17/04/2012

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HOJE NO
"DIÁRIODE NOTÍCIAS"


Autossuficiência alimentar
 "pode ser atingida" em 2020

O secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, defendeu hoje que Portugal pode atingir a autossuficiência alimentar em 2020.

José Diogo Albuquerque salientou que Portugal já e autossuficiente em setores como o leite e o vinho, bem como o será o azeite daqui a "dois ou três anos", acrescentando que o objetivo é crescer em valor.

"Se apostarmos em mais exportações, conseguimos aumentar o valor e é para essa autossuficiência que queremos caminhar", afirmou o secretário de Estado à margem de um congresso das industrias agroalimentares.

"Queremos trabalhar tudo o que seja política pública em que podemos apostar ou na produção ou na concentração da oferta", acrescentou.

O mesmo responsável explicou que é possível continuar a ter setores onde a produção é inferior ao consumo, como os cereais, recorrendo à importação, desde que "o rendimento seja maior no futuro".

O governante anunciou ainda que o primeiro relatório trimestral sobre preços dos alimentos vai ser disponibilizado em maio e que o Governo quer rever a legislação no que diz respeito aos prazos de pagamento e contratos com os fornecedores.

A legislação deve avançar na segunda quinzena de outubro e o setor do leite deverá ser o primeiro a arrancar com os contratos obrigatórios.


Portugal importou 
quase o dobro do que exportou

Os produtos alimentares e bebidas exportadas por Portugal em 2011 representaram 55 por cento do valor importado nesta categoria de bens, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Este valor é mesmo assim muito mais elevado que em 1993: há vinte anos, as exportações alimentares de Portugal representavam apenas 38 por cento das importações.

A soberania alimentar é o tema da intervenção de Adriano Moreira, presidente da Academia das Ciências, no congresso da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, que se realiza hoje em Lisboa.

Prevê-se que entre os outros oradores no congresso estejam António Saraiva (presidente da CIP), Rui Miguel Nabeiro (administrador do grupo dos cafés Delta) e Duarte Pinto (presidente da Sumol+Compal).

Nas últimas duas décadas, o rácio entre exportações e importações de alimentos e bebidas tem crescido gradualmente de uma forma favorável a Portugal.

O INE diferencia ainda entre produtos primários e produtos transformados. A diferença entre importações e exportações é muito maior nos produtos primários (onde as vendas representam apenas 35 por cento das saídas de produtos) que nos produtos transformados (70 por cento).

Ao todo, em 2011, Portugal vendeu 4.149 milhões de euros em produtos alimentares, e importou 7.527 milhões. Estes números referem-se apenas ao comércio internacional de alimentos e bebidas - não incluem a produção nem o consumo nacionais.


* Gostaríamos de acreditar no sr Secretário de Estado mas temos de dar atenção à segunda notícia que editamos.

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