18/03/2012

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PÓVOA DE LANHOSO
DISTRITO DE BRAGA

















Localização
Situado em pleno coração do Minho, o concelho da Póvoa de Lanhoso localiza-se geograficamente entre a margem esquerda do Rio Cávado e a margem direita do Rio Ave. A limitá-lo estão os concelhos de Braga, Guimarães, Fafe, Vieira do Minho e Amares. Braga, sede do distrito, fica a 15 km, Guimarães a 18 Km e o Parque Nacional de Peneda Gerês a 30 km. 
 Esta situação privilegiada faz das Terras de Lanhoso local de passagem e de paragem para muitos turistas nacionais e estrangeiros.
Com uma área de 130km2 repartidos por 29 freguesias, o concelho tem sofrido um desenvolvimento económico e empresarial que tem contribuído para a reestruturação e melhoramento das suas infra-estruturas, proporcionando aos visitantes boas condições de acolhimento, tanto a nível social, cultural e económico.

HISTÓRIA
Antecedentes
A primitiva ocupação humana do sopé do monte onde o castelo se ergue remonta à pré-história, durante o período calcolítico, conforme atestado pela recente pesquisa arqueológica.
 À época da ocupação romana da península Ibérica, vizinho da estrada que ligava Bracara Augusta (atual Braga), Aquae Flaviae (hoje Chaves) e Astorga pelo sul do rio Cávado, aqui foi erguida uma torre militar.

O castelo medieval
Entre o século X e o século XI, a antiga fortificação romana encontrava-se reduzida aos seus alicerces. O arcebispo D. Pedro (I) de Braga (1071-1091), visando a defesa avançada da sede episcopal de Braga, determinou a construção do Castelo de Lanhoso, conforme placa epigráfica no silhar (a mais antiga em um castelo de Portugal), acompanhando os alicerces e o perímetro da primitiva fortificação.
Nesta defesa se refugiou D. Teresa, viúva do conde D. Henrique (1093-1112) e mãe de D. Afonso Henriques, quando foi atacada pelas forças de sua meia-irmã, D. Urraca, rainha de Leão. Aqui cercada pelas tropas de D. Urraca (1121), D. Teresa conseguiu negociar um acordo - o Tratado de Lanhoso – graças ao qual salvou a chefia do seu condado. Mais tarde, D. Teresa para lá retornou, segundo a tradição, detida por seu próprio filho após a Batalha de São Mamede (1128), o que é contestado pela moderna historiografia, que aponta ter esta senhora verdadeiramente falecido na Galiza (1130).

De qualquer modo, datará do final do século XII e o início do século XIII a reforma do castelo, com a construção da torre de menagem. O castelo era então o que se chamava de cabeça de terra, o que traduz a sua importância regional.
Gentílico Lanhosense ou Povoense
Área 131,99 km²
População 21 886 hab. (2011[2])
Densidade populacional 165,82 hab./km²
N.º de freguesias 29
Presidente da
Câmara Municipal
Não disponível
Fundação do município
(ou foral)
1292
Região (NUTS II) Norte
Sub-região (NUTS III) Ave
Distrito Braga
Antiga província Minho
Feriado municipal 19 de Março
Código postal 4830
Endereço dos
Paços do Concelho
cm-povoadelanhoso.pt
Sítio oficial Não disponível
Endereço de
correio electrónico
Não disponível

Nesse contexto, no século XIII, o castelo foi palco de um terrível crime passional: o seu alcaide, D. Rui Gonçalves de Pereira, tetravô do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, que se encontrava fora do castelo, ao se inteirar da infidelidade conjugal de sua esposa, Inês Sanches, enamorada de um frade do mosteiro de Bouro, retornou e, fechando-lhe as portas, ordenou que se incendiasse a alcáçova, provocando com isso a morte da infiel e seu amante, bem como dos serviçais, que implicou como cúmplices por não terem denunciado o fato. Os antigos relatos referem que ninguém escapou com vida do incêndio, sequer os animais domésticos.

Posteriormente, em 1264, o alcaide D. Godinho Fafez, bisneto de Fafez Luz, senhor dos domínios de Lanhoso à época de D. Afonso Henriques, nomeou como seu sucessor Mem Cravo. Ao final do século, já sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), este soberano concedeu foral à vila de Póvoa de Lanhoso (25 de Setembro de 1292), renovado sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521) (Foral Novo, 4 de Janeiro de 1514).

O santuário de Nossa Senhora do Pilar
Com o início da Idade Moderna, consolidadas as fronteiras do reino, o castelo perdeu progressivamente a sua importância estratégica, vindo a conhecer o abandono e a ruína. 
 Esse processo seria acentuado a partir do final do século XVII, quando André da Silva Machado, um comerciante abastado do Porto decidiu erguer uma réplica do Santuário do Bom Jesus de Braga. Para esse fim, obteve autorização para demolir o antigo castelo e reaproveitar a pedra para edificar um santuário sob a invocação de Nossa Senhora do Pilar (1680). Iniciou-se assim o desmonte de parte da barbacã e das muralhas, edificando-se no interior do recinto uma igreja, a escadaria e as capelas de peregrinação: o Santuário de Nossa Senhora do Pilar.

As obras do santuário prosseguiam ainda em 1724, ao passo que Craesbeeck (Memórias Ressuscitadas da Província de Entre Douro e Minho no ano de 1726) descreve o estado de ruína do castelo, visão corroborada pelo reitor Paulo Antunes Alonso (Memórias Paroquiais, 1758), ao referir que dele restava apenas a Torre de Menagem, cujo cunhal sudoeste se apresentava danificado pela queda de um raio.

PATRIMÓNIO

Sítios Arqueológicos
Megalitismo
- Núcleo da Serra do Carvalho
- Túmulo de Santa Iria, Verim

Castros e povoados fortificados
- Castro de Santo Tirso, Rendufinho
- Citânia de Eiras velhas, Covelas
- Castro de Calvos
- Atalaia de Pena Província, Lanhoso
- Castro de S. João de Rei
- Castro de Lanhoso
~Castro de Leiradela, Brunhais
- Castro de Santa Iria, S. Martinho do Campo
- Castro de Santa Iria de Lagido, Verim
- Castro de santinhos, Taíde/Oliveira
CENTRO DE INTERPRETAÇÂO

Romanização
- Villa de Lanhoso
- Necrópole e habitat de Torrão, Serzedelo
- Necrópole de S. Mamede, Frades
- Villa de Godim, Monte Vermelho, S. João de Rei
- Villa de Calvos
- Vestígios de habitat, Vilar de S. Martinho de Campo
- Villa em Penedo Mogo, S. João de Rei
- Villa de Lamaças, S. João de Rei
- Villa em Cuvelos, Friande
- Vestígios de habitat e tesouro em Sarola, Verim

Vestígios dispersos de habitat romano ou medieval em:
- Souto Velho, Sobradelo da Goma
- Igreja velha, Sobradelo da Goma
- Vilar, Travassos
- Vale de Moura, Oliveira
- Burgo e Infesta, Gerás

Outros Sítios de Interesse Histórico
- Via antiga para Chaves em Botica
- Igreja Românica e necrópole de Fontarcada
- Igreja Românica e necrópole de Verim
- Igreja de Lanhoso
- Castelo de Lanhoso
- Castelo da Mota e reduto medieval da Mota, S. Martinho do campo
- Torre de Geras
- Ponte Românica de Esperança
- Ponte Sobre o Ave em Vilela
- Poldra de Taíde

MONUMENTOS NACIONAIS

Castelo de Lanhoso
No alto do seu trono, na condição de vigilante do tempo e da história, o Castelo de Lanhoso é uma das principais referências culturais e patrimoniais do Concelho da Póvoa de Lanhoso.
A sua singularidade, pela forma como se afirma na paisagem (no pino do maior afloramento monolítico granítico conhecido), aliada à carga histórica e simbólica que encerra, aporta-lhe uma marca indelével na região e no país.

Marco incontornável na conquista e formação do reino de Portugal, ao contemplar-se o Castelo de Lanhoso é difícil não experimentar o imaginário de combates, lutas e batalhas históricas.

Uma das figuras intimamente ligada à história do Castelo é a da Rainha D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal. Desde as suas responsabilidades, senão na edificação, certamente na sua reedificação, garantia dada pelo desdobramento da epígrafe visível no acesso à entrada da alcáçova assentei cumprindo ordens de Teresa, será já no séc. XII que o vínculo se estabelece de forma mais afirmativa, quando em diversos momentos esta fortaleza abriga D. Teresa.

Em 1121, regista-se o episódio do cerco que é imposto pelas forças de D. Urraca, sua irmã, que não consegue tomar de assalto o inexpugnável Castelo nem escapar ao arrojo dos cavaleiros portucalenses. Ambas as partes findam a contenda com a assinatura do Tratado de Lanhoso, em 1121.

Em 1128, derrotada na Batalha de S. Mamede, D. Teresa retorna ao Castelo de Lanhoso, impelida por seu filho, a caminho do exílio na Galiza. Deste episódio decorre o chamado Mito do Pecado Original, quando se diz que, logo após a Batalha de S. Mamede, D. Afonso Henriques, teria encarcerado a mãe nos subterrâneos do castelo (ainda desconhecidos).

Já em finais do século XII, o alcaide de Lanhoso, D. Rodrigo Gonçalves Pereira, após denúncia de infidelidade de sua mulher, D. Inês Sanches, para vingar a sua honra, regressado do campo de batalha, ordena que se incendeie o reduto fortificado, onde se encontravam a esposa adúltera, o amante (um frade beneditino do convento de St.ª Maria de Bouro), e demais populares cúmplices da pérfida traição que sofrera.

El-Rei D. Dinis, zeloso da manutenção e desenvolvimento dos seus domínios, outorga Carta de Foral à sua Póvoa de Lanhoso, datada de Coimbra, a 25 de Setembro de 1292, destacando a necessidade de garantir o controlo e eficácia de um baluarte militar estratégico, o que se confere pela continuidade de ocupação desde o remoto tempo de povoamentos castrejo e romano.

Em 1680, André da Silva Machado, um rico negociante no Porto, originário destas Terras de Lanhoso, obtém junto das autoridades locais, autorização para desmantelar parte das muralhas e barbacã da já velha fortaleza, utilizando as pedras para edificar um Santuário votado a Nossa Senhora do Pilar. Este santuário, composto por nove capelas, oito delas representando a Paixão de Cristo com esculturas em madeira, uma capela recordando o episódio da boa Samaritana e pela Capela do Senhor do Horto, constituiu um dos mais concorridos santuários marianos da região do Minho.

Quando no 2.º quartel do século XX se iniciaram as obras de restauro, promovidas pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, do Castelo de Lanhoso quase só restava a sua Torre de Menagem.

Em 1996, a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso procede à musealização do Castelo de Lanhoso, que oferece uma pequena exposição com testemunhos do Castro de Lanhoso, localizado na meia-encosta do Monte do Pilar.

Igreja Românica de Fontarcada
Templo românico do séc. XIII, constitui uma admirável unidade arquitectónica decorativa e simbólica, das austeras tradições beneditinas, representadas pelo ramo de Cister aos explendores de Cluny.
Perfeito exemplar do românico tardio do Minho, tanto no seu interior como exterior, destaca-se a sua riqueza iconográfica, com realce para os símbolos que indicam a presença de Deus.
 Segundo José Carlos Leite, o Mosteiro de Fontarcada situa-se num lugar em pleno meio rural, paisagísticamente belo, de modo a oferecer o isolamento propício à contemplação.
As particularidades que a caracterizam são: a nave proporcionalmente mais alta do que o normal e uma ampla e alta capela-mor com uma espacialidade nova e razoável luminosidade, um portal axial com colunas finas, prismáticas e redondas assentes sobre alta sapata corrida e o tipo de representação do Agnus Dei no tímpano. A capela-mor é um excelente exemplo da força e riqueza do românico.
Em 1910 o Mosteiro de Fontarcada é classificado como monumento nacional.

Ponte Mem Gutierres
A ponte medieval de Mem Gutierres, erigida sobre o Rio Ave, caracteriza-se por ser uma ponte de perfil em cavalete assente sobre um arco alto quebrado. 

As aduelas são muito estreitas e compridas, com extradorso irregular. Os encontros são reforçados com contrafortes regulares. No arco mostra dois níveis de agulheiros. As guardas são em cantaria de granito. Também conhecida como “Ponte Domingos Terno”, que se diz ter sido o responsável pela sua edificação.

IMÓVEIS DE INTERESSE PÚBLICO

Casa da Costa
Lugar: Costa
Freguesia: Geraz do Minho
Cronologia: Séc. XVII/ XVIII
A casa da Costa, integra-se num conjunto rural isolado. É uma casa de composição simples, constituída por dois pisos, em forma de “U”, onde sobressai o seu belo portal. 

O vão da porta , com arco em ogiva, é encimado por brasão de armas de Francisco da Costa (1571), Senhor da Quinta da Costa, fidalgo da casa Real. Ao logo dos tempos, a casa da Costa sofreu sucessivos aumentos de volumes, a que correspondem épocas distintas, mas mantendo o conjunto sempre a sua uniformidade.

Castro de Lanhoso
Lugar: Monte de Lanhoso / Monte do Pilar
Cronologia: Calcolítico / Bronze Inicial / Idade do Ferro / Época Romana
Tipologia: Povoado Fortificado pré e proto-histórico romanizado
Povoado fortificado pré e proto-histórico romanizado, com vestígios de ocupação humana do Calcolítico à Romanização.
Este arqueosítio foi objecto de trabalhos arqueológicos esporádicos ao longo do séc. XX. A análise do espólio das escavações realizadas, na encosta Este do povoado, por Carlos Teixeira, nos anos 30 e por K. Petruso, em 1982, permitiram detectar vários momentos de ocupação humana anteriores à romanização.
Os vestígios mais antigos, que foram encontrados no local, indicam uma ocupação atribuível ao Calcolítico (final do IV e início do III milénio a.C.).
À ocupação da Idade do Bronze (II – I milénio a.C.), correspondem achados de cerâmica, em alguns casos decorada, discos cerâmicos e um punhal triangular de bronze.
Da Idade do Ferro identificam-se três torques em ouro e um capacete de bronze. Desta fase de ocupação encontram-se ainda algumas contas de colar e, um conjunto significativo de cossoiros.
Alguns destes achados encontram-se em exposição no Núcleo Museológico do Castelo de Lanhoso.
Em 2001 a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, para além da limpeza das estruturas, procede à edificação de um núcleo formado por três cabanas que procuram representar, o mais fielmente possível, as características próprias das habitações castrejas. A par desta edificação, o visitante pode usufruir de um percurso interpretativo sobre o Castro de Lanhoso e a cultura Castreja.

Hospital António Lopes
Lugar: Avenida dos Bombeiros Voluntários
Freguesia: Nossa Senhora do Amparo / Póvoa de Lanhoso
Cronologia: Séc. XX
Edifício do início do séc. XX (1914-1917) da autoria do Arquitecto João Moura Coutinho, mandado edificar pelo ilustre benemérito António Ferreira Lopes. 

Contudo a classificação deste imóvel apenas diz respeito à sua portaria, um amplo vestíbulo de planta rectangular, com mosaicos no pavimento, pinturas no tecto, e revestimento azulejar com painéis descritivos da vida local, cujo ecletismo reflecte bem o gosto da época. Cada uma das cenas contém documentação etnográfica, rigorosa pela sua execução realista. Os Azulejos têm a autoria de Jorge Colaço.

Igreja S. João Baptista de Rei
Lugar: Igreja
Freguesia: S. João De Rei
Cronologia: Provavelmente Século XVIII
Igreja dedicada a S. João Baptista. Caracteriza-se por ser uma igreja com desenvolvimento linear, constituída por nave única, capela-mor e sacristia. 
O seu interior apresenta coro-alto, púlpito com base em granito e balaustrada de madeira, e altares laterais abertos por arcos de volta perfeita, em cantaria, com retábulos. O arco triunfal, de volta perfeita, em cantaria, articula a nave e a capela-mor, onde se destaca o belíssimo retábulo, de talha dourada, de estilo nacional, do primeiro quartel do século XVIII. São poucas as referências conhecidas relativas a esta imponente obra, que ocupa a parede testeira da capela-mor.

Pelourinho de Moure
Lugar: Souto
Freguesia: Moure
Cronologia: Provavelmente Século XVI
Implantados em espaço público, símbolos do municipalismo português, os pelourinhos são marcos histórico-culturais associados à concessão de cartas de foral ou administração da autoridade régia. 

O Pelourinho de Moure, de arquitectura manuelina, terá sido edificado no século XVI, caracterizando-se pela base quadrangular, assente num afloramento granítico com coluna, ligeiramente inclinada, de fuste prismático oitavado, com remate em bola.

IMÓVEIS DE INTERESSE MUNICIPAL

Aqueduto dos Caleiros
Lugar: Leiradela
Freguesia: Brunhais
Cronologia: Provavelmente Século XVIII
Tendo, provavelmente, como época de construção o século XVIII, e edificado com o intuito de conduzir a água para os terrenos agrícolas envolventes, o “Aqueduto dos Caleiros” apresenta-se como um elemento de memória colectiva local e uma referência cultural. 

Exemplar da Arquitectura Civil Popular, caracteriza-se por ser um aqueduto de rega em alvenaria de granito formado por canal assente sobre pilares. Classificado como Monumento de Interesse Municipal, o “Aqueduto dos Caleiros” constitui um legado deixado pelos nossos antepassados para as gerações futuras.

Casa do Ribeiro
Lugar: Outeiro
Freguesia: S. João de Rei
Cronologia: Século XVII / XVIII

Nesta região do Vale do Cávado, a distinta casa do Ribeiro, construída em cantaria granítica de excelente aparelho, expressa-se na paisagem pela sua elegante arquitectura. Na sua fachada principal, destaca-se a sua capela particular dedicada a Nossa Senhora da Lapa, cuja imagem em pedra ocupa o nicho exterior .


IMÓVEIS EM VIAS DE CLASSIFICAÇÃO

Theatro Club
Edifício construído em 1904 e inaugurado em 1905.
Projectado por Ascensão Machado e construído por acção do maior benemérito da Póvoa de Lanhoso – António Lopes, o Theatro Club é especialmente característico da Arte Nova, destacando-se entre as salas de espectáculo existentes em Portugal pela sua peculiar arquitectura e expressiva decoração.
Apelidado de “theatrinho” pelas reduzidas dimensões da sua sala principal (actualmente com capacidade para 120 espectadores) e após mais de 20 anos encerrada, tornou-se uma realidade em 2001 sua reabertura e entrada em funcionamento, procurando ocupar um espaço de referência na região com uma programação regular semanal assente preferencialmente no Teatro.

O Projecto de recuperação dos Arq.ºs Mário Abreu e Adelaide Abreu (premiado pela União Europeia, apoiado pela Fundação Gulbenkian e financiado pelo Plano Operacional da Cultura), adapta a sua funcionalidade e preserva a sua valia artística.
O Theatro Club funciona como o principal espaço municipal concelhio na promoção de actividades culturais e espectáculo.
A programação do Theatro Club, de base semanal (Sábados – 21h45) assenta preferencialmente no teatro.
A informação acerca da programação em agenda para este espaço pode ser consultada em 
www.theatroclub.com ou solicitada para theatro.club@cm-povoadelanhoso.pt.

Na Póvoa de Lanhoso existe uma particular sensibilidade para com a arte que é o Teatro de há mais de um século. Esta sensibilidade é atestada desde logo pelo edifício cuja construção ultrapassou já 100 anos de história ligada ao Teatro de Amadores.
A tradição do teatro é ainda vincada pela existência de 6 grupos de teatro de amadores em actividade no concelho.
Em articulação com a arte do teatro, funciona ainda no edifício a galeria municipal de exposições.

Casa de S. Vicente e do Lugar de Portas
Lugar: Portas
Freguesia: Geraz do Minho
Cronologia: Séc. XVII / XVIII
A área residencial da "Casa de S. Vicente e do Lugar de Portas", foi edificada no Século XVIII. Desenvolvida em 'L', a casa, construída na matéria-prima mais abundante na região - o granito - distribui-se ao longo de dois registos, o último dos quais rasgado, a Sul e a Oeste, por grandes janelas rectangulares de guilhotina. 

Esta foi recuperada na década de oitenta do século passado, e transformada em casa turística.
Quanto à capela de S. Vicente, esta apresenta planta rectangular, de modestas dimensões, onde lhe antecede um pequeno alpendre. Possui retábulo-mor definido por duas colunas sobre as quais repousa frontão triangular, centralizando nicho concheado com imagem do padroeiro ladeado por tábuas com pinturas alusivas a outros Santos: António, Lourenço, Bento, Francisco Xavier e Nossa Senhora da Piedade.


Villa Beatriz: Palacete e Jardins
Lugar: Casa Nova
Freguesia: St.º Emilião
Cronologia: Século XIX
O elegante palacete oitocentista denominado de Villa Beatriz, integrado na Quinta com mesmo nome, fica junto ao rio Ave, na bucólica paisagem vinhateira de Entre Douro e Minho. 
 Foi mandado construir por Francisco Antunes Guimarães, em honra da sua amada Beatriz, que nunca chegou a habitar a casa, por ter falecido muito jovem. O imóvel representa uma típica "casa de brasileiro", consideradas na época como exemplos de mau gosto e novo-riquismo, e hoje reabilitadas na sua vertente romântica e precursora de tantas inovações arquitectónicas e construtivas. O palacete tem quatro pisos de absoluto requinte. Interiormente existem vários elementos de superior recorte, como as paredes e tectos pintados à mão, amplos espaços, ornamentos e mobílias luxuosas que ainda hoje são as originais do século XIX meticulosamente preservadas. Exteriormente pode-se observar o trabalhado no granito em todo o palacete, as estátuas que pontificam na entrada e os jardins harmoniosos e bem tratados que circundam todo o espaço. A quinta, que se estende por 70 ha. de terreno, possui extensas vinhas, uma moderna adega em laboração, instalada na "Casa Nova", um edifício construído em 1898, anexo ao palacete e recentemente recuperado, uma agro-pecuária, uma vacaria, um museu rural e uma praia fluvial. A Villa Beatriz pode quase apresentar-se como casa museu do século XIX.

Casa da Lage e Capela de St.º António
Lugar: Requeixo
Freguesia: S. João de Rei
Cronologia: Séc. XVIII
Datada da segunda metade do século XVIII, a Casa da Lage foi alvo de várias intervenções em 1832. 
 Casa solarenga de consideráveis dimensões, a propriedade é constituída por duas parcelas de terreno, na primeira das quais encontra-se a Casa e as dependências votadas à actividade agrícola. Destaque para o portal que ocupa toda a altura da fachada principal e encontra-se encimado por um nicho com a imagem de S.ta Bárbara. Sendo um imóvel de características rurais, acrescentaram-se outras construções de apoio às actividades agrícolas desenvolvidas na propriedade, das quais destacam-se o sequeiro, a eira e o espigueiro.
Quanto à Capela de Santo António, ela localiza-se a 50 metros a Sul da Casa, sendo-lhe contemporânea, apresentando, também por isso, o mesmo cariz barroco. Apesar das reduzidas dimensões, a Capela destaca-se pelo alpendre suportado por colunatas e um muro com banco corrido, construídos em granito, sendo a porta ladeada por duas pequenas frestas. O interior distingue-se essencialmente pelo retábulo de talha dourada e pela policromia dos desenhos decorativos. No interior sobressai o fabuloso retábulo de talha dourada do altar e a policromia dos desenhos decorativos.

PATRIMÓNIO RELIGIOSO

- Igreja de Verim








- Igreja de Lanhoso







- Igreja de Moure
- Cruzeiro Nosso Senhor dos Aflitos – Ferreiros
- Capela de S. Roque – Frades
- Capela de S. Mamede – Frades
- Capela de S. Brás – N.ª Sr.ª Amparo
- Capela N. Sr. dos Remédios – Friande
- Capela de St.º António – Geraz do Minho
- Capela de N.ª Sr.ª da Graça – Rendufinho
- Capela de St.ª Luzia – Serzedelo
- Capela de S. Sebastião – Verim
- Capela N. Sr. da Boa Morte – Águas Santas
- Capela de St.ª Marta – Calvos
- Capela de N. Senhor do Socorro – Lanhoso
- Capela de S. Pedro – Brunhais
- Capela de St.º António – Esperança
- Capela de S. Roque – Garfe
- Capela de S. Tiago – Sobradelo da Goma
- Capela de N. Sr.ª dos Passos – St.º Emilião
- Capela de N. Sr.ª da Graça – Taíde
- Capela de St. António – Travassos
- Capela N. Sr.ª das Maravilhas – Vilela

A HISTÓRIA DA MARIA DA FONTE
No contexto de um Portugal agrário e proto-indústrial, com um governo liderado pelos cabrais que criaram as matrizes prediais, as juntas de saúde proibiram os enterramentos dentro dos templos, surgem os primeiros sentimentos de revolta e consternação. 

O país estava descontente, a população passava dificuldades e, para cúmulo a profunda reforma fiscal levara ao aumento dos impostos.
Este cenário conduziu a que em vários pontos do país a população enfrentasse a tropa do Governo.
O 1º movimento revolucionário, de 1846, neste concelho parecia, em princípio, não ter a gravidade à qual depois se chegou, se bem que as revoltosas do Minho sejam sempre mais temidas que as de outras regiões. Porque será?
O gosto pela preservação das tradições conduziram a desconfianças e actos de rejeição perante as inovações impostas por Costa Cabral.
A atitude de oposição e ódio que o povo votava o Governo tornava-se cada vez mais pronunciado e ameaçador.
A proibição dos enterramentos dentro dos templos exaltou os ânimos do povo, que por falta de instrução, não conhecia a utilidade dessa medida sanitária, nem queria alteração alguma aos antigos costumes.
Os enterros, em Póvoa de Lanhoso, foram a chama das manifestações conduzidas pelo sexo feminino.
 
A 20 de Janeiro de 1846 teve lugar na freguesia de Fontarcada, o enterramento de José Joaquim Ribeiro, que no cumprimento da lei devia ser sepultado no adro, visto não haver ainda cemitério. As mulheres, ao saberem disso, reuniram-se a fim de conduzirem o falecido ao mosteiro de Fontarcada e efectuarem o enterro. No dia seguinte ao préstito fúnebre, dispuseram-se as mulheres para a exumação do cadáver, mas o regedor da freguesia, Jerónimo Fernandes de Castro, conseguiu que desistissem.
No dia 5 de Fevereiro, do mesmo ano, registou-se idêntico tumulto. Falecera Maria Joaquina da Silva, que transgredindo a lei foi sepultada no interior do templo.
A manifestação do grupo de mulheres, armadas com chuços, sacholas e forcados, no dia 22 de Março, no funeral de Custódia Teresa, e os insultos por estas perpetrados “ Viva a Rainha! Abaixo os Cabrais e as leis novas”, deu origem a uma ordem de captura pelo regedor da freguesia.
Detidas algumas das revoltosas e levadas para a Vila da Póvoa de Lanhoso, logo as restantes, ao que tudo indica mais de 300, armadas de fouces e varapaus deixaram o mosteiro de Fontarcada para livrarem as suas companheiras.
Uma das revoltosas que mais se sobressaia era Maria Angélica de Simães. Trazia a ela presas na cintura duas pistolas, sendo a única que se apresentava com armas de fogo. Encaminharam-se para os paços do concelho descarregando repetidos golpes de machado na porta, entrando no salão de audiências, onde arrombaram um alçapão e libertaram as mulheres. Dirigiram-se depois para a casa do administrador não o encontrando, porém saciaram a sua vingança queimando muita da papelada inútil.
Apesar de todas as controvérsias, no dia 5 de Abril, dá-se outro enterramento , ao qual comparece o grupo de mulheres que sepultam o cadáver dentro do templo. Deste acto resultou a captura de Josefa Caetana, que sujeita a interrogatório disse chamar-se Maria da Fonte. O administrador, em vista do arrombamento da cadeia, facto que podia repetir-se, resolveu enviar directamente para Braga a criminosa, vigiada por 6 cabos da polícia.
A notícia desta resolução levou o mulherio a enfrentar os guardas, que viram-se obrigados a ceder.
Tendo em conta os factos ocorridos o administrador entendeu que não podia continuar a exercer o seu cargo. Para seu lugar foi nomeado o bacharel Salvador António da Cunha Rocha, da casa do Requeixo, freguesia de Fontarcada, exaltando de alegria as revoltosas, porque sendo o novo administrador mais popular, esperavam que fosse com elas mais benevolente.
 Mas quem foi Maria da Fonte?
Muitos defendem que foi o nome dado a um grupo generalizado de mulheres, sem que houvesse qualquer uma a destacar-se do conjunto, outros defendem que foi uma mulher específica.
Para alguns como José Paixão Bastos, a verdadeira Maria da Fonte chamava-se Maria Luísa Balaio, que lhe chamavam Maria da Fonte. Era proprietária de uma hospedaria “Maria da Fonte”, ponto onde ocorriam as revoltosas, onde logo lhes aparecia Maria Luísa Balaio, que ao que tudo indica nunca tomou parte activa na revolução feminina.
Josefa Caetano, Maria Angélica de Simães, para o povo de Fontarcada a verdadeira Maria da Fonte, ou uma outra mulher de nome Maria, são outras hipóteses que ao longo dos anos se têm colocado.
No fundo, apesar de todas as teorias, Maria da Fonte foi um amplo combate pela liberdade e pela justiça social, muito mais do que um protesto contra a proibição dos enterros nas igrejas, que não deixou de ser enunciado na literatura através de Camilo Castelo Branco, na música por Midosi e Frondoni “Hino da Maria da Fonte”, nas artes plásticas por José Augusto Távora que pintou Maria da Fonte na parede de uma sala do clube Povoense.
Maria da Fonte, um enigma que continua. Afinal que rosto tem essa figura que se tornou uma lenda?...

MUSEUS

Núcleo Museológico do Castelo de Lanhoso
Monte do Pilar
4830 Póvoa de Lanhoso
Telf. 253 634312
e-mail: castelo.lanhoso@cm-povoadelanhoso.pt
Horário de Funcionamento: Terça a Domingo (10h00/12h30 – 14h30/17h30)


Museu de Arte Sacra

Santuário de Porto D’Ave – Taíde
4830 Póvoa de Lanhoso
Telm. 96 4250547 (Carlos Pereira)
www.confraria-portodave.pt
Horário de Funcionamento: Quarta a Domingo (14h00 – 18h00)


Museu do Ouro de Travassos

Aldeia de Baixo - Travassos
4830-771 Póvoa de Lanhoso
Telf. 253 943790/1
www.museudoouro.com
Horário de Funcionamento: Aberto aos fins-de-semana das 14:30h às 17:30h ou mediante marcação.
Encerrado: 1 de Janeiro, Sexta-feira Santa, dia de Páscoa e 25 de Dezembro.


ANIMAÇÃO TURÍSTICA

Diverlanhoso Adventure Park
O Diverlanhoso Adventure Park é um espaço único que engloba num só lugar, actividades desportivas de aventura e natureza, alojamento, restaurante e salas multiusos. Ocupando 170 Hectares situado no topo de um monte com vistas privilegiadas sobre o vale ocupado pela Póvoa de Lanhoso, o Diverlanhoso Adventure Park põe à disposição do cliente todos estes serviços, que poderão funcionar isolados ou em conjunto.
O Park está aberto todos os dias do ano, 24 horas por dia. Com uma equipa altamente qualificada.
Venha conhecer e sentir. Vai ver que aqui, a única coisa que não vai estar sob controlo é a sua adrenalina.

Contactos:
Lugar de Porto de Bois – Oliveira
4830-602
Tel. 253 635 763
Fax. 253 635 763
www.diverlanhoso.pt
info@diverlanhoso.pt

Terra Pedestre
A Terra Pedestre é uma empresa de turismo de natureza que surgiu com a finalidade de facultar aos seus clientes sensações e experiências únicas através de uma vasta gama de produtos atractivos e inovadores. Com a Terra Pedestre aprende-se vivendo. Sempre fiéis à nossa causa, ensinando a fazer mais com menos, levando-o a desfrutar o que a natureza tem de melhor e a vivenciar culturas tradicionais, será sempre esse o caminho que continuamos a seguir.
Somos pioneiros em Portugal nos circuitos pedestres de Wild Trekking e nas actividades de sobrevivência
Contactos:
Lugar de Castanheira – Travassos
Telm: 9318 495 635
www.terrapedestre.pt
info@terrapedestre.pt

Parque de Lazer do Pontão
Inaugurado no dia 2 de Agosto de 2008, o Parque de Lazer do Pontão, em plena Barragem das Andorinhas, em Sobradelo da Goma. 

Este Parque serve de plataforma de acesso à Barragem, sendo que o leque de possibilidades oferecidas à comunidade local e aos visitantes é agora alargado, indo ao encontro dos interesses dos amantes de desportos aquáticos.

GASTRONOMIA
Situada numa das mais ricas regiões gastronómicas de Portugal, Póvoa de Lanhoso soube preservar os seus pratos mais típicos que hoje constituem um verdadeiro emblema das Terras de Lanhoso, um orgulho para as suas gentes. 

Aqui poderá o visitante saborear, entre outros pratos, o “Cabrito à S. José” considerado o prato típico das festas de S. José, o “Bacalhau assado na brasa com batatas a murro” ou ainda os “bifes à Romaria”, prato obrigatório na Romaria de Na. Sra. de Porto D´ Ave, uma das mais antigas romarias minhotas que se celebra no 1º Domingo de Setembro e que, juntamente com as festas de S. José a 19 de Março, constituem os mais importantes eventos do concelho. Para além da doçaria tradicional minhota, é de salientar o pão-de-ló, as cavacas, os charutos e as rosquilhas como os doces típicos das várias festividades da Póvoa de Lanhoso.
Póvoa de Lanhoso possui ainda todo o potencial para que o vinho verde funcione como um motor de desenvolvimento económico. A sua tipicidade é o resultado das características do solo e do clima, associados aos factores socioculturais e particularidades das castas regionais assim como da forma de cultivo da própria vinha. Por sua vez, os vinhos verdes tintos são excepcionais no acompanhamento da gastronomia regional que tradicionalmente se confecciona com toda a delicadeza e minúcia. Das vinhas de enforcado, aos modernos vinhedos, dos lagares tradicionais às mais modernas empresas vitivinícolas inseridas em paisagens em que a vinha é dominante, Póvoa de Lanhoso tem para oferecer aos visitantes um conjunto de recursos vitivinícolas que proporcionam vivências únicas, experiências impares que certamente funcionarão como um excelente cartão de visita.

ARTESANATO

Artesanato

Bordados;
Cestaria;
Tecelagem;
Cantaria; 
Filigrana.











IN:
- WIKIPEDIA
- SITE DO MUNICÍPIO


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