08/04/2012

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ESTA SEMANA NO
"VIDA ECONÓMICA"

Fileira têxtil lamenta
Empresas exportadoras 
não estão a ser reembolsadas do IVA

As empresas associadas da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), sobretudo de cariz exportador, estão a queixar-se de atrasos nos reembolsos do IVA. O atraso médio é de mais de um mês, face aos limites que a lei prescreve para os reembolsos. A justificação dada tem a ver com problemas de tesouraria do Estado.

"Os atrasos nos reembolsos em algumas empresas - dependendo da sua dimensão e volume exportado - atingem já algumas centenas de milhar de euros, o que está a determinar graves problemas de tesouraria e a comprometer seriamente a dinâmica exportadora, pois sem fundo de maneio não é possível abrir cartas de crédito para as matérias-primas e menos ainda fazer descontar remessas de exportação junto das entidades bancárias que cada vez se apresentam menos colaborantes, restringindo o crédito e agravando os spreads ao limite da sustentabilidade", adianta Paulo Vaz, diretor-geral da ATP.
A associação tem apelado ao Ministério da Economia para exercer a sua influência junto do Governo, em especial do Ministério das Finanças, "de modo a que a situação seja rapidamente normalizada, sob pena de com a continuidade e a extensão deste problema estarmos a comprometer o único motor da economia que ainda vai mostrando capacidade de reagir e que é o setor exportador". Refere ainda Paulo Vaz: "Se os meios são escassos e há que fazer escolhas, parece evidente que as empresas exportadoras terão de ser aquelas que deverão ser discriminadas positivamente e não o inverso, as que estão injusta e perigosamente a ser penalizadas".

CCP apresenta estudo

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) concluiu a primeira fase do projeto "O setor dos serviços e a competitividade da Economia", cujas primeiras reflexões e resultados vão ser apresentados dia 10 de abril, no Seminário que a Confederação promove em Lisboa com empresas do setor dos serviços e que contará também com a presença do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira.
A CCP, em articulação com as associações do setor e com um conjunto de empresas de serviços, revelará neste estudo um conjunto de novas oportunidades para Portugal se tornar numa plataforma de referência na prestação de serviços a uma escala global, bem como algumas propostas para apoio à internacionalização dos serviços.
As conclusões versarão sobre a importância dos setores de serviços na internacionalização da economia portuguesa, os fatores de competitividade em que pode assentar essa dinâmica e as alterações nas políticas públicas e na atuação do setor financeiro que mais contribuiriam para expandir a presença destes setores nos mercados externos.
O projeto é coordenado pelo economista José Manuel Félix Ribeiro.


* O Estado tem de dar o exemplo, pague a horas para os contribuintes também o fazerem.

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