do seu próprio futuro.

Para a concretização destes objectivos o Projecto continua a aposta em acções dentro do espaço escolar, implementando actividades que visem o sucesso escolar e a diminuição do risco do abandono e do abandono escolar efectivo.

Paralelamente desenvolvem-se actividades que visem a melhoria de competências pessoais e sociais dos destinatários, através da dinamização de actividades artísticas e culturais que promovam a sua participação na sociedade e conduzam a um espírito de cidadania activo nos mais jovens. 

Como mecanismo valioso de promoção do sucesso educativo apoia-se também na inclusão digital através da utilização lúdica e recreativa das novas tecnologias da educação, dinamizando um espaço net, situado na Freguesia de Rossas.

O Projecto tem como parceiros privilegiados a Câmara Municipal de Vieira do Minho, a ADIR (Associação Defensores dos Interesses de Rossas), e o Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo.

Gastronomia
A cozinha vieirense está profundamente marcada pelos sabores rurais e serranos, e pelo aproveitamento dos produtos endógenos que possibilitam a confecção de iguarias verdadeiramente tentadoras.
No inverno e depois dos presuntos e enchidos estarem secos e curados, o mais afamado manjar tradicional, as Couves com Feijões, recheia as mesas do concelho.

A vitela assada no forno é outro prato clássico da gastronomia vieirense. A carne Barrosã, gado que pastoreia grande parte do ano nos pastos verdejantes da Serra da Cabreira, pode ser degustado nos restaurantes ou adquirida nos talhos da região.

Para completar o cardápio, não podemos deixar de referir outras especialidades da terra que merecem ser destacadas, tais como o Cabrito, o Anho, os Barquilhos, as Rabanadas, o Leite-creme, o Pudim, entre outros.

Artesanato
O artesanato caracteriza-se por uma simplicidade de todo o processo de produção que permite a concentração de uma só pessoa, desde a concepção e desenvolvimento até à contemplação final da obra e seu destino, tornando-se assim o artesão no único responsável pela obra.

O artesanato de Vieira do Minho é caracterizado essencialmente pelo trabalho em cobre. Ainda hoje é possível encontrar algumas oficinas de artesãos que trabalham este metal.

Além do Artesanato em Cobre, existe ainda o artesanato de tecelagem e bordados tradicionais, que conhecem hoje um considerável vigor, tendo vindo a aumentar o número daqueles que a eles se dedicam.

A cestaria apesar de ser uma “arte” menos expressiva no Concelho, também pode ser encontrada em alguns pontos deste Concelho, nomeadamente em Parada de Bouro.


IN:
- WIKIPEDIA
- SITE DO MUNICÍPIO
- http://www.igogo.pt/pontos-turisticos-vieira-do-minho


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