30/03/2012

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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Governo reavalia situação
 nas ex-SCUT em junho 

O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, disse que o Governo está a estudar o impacto das portagens introduzidas nas antigas SCUT e que em junho irá reavaliar a situação. 

 "É sabido que o Governo está a estudar os impactos nas diversas regiões e, até ao final de junho, irá reavaliar, em todo o país, esta questão", afirmou o governante no Algarve, após a cerimónia de abertura de uma das lojas do Grupo Alicoop/Alisuper, adquirido pelo Grupo Nogueira na sequência de um processo de insolvência iniciado em 2009. O responsável da pasta que tutela os transportes rejeitou, no entanto, a hipótese de o Governo voltar atrás e suspender as portagens na Via do Infante (A22), uma das quatro antigas autoestradas Sem Custos para o Utilizador (SCUT) que passaram a ser pagas e que, desde a introdução da medida, a 08 de Dezembro, sofreu quebras no tráfego. "Não. O Governo não volta atrás, poderá é reavaliar certos mecanismos", respondeu Santos Pereira, quando questionado sobre a hipótese de o executivo suspender o pagamento de portagens na autoestrada que atravessa o Algarve. O governante voltou a defender que "as obras públicas têm que ser pagas e o princípio do utilizador-pagador é importantíssimo", afirmando saber "o impacto que, no Algarve e noutras zonas, as portagens tiveram". Santos Pereira sublinhou, no entanto, que "não adianta ter a ilusão de que estas obras não se pagam" e disse que "foi por, durante muitos anos, se ter mantido a fantasia de que havia obras que não se pagavam" que o país chegou à situação atual. À chegada a Vale do Lobo, Almancil, onde o Grupo Nogueira abriu um supermercado Alisuper, o ministro tinha à espera uma delegação da Comissão de Utentes da Via do Infante, que lhe entregou um dossiê com a documentação sobre a sua exigência de suspensão das portagens e as razões que levam a pedir a medida. "Pedimos uma audiência ao senhor ministro em agosto e ainda não fomos recebidos. Por isso, vamos aproveitar esta visita para entregar documentos com tudo o que foi feito pela Comissão e com as razões que nos levam a pedir a suspensão das portagens", afirmou à agência Lusa João Vasconcelos, um dos membros da delegação. O dirigente da Comissão de Utentes da Via do Infante reafirmou que a Estrada Nacional 125 "não é alternativa" à A22 e lamentou o aumento da sinistralidade na antiga "estrada da morte", frisando que "os acidentes rodoviários aumentaram de 25 em Janeiro para 125 em Fevereiro". Estes dados são, para João Vasconcelos, "alarmantes" e uma das razões que deviam levar o Governo a suspender as portagens na A22. "E houve um agravamento da crise, com hotéis e empresas a fechar, também devido à introdução de portagens", acrescentou. Na conversa cordial entre dirigentes da Comissão e ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira agradeceu a documentação recebida e prometeu estudá-la com cuidado e marcar uma data para uma reunião. 

* Concordamos que as obras têm de ser pagas como diz o sr. ministro, só que a grossa fatia do pagamento vai para os privados que não assumem riscos nenhuns, se uma auto-estrada der prejuízo o governo compensa, se der lucro o privado ganha, se houver danos por erros de gestão o Estado arrota. 
As ex-SCUTS não têm características de contrução para que possam ser consideradas auto-estradas.

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