20/03/2012

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HOJE NO
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Mais de 18% da frota automóvel da PSP está avariada

Na divisão de Sintra já existem esquadras sem nenhum carro disponível e agentes do programa Escola Segura a trabalhar a pé

Dos 3975 carros da PSP, 722 estão inoperacionais. Contas feitas, mais de 18% da frota automóvel da polícia está actualmente avariada. Segundo um levantamento a que o i teve acesso, Lisboa é o comando com mais carros inoperacionais: são 326 carros parados. Segue-se o Porto com 182 e Setúbal com 43. E há casos, como o da divisão de Sintra, em que dos cerca de 60 carros existentes só 12 andam. Os restantes 40, contou ao i fonte daquela divisão, estão parados devido a pequenas avarias. “Temos de tudo: desde viaturas que sofreram pequenos acidentes e nunca mais foram arranjadas, a carros que estão a verter óleo, revisões que não foram feitas e pneus desgastados.”

A falta de veículos é de tal ordem que, numa das esquadras, um agente do programa Escola Segura está a trabalhar “a pé”. E nas esquadras da Mira-Sintra e de São Marcos não há, desde há um mês, um único carro disponível. “A lógica tem sido rentabilizar o que ainda existe”, diz a mesma fonte. Exemplo disso é o que tem feito o comandante de uma das esquadras – que está a usar um carro emprestado, depois de ter ficado sem meio de transporte.

Os cerca de 40 carros avariados de Sintra têm estado parados na divisão, mas ontem os agentes deram pelo seu “desaparecimento”, porque foram levados para as oficinas da PSP em Alfragide. “Está programada uma visita do ministro [Miguel Macedo] à divisão para esta semana e não podemos deixar de associar as duas coisas”, diz a mesma fonte.

Paulo Rodrigues, da Associação Sindical Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), admite que os carros possam ter sido levados “para arranjar”. É que nos últimos 15 dias, em Lisboa, mais de 40 viaturas foram concertadas recorrendo-se a peças de outros carro avariados.

A maioria das avarias, de Norte a Sul, são de fácil resolução – como lâmpadas fundidas, falta de calços de travões ou problemas eléctricos, acrescenta Armando Ferreira, do Sindicato Nacional de Polícia (SINAPOL). “Por norma não são avarias excepcionais, só que os concursos para aquisição de material demoram muito tempo”, concorda Paulo Rodrigues. Um exemplo é o concurso para a compra de carros novos que a tutela abriu em Janeiro e ainda não terminou. “É preciso compreender que as instituições não são todas iguais. A PSP tem de funcionar 24h por dia e há muitos imprevistos”, sublinha o presidente da ASPP, defendendo uma “desburocratização” de procedimentos. Armando Ferreira garante que já há “muitos agentes” a usar carros particulares para trabalhar, “quando alguns comandantes da PSP usam as viaturas de serviço para fins pessoais”, remata.

O i tentou um comentário da Direcção Nacional da PSP até ao fecho da edição, mas tal não foi possível.



* E os bombeiros, a GNR e outros órgãos de segurança e fiscalização??

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