04/03/2012

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FAFE
DISTRITO DE BRAGA
















Fafe é uma cidade portuguesa no Distrito de Braga, Região Norte e sub-região do Ave, com cerca de 15 703 habitantes.

É sede de um município com 219,09 km² de área e 50 633 habitantes (2011), subdividido em 36 freguesias. 

O município é limitado a norte pelos municípios de Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho, a leste por Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto, a sul por Felgueiras e a oeste por Guimarães.

É banhado pelo Rio Vizela. O ponto mais alto do concelho situa-se no Alto de Morgaír, na freguesia de Gontim, com 894 m de altitude.

Até 1840 o concelho tinha a designação de Montelongo ou Monte Longo. Fafe é conhecido actualmente como a "sala de visitas" do Minho.

Fafe situa-se num vale entre a Serra da Lameira, os Montes da Penha e outras montanhas. Numa vista aérea destacam-se três rios ladeados por arvoredo e que se espreguiçam pela periferia da cidade. São eles o Rio Ferro que tem a sua nascente para o lado de Moreira de Rei, o Rio do Bugio que inicia o seu percurso para os lados de S. Gens e o Rio Vizela que acolhe os outros dois e desagua no Rio Ave.

HISTÓRIA
Fafe é uma cidade recente, mas que, como povoação, existe desde o Séc. XIII, sendo apenas uma freguesia do conselho de Montelongo o qual recebeu o foral do Rei D. Manuel em 5 de Novembro de 1513. Esta freguesia desde muito cedo, iniciou o seu desenvolvimento. Assim em 1836 torna-se sede de conselho e quatro anos mais tarde sobe à categoria de Vila, tomando para designação o nome Fafe em desfavor do nome Montelongo. Este Topónimo surge como que por homenagem às duas famílias mais poderosas da região ( Egas Fafe e Dom Fafes Serafins).

Gentílico Fafense
Área 219,09 km²
População 50 633 hab. (2011[1])
Densidade populacional 231,11 hab./km²
N.º de freguesias 36
Presidente da
Câmara Municipal
José Ribeiro
Fundação do município
(ou foral)
1513
Região (NUTS II) Norte
Sub-região (NUTS III) Ave
Distrito Braga
Antiga província Minho
Orago Santa Eulália
Feriado municipal 16 de Maio
Código postal 4820
Endereço dos
Paços do Concelho
Av. 5 de Outubro, 4820-501
Sítio oficial http://www.cm-fafe.pt/
Endereço de
correio electrónico
mailto:geral@cm-fafe.pt

Fafe veio da "terra chamada Monte Longo, região situada nesta faixa ondulatória, de um espreguiçar de montes, de terrenos de sobe e desce, que é o espreguiçar de todas estas suas freguesias. Vindo dos tempos anteriores à fundação da nacionalidade, resistiu até meados do século passado, altura em passou a designar-se com o nome que hoje sustenta - Fafe".

O rápido crescimento iniciado na década de oitenta manteve-se, e hoje a cidade continua a crescer desregradamente para fora dos seus limites.

O centro da cidade de Fafe está fortemente marcado pelo poderio económico dos "brasileiros" de torna viagem. Estes homens que no século XIX saíram das freguesias do concelho em direcção ao Brasil e que lá obtiveram fortuna, regressaram a Fafe e edificaram as suas habitações que ostentavam bem o poderio económico que possuíam.
A saúde e a assistência estão indissoluvelmente ligadas à acção dos «Brasileiros» do século passado. Fundaram o Hospital de S. José, a Santa Casa da Misericórdia e os asilos para as crianças e inválidos, além dos Bombeiros Voluntários.

PATRIMÓNIO

Casa do Santo Novo - Casa Municipal da Cultura
O edifício onde actualmente está instalada a Casa Municipal de Cultura remonta à segunda metade do século XIX.

Chamada Casa do Santo Novo, liga-se à aristocrática família do "Santo", da qual resta ainda um belíssimo solar brasonado a meio da Avenida das Forças Armadas. Sendo muito numerosa a abastada família da "Casa do Santo" (a prole era constituída por 19 filhos, acrescendo os pais e a criadagem) e não cabendo nas acanhadas instalações do solar, viu-se na contingência de construir uma mais espaçosa e confortável moradia, algumas centenas de metros à frente, no "Sítio da Quebrada".

Daí nasceu a Casa do Santo Novo, ficando a antiga a denominar-se do "Santo Velho". Foi c Saldanha de Castro ao longo de dez anos, entreonstruída pelo fidalgo abastado José Leite Pinto 1859 e 1869. Neste último ano foi inaugurada, tendo aí nascido um dos filhos do casal, o futuro Dr. José Leite Saldanha de Castro.

A Casa do Santo Novo é constituída por três pisos, e um amplo pátio ou terreiro na frente, rematado por um muro gradeado e um imponente portão. Das duas alas laterais, apenas existe uma (onde está instalada a cantina municipal), tendo a outra sido derrubada já depois do 25 de Abril, para a abertura da Avenida das Forças Armadas. Nesses e noutros anexos situavam-se as cavalariças, cocheiras, celeiros, lagares, adegas e outros serviços de apoio à habitação.

Já no século XX, na década de quarenta, o Padre Domingues Basto, juntamente com o professor Manuel Cardoso, fundou o Externato Municipal de Fafe, tendo alugado à então proprietária da casa D. Emília Augusta Leite de Castro uma parte apenas do rés-do-chão para instalação daquela escola.

Este grande imóvel, juntamente com o quintal de cerca de 20 mil metros quadrados, foi vendido em 1958 à Câmara Municipal da presidência de Manuel Cardoso, para aí se instalar a Escola Técnica, para além do Externato, de que era director o Padre Domingues Basto.

O Externato Municipal e a Escola Comercial e Industrial funcionaram no edifício até ao 25 de Abril, devidamente compartimentados, sem misturas. O Colégio ocupava o rés-do-chão e uma das alas laterais. A Escola ocupava o primeiro andar e a ala lateral que depois viria a ser derrubada.

Logo a seguir ao 25 de Abril, o edifício funcionou algum tempo como Escola Secundária, até à mudança desta para as actuais instalações.

Após breves anos desactivada e sem utilização, a casa foi objecto de obras de recuperação por parte do Município, que a afectou a fins culturais, uma aposta tão necessária e urgente numa cidade dela tão carecida.

Casa do Santo Velho
A Casa do Santo Velho, localizada na Avenida das Forças Armadas, remonta a finais do século XVII e é uma das casas brasonadas mais antigas da cidade, constituída por rés-do-chão e andar e um belíssimo portão, onde suspendem as armas dos Ribeiros, Queiroz e Vasconcelos.

A quinta pertencente a esta casa foi sendo desmantelada ao longo do século XX para abertura de ruas e construção de espaços de interesse público (escolas e mercado) ou edifícios particulares.

Na segunda metade do século XIX era proprietário desta casa o abastado fidalgo José Leite Pinto Saldanha de Castro que viria a mandar construir o edifício da Casa do Santo Novo (actual Casa da Cultura).

Castro de St° Ovídio
O Castro de Santo Ovídio, sobranceiro à bacia hidrográfica do Rio Vizela, é o mais conhecido sítio arqueológico do município, de que há notícia desde o século XIX. As mais antigas referências ao povoado, localizado nos arredores da cidade, remontam ao último quartel do século passado, quando foi descoberta pelo arqueólogo Martins Sarmento uma estátua de guerreiro lusitano, com 1,70 metros de altura, quando se abriam os alicerces para a construção da capela em honra de Santo Ovídio, na coroa do monte do mesmo nome. 

Na mesma ocasião, apareceram moedas naquele local. Em 1980, foram iniciadas escavações no povoado que permitiram pôr a descoberto habitações, arruamentos e outros importantes elementos para o conhecimento da arquitectura e urbanismo do castro, presumivelmente ocupado entre os séculos I A.C. e I D.C. Igualmente, foram descobertos abundantes vestígios de cerâmica e material lítico e metálico, que tornam o povoado de extraordinário interesse para o estudo da cultura castreja no noroeste peninsul

Hospital de S. José
A primeira pedra para a construção do hospital de S. José de Fafe foi lançada a 6 de Janeiro de 1859, tendo iniciado a sua actividade a 19 de Março de 1863, embora apenas com uma enfermaria para atendimento de doentes que não tinham possibilidades para serem tratados em casa, vindo posteriormente a alargar as suas instalações e a melhorar os seus serviços.
A edificação deste imóvel resultou da iniciativa do Dr. Miguel Soares e seu filho José Florêncio Soares e do caridoso apoio dos brasileiros fafenses que, deitando mãos à obra para angariação de fundos, viria também a ter o apoio da autarquia, que cedeu o terreno, e de todos os fafenses quiseram dar os seus préstimos.
Esta construção, entretanto entregue à Irmandade da Sta. Casa da Misericórdia, seguiu o projecto do Hospital da Beneficência do Rio de Janeiro.

Igreja de Nossa Sra. das Neves
O templo medieval, a Igreja de Nossa Senhora das Neves – na Lagoa - é o local onde anualmente se realiza uma das mais simbólicas e curiosas romarias do concelho de Fafe e de todo o Minho, no quadro do culto mariano.

Todos os anos, na última sexta-feira de Agosto, como manda a tradição, milhares de devotos sobretudo do Norte, em excursões e carros particulares, sobem à Lagoa, com um único objectivo, para além de rezarem e cumprirem promessas: colocar a imagem de Nª Sª das Neves na cabeça. Crêem assim ficar libertos do mal. O gesto de colocar a pequena "santa" na cabeça funciona como exorcismo, ou na linguagem popular dos que o fazem, para "tirar o Diabo" do corpo.

Igreja de S. Gens
Sensivelmente na mesma época e com a mesma traça da igreja românica de Arões, é a Igreja de S. Gens, às portas da cidade. No local onde hoje se ergue o templo, existiu na Idade Média um Mosteiro dos religiosos, que alguns autores afirmam ser beneditinos.

Da primitiva construção românica resta apenas a porta lateral sul. Construída de fino granito, é a porta de volta redonda e quase desprovida de ornatos, pois os próprios capitéis das colunas que a ladeiam são apenas indicados por carrancas estilizadas.

Na parte posterior da igreja, ergue-se altivo o torreão sineiro presumivelmente medieval, em granito, de onde se avista o fértil e verdejante vale do sopé da Serra da Lameira…

Igreja Matriz de Fafe
Em pleno centro da cidade, é um dos mais belos e antigos monumentos religiosos do concelho. Foi à volta deste lindo templo medieval, reconstruído no séc. XVIII, que se desenvolveu o núcleo fundador do centro urbano.
A fachada principal denota grande harmonia estética, enquanto o interior da igreja, baixo e largo, apresenta belos altares, num dos quais se surpreende um retábulo de talha rococó, pequeno e de gracioso desenho.

No exterior, de ambos os lados da fachada, erguem-se as torres sineiras com cúpulas de tipo bolboso. Rematam-nas formosos cataventos encimados, significativamente, pelas chaves de S. Pedro, cruz pontificial, esfera e galo, na torre da direita e menino a tocar trombeta, na torre da esquerda.

Igreja Românica de Arões
É um belo exemplar da arquitectura românica do noroeste peninsular, datável do séc. XIII, embora com diversas alterações à traça inicial, ao longo dos séculos, sendo o único Monumento Nacional do concelho. Dir-se-ia que é a “jóia da coroa” do património local.

Templo pequeno, robusto, com escassa luz, impõe-se, na frontaria austera, o arco de volta inteira e o Agnus Dei e, na fachada lateral sul, no tímpano da porta, uma interessante inscrição latina relativa à data da construção da igreja. No interior, o arco triunfal de acesso à capela mor é esplendoroso, como são belíssimos os retábulos dos altares laterais da nave e o tecto de caixotões com motivos religiosos.

Teatro - Cinema
O teatro-cinema é um dos principais motivos de interesse arquitectónico da cidade de Fafe, constituindo para a época da sua abertura um importante marco cultural.

A construção do belo imóvel deve-se ao ilustre fafense José Summavielle Soares e a sua inauguração apoteótica ocorreu em 10 de Janeiro de 1924, com apresentação da peça "O Grande Amor", pela companhia Aura Abranches.

A sua fachada, de decoração invulgar e certamente única na região, é de belíssimo recorte, pese a degradação em que actualmente se encontra.

A estrutura e os motivos decorativos interiores foram comparados aos mais belos teatros do norte, designadamente ao Teatro-Circo de Braga. A arquitectura do interior é em forma de ferradura, com um tecto abobadado e decorado com motivos famosos, além da figuração do firmamento.

O teatro tem uma lotação de 409 lugares, incluindo a plateia, os frisos, os camarotes e o balcão.

Em 1924 também já se exibia cinema nestas instalações.
Com o andar dos tempos o edifício foi-se degradando, tendo sido encerrado ao público em 1981. Em 1978 foi considerado "imóvel de interesse público", o que veio a ser ratificado em 2002.

Em 2002, após demoradas negociações, a Câmara Municipal adquiriu este importante imóvel para a comunidade fafense. Estão agora a ser tomadas as providências necessárias à sua recuperação.

Jardim do Calvário
O Jardim do Calvário é o mais importante jardim público de que a cidade dispõe. Tomando o nome do lugar onde foi edificado há mais de um século, a iniciativa da sua construção deve-se ao então Presidente da Câmara José Florêncio Soares e teve o apoio do ilustre brasileiro fafense, Comendador Albino de Oliveira Guimarães.

A inauguração solene do Jardim ocorreu em 26 de Dezembro de 1892, tendo a Câmara deliberado na altura aprovar um voto de louvor a Albino de Oliveira Guimarães, agradecendo "os valiosos serviços que prestara ao Município para a construção do mesmo jardim" e "pelo grande melhoramento público que promovera".

Já no século XX, foi construído um coreto no local, bem como um rinque para práticas de lazer.

O Jardim do Calvário tem servido como espaço de entretenimento, lazer e namoro, local privilegiado de onde se abarcam paradisíacas vistas sobre as paisagens rurais circundantes à cidade.

O Jardim tem servido ainda para a realização de manifestações culturais, sobretudo espectáculos musicais, no âmbito das festas que se realizam nos dias de verão.

MUSEUS

Museu das Migrações e das Comunidades
O Museu das Migrações e das Comunidades foi criado em 12/07/2001 por deliberação da Câmara Municipal de Fafe, como plataforma virtual, com a designação de Museu da Emigração e das Comunidades. Foi seu principal fundador e promotor o investigador Dr. Miguel Monteiro, profundo conhecedor de «Fafe dos Brasileiros» e contou ainda com o apoio científico da professora doutora Maria Beatriz Rocha Trindade, a nossa maior especialista na temática das migrações. Com o desenvolvimento das suas actividades e o estabelecimento de uma vasta rede de contactos, surgiu a necessidade de avançar na implementação da realização física do Museu, prevista desde o início. 

A concepção do projecto museológico do agora denominado Museu das Migrações e das Comunidades é da autoria do museólogo doutor Fernando António Baptista Pereira foi aprovado pela CMF em 2008.
A primeira fase completa-se agora com a reinstalação, no R/C da Casa Municipal de Cultura (que será o futuro núcleo sede do Museu), do Museu da Imprensa e com a Exposição de apresentação do Museu, dedicada ao tema “Fafe e a Emigração”. Esta mostra pretende dar uma ideia do Portugal do qual se partia na busca de melhores condições de vida e dos mundos para os quais se partia e depois se retornava, ou não. Situa-se nos séculos XIX e XX, épocas em que o fenómeno da emigração atinge proporções alarmantes pelo despovoamento a que conduz o país, chegando a ser proibida pelo poder central, através de medidas legislativas de proibição da emigração sem licença régia.
O actual Museu das Migrações e das Comunidades funda a sua existência no estudo, preservação e comunicação das expressões materiais e simbólicas deste universo migratório, em especial, da emigração para o Brasil no século XIX e primeiras décadas do século XX e na emigração para os países europeus da segunda metade do século XX. Neste âmbito a implementação do Serviço Educativo do Museu assume a função de possibilitar quer a compreensão dos fenómenos associados à emigração, quer a apreensão do espólio e do património material e imaterial, desenvolvendo oportunidades de aprendizagem através de programas e actividades especialmente dirigidos ao público escolar.

Museu Hidroeléctrico de Santa Rita
O Museu Hidroeléctrico de Santa Rita tem como base a Central Hidroeléctrica de Santa Rita, inaugurada em 5 de Outubro de 1914, uma obra assumidamente do espírito republicano e de largo alcance social para a época. Na ocasião, a então Vila de Fafe "passou a integrar o número, naquela época ainda diminuto, das povoações portuguesas dotadas de uma rede eléctrica de serviço público".
A instalação da Central esteve a cargo da Companhia Portuguesa de Electricidade Siemens Schuckert Werke, Lda.
A sua inauguração - coincidindo deliberadamente com o quarto aniversário da Implantação da República- provocou naturais manifestações de regozijo nas populações. Inicialmente, a rede abastecida pela energia eléctrica produzida pela Central incluía a Vila de Fafe e as freguesias limítrofes de Fornelos e Golães, situação que se manteve ao longo de várias décadas.

Com a nacionalização da rede de produção e distribuição de energia eléctrica, já depois do 25 de Abril, a Central de Santa Rita foi desactivada, embora o bom estado dos seus equipamentos de produção de energia lhe permitam retomar a actividade em qualquer altura. Em virtude do seu interesse histórico e cultural - como marco importante do processo de electrificação no Noroeste de Portugal - e dado o bom estado do equipamento, a Câmara Municipal de Fafe, entidade proprietária, decidiu musealizar as instalações, em meados dos anos 80, constituindo um museu regional de electricidade, o primeiro do seu género no país.

Equipamentos em exposição:
Turbina, gerador, quadro eléctrico de comando, amperímetros, voltímetros, lâmpadas, contadores de energia, Tomadas, Interruptores, etc.

Museu da Imprensa de Fafe
O Museu da Imprensa de Fafe acaba de ser instalado num novo espaço, ocupando duas salas do rés-do-chão da Casa Municipal de Cultura (Rua Major Miguel Ferreira). As restantes duas salas, integram a exposição de apresentação do Museu das Migrações e das Comunidades. A inauguração daqueles espaços ocorreu em 21 de Setembro de 2009.

De recordar que o Museu da Imprensa – instituído no prosseguimento das competências municipais no domínio da defesa do património cultural local – abriu inicialmente ao público em 25 de Abril de 1996, no Palacete da Rua José Cardoso Vieira de Castro, onde se manteve até à sua mudança para as actuais instalações. O seu núcleo estruturante partiu do espólio tipográfico e do fundo documental do extinto jornal local O Desforço (fundado em 21 de Setembro de 1892) e do Almanaque Ilustrado de Fafe (1909), ambos da mesma empresa, e que foi adquirido pela autarquia em 1994.

No novo espaço, o Museu foi reorganizado e melhorado substancialmente.

São parte integrante do seu conteúdo as máquinas e equipamentos necessários à composição, impressão e acabamento do jornal e uma importante colecção de gravuras utilizadas naqueles periódicos. No espólio avulta um prelo de 1885, bem como máquinas mais recentes, na perspectiva de uma leitura da evolução do trabalho tipográfico, da composição manual à mecânica. Na reorganização do Museu da Imprensa, foi possível tornar operacionais todas as máquinas, de forma a evidenciar a vertente pedagógica da instituição. O que se pretende é uma compreensão da evolução da imprensa, desde a sua confecção manual até à mecânica e digital (esta a desenvolver posteriormente).
Além do espaço oficinal, o Museu inclui ainda a colecção de outros jornais locais, documentação diversa e a reprodução do ambiente de trabalho do antigo director daquelas publicações, Artur Pinto Bastos.

Este espaço museológico integra-se no conceito de museu local, tendo como base uma colecção de natureza tecnológica. Os seus objectivos concretizam-se na recolha, conservação e exibição do acervo documental. A exposição é a função que permite ao museu realizar de modo específico a sua missão cultural e educativa.
O Museu da Imprensa de Fafe assume-se como um projecto em construção, aberto à envolvente social, susceptível de integração permanente de nova documentação

Instituição da comunidade e para a comunidade em que se integra, pretende exercer uma função pedagógica e cultural, junto da população, a começar pelos mais novos.
Desde a sua abertura, têm sido os alunos das escolas locais de diferentes graus de ensino os que mais visitam este Museu que, indubitavelmente, valoriza a história e a cultura do município.

Museu Regional do Automóvel
Museu Regional do Automóvel foi inaugurado em Julho de 1997, sendo uma iniciativa conjunta do Município de Fafe, da Região de Turismo do Verde Minho e do Clube Português de Automóveis Antigos.
A instituição, na cidade de Fafe, desta estrutura museológica revela-se de inegável interesse pedagógico, cultural, social e turístico, para o concelho e para a região.

Visitar este Museu é como reviver o passado enquanto memórias e história dos veículos motorizados.

OUTROS ESPAÇOS

BIBLIOTECA MUNICIPAL
Após ter funcionado em diferentes espaços do centro urbano, em conjunto com a Biblioteca Fixa n.º 34 da Fundação Calouste Gulbenkian, em 3 de Fevereiro de 1982, a Biblioteca Municipal reabria num palacete propriedade da autarquia, à Rua José Cardoso Vieira de Castro. Dois anos depois, em 5 de Outubro de 1984, passou a integrar a Casa Municipal de Cultura. Em 25 de Abril de 1992, registou-se a fusão operacional das duas bibliotecas, daí resultando a Biblioteca Municipal Calouste Gulbenkian. 

Mais recentemente, a Gulbenkian ofereceu à autarquia todo o espólio da Biblioteca Fixa. E porque as bibliotecas públicas municipais constituem localmente, pelas missões que lhe são atribuídas, oportunidades reais de mudança de desenvolvimento cultural e económico dos concelhos, representando hoje um dos equipamentos culturais mais estruturantes da vida dos munícipes e uma das realidades socioculturais mais dinâmicas a nível nacional, a Câmara Municipal de Fafe iniciou em 12 de Outubro de 1998 a candidatura à Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, que culminou em finais de Setembro de 2002 com a assinatura do contrato-programa.

A obra começou em 2004, no espaço traseiro da Casa Municipal de Cultura. Primeiro, com a construção do parque de estacionamento, que ficará por debaixo e depois a edificação da própria biblioteca. O custo da construção, incluindo o parque de estacionamento, ascende a 2 384 892 €,
enquanto o apetrechamento totaliza os 753 300 €, comparticipados em 50% pelo IPLB.

A nova Biblioteca Municipal dispõe dos mais modernos serviços, apoiados nas tecnologias mais recentes, a nível informático e de equipamento audiovisual. Na área da leitura, os espaços estão divididos pelas secções infantil, juvenil, adultos, audiovisual, multimédia e reservados. O empréstimo domiciliário continua a ser uma realidade, bem como a animação cultural.

Em 2006, na comemoração dos 30 anos do Poder Local, é dada por concluída a Biblioteca Municipal, que pode ser considerada um marco da autonomia,da gestão, da iniciativa e da capacidade de realização da autarquia fafense.

A abertura ao público ocorreu a 10 de Abril de 2007. A Biblioteca foi inaugurada pela Ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, em 16 de Maio de 2007.

Arquivo Municipal de Fafe
O Arquivo Municipal de Fafe é um pequeno arquivo, sobretudo com documentação da época contemporânea, o que tem a ver com o facto de o crescimento do concelho se ter registado apenas a partir do Liberalismo, com a extinção de coutos e uma honra e a anexação de freguesias de municípios limítrofes. A documentação anterior é escassa e ter-se-á perdido - se é que existiu ou não se encontra noutros locais ainda não identificados - nas sucessivas mudanças.

O Arquivo Municipal está dividido em duas secções fundamentais, localizadas em instalações diferentes. A documentação do arquivo corrente e intermédio - desde os anos 60 - está à guarda e serviço da Câmara Municipal, no edifício dos Paços do Concelho.
O arquivo histórico anterior a 1960, encontra-se sediado nas antigas instalações da Escola Montelongo (Rua Serpa Pinto), directamente dependente do Pelouro da Cultura.

As suas séries documentais remontam quase exclusivamente aos séculos XIX e XX, sendo escassos os documentos de séculos anteriores (há apenas dos séculos XVII e XVIII, sobretudo tombos).

O Foral Manuelino outorgado ao concelho de Monte Longo em 5 de Novembro de 1513 encontra-se guardado no cofre dos Paços do Concelho.

Durante três anos, o Arquivo Distrital de Braga deu apoio às tarefas de inventariação e ordenação do espólio, que se encontra minimamente organizado.

Actualmente a respectiva consulta é restrita.
A Autarquia tem em perspectiva apresentar uma candidatura para um projecto que permita a criação de instalações condignas a este arquivo.

PERCURSOS PEDESTRES
São já onze os Percursos Pedestres assinalados no Concelho de Fafe. Fruto de um cuidado especial na sua elaboração, os PR de Fafe constituem um bom momento de relaxamento junto da natureza, permitindo disfrutar de paisagens incriveis e lugares de rara beleza natural e com vários graus de dificuldade.

Rota do Maroiço (PR1)

Aldeias das Margens do Rio Vizela (PR2)
À Descoberta de Aboim (PR3)
Trilho Verde da Marginal (PR4)
Rota dos Espigueiros (PR5)
Levadas de Pardelhas (PR6)
Caminhos de S. João da Ramalheira (PR7)
Rota dos Romeiros (PR8)
Rota do Milénio (PR9)
Trilho do Vento (PR10) - Estudo Geológico
Trilho dos apanha-pedrinhas (PR11)

(Consulte estes roteiros no site do município, a imagem do primeiro é a título exemplificativo)

Artesanato
 O Concelho de Fafe é rico em artesanato. Destacamos os entrançados de palha (Chapeus, Cestos, ect.), Bordados regionais, artigos de lã e linho (meias, toalhas de mão, cortinados, etc.), artigos de madeira e arame (crivos, peneiras, ratoeiras,etc.), artigos em Couro (despeja bolsos, porta-chaves, porta-lenços, etc.)

GASTRONOMIA
Nas freguesias fafenses de S. Romão de Arões e Fornelos reivindica-se a confecção do mais saboroso pão-de-ló, doces e biscoitos regionais, cuja fama se estende pelo país mas é a vitela assada que projectou a gastronomia fafense um pouco por todo o lado. 

No último quartel do século XIX, escrevia José Augusto Vieira que "é afamada a vitela de Fafe" sendo a matança de vitelas grande no nosso concelho e que "torna Fafe uma celebridade entre os amadores de carne tenra". Para além disso o autor de O Minho Pitoresco refere ainda que "até se exportam, pela fama que tem, por outras localidades".
Afamados eram muitos restaurantes aqui em Fafe lá fora, caso do Zé da Menina, por exemplo, que na altura do comboio em Fafe, era polo de confluência de muitos turistas oriundos sobretudo do norte do país que visitavam Fafe pela sua afamada Vitela. É este o prato típico das feiras francas de 16 e 17 de Maio.
A vitela assada à moda de Fafe pode-se encontrar, ainda hoje, em qualquer restaurante do concelho, tal como o bom vinho verde típico da região.
Mas também o anho assado é especialidade gastronómica, sobretudo nas festas do concelho. Menos usual hoje em dia é o "bacalhau à músico" e que tem por homenagem a ligação íntima do concelho à musica filarmónica mas ainda se pode encontrar em alguns cardápios locais.
A gastronomia fafense é sempre um bom motivo para visitar o nosso concelho!


IN;
- WIKIPÉDIA
- SITE DO MUNICÍPIO
- NATURFAFE
- http://www.eb1-sede-5.rcts.pt/nossacidade.htm
- BLOG MONTELONGO


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