24/03/2012

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GALGO 
         ESPANHOL









Classificação F.C.I.:Grupo10 Lebréis Seção 3 Lebréis de Pêlo Curto
Padrão FCI nº 285 24 de maio de 2002.
País de origem: Espanha
Nome no país de origem: Galgo Español
Utilização: Cão de caça à lebre, em rápida perseguição e guiando-se pela visão. Igualmente, foi utilizado e pode perseguir outros animais de pêlo como coelhos, raposas e também javalis; porém a primordial utilização da raça tem sido e é a caça às lebres emcorrida.
Sem prova de trabalho

RESUMO HISTÓRICO: o galgo espanhol é conhecido desde a Idade Antiga pelos Romanos embora tenhamos que supor que sua chegada e implantação na Península seja muito anterior. Descendentes de antigos lebréis asiáticos, ele se adaptou aos nossos diferentes terrenos de estepes e planícies. Foi exportado em grandes quantidades para outros países como a Irlanda e Inglaterra, durante os séculos XVI, XVII e XVIII, sendo o nosso Galgo um dos ancestrais do Galgo Inglês que apresenta com o Galgo Espanhol as semelhanças próprias da raça que serviu de base antes de sua posterior
seleção e aclimatação. Cabe destacar dentre as numerosas citações de autores clássicos, aquela do Arcipreste de Hita, que diz: “Para a lebre que sai, logo se lança um galgo...”
demonstrando assim a principal e ancestral função da raça.

MAIS HISTÓRIA
As pessoas referem-se à semelhança entre o galgo e representações de cães de arte egípcia , o galgo, provavelmente, tem suas raízes ancestrais em cães dos faraós egípcios. Também é provável que o Vertades romano seja outro de seus antepassados. A verdade é que as primeiras referências escritas do galgo estão no tratado de século II a. C. Cynegeticus de Arriano de Nicomédia , que foi cônsul da Andaluzia .

O autor descreve a caça de lebres com galgos praticamente idêntico ao utilizado actualmente em Espanha, acrescentando que era um costume dos hispânicos possuirem-no, independentemente da classe social.

Não é fácil determinar o que aconteceu a corrida nos primeiros séculos da Idade Média , mas o fato é que sobrevive, tornando-se evidente após um certo tempo para florescer.

Na colonização dos séculos nono e décimo ocorrem grandes áreas agro-cinegéticas coincidentes com a reconquista de Castela . Grandes extensões de terra de pousio proporcionou a tradição de corridas de lebres com galgos, uma prática comum em ambos os reinos árabes e cristãos. Guerra e caça são confundidos ao longo dos anos, dizendo o autor David Salamanca que "O cão, o cavalo e galguero são três grandes guerreiros."

Estamos cientes do valor atribuído ao galgo naquele tempo e o grande número de leis que criminalizam os seus roubo e morte. Município de Salamanca (século IX), Jurisdição de Cuenca, jurisdição de Zorita de los Canes, Jurisdições de Molina de Aragón ( século XII), Município de Usagre (século XII).
Em Slonza Cartuario existe uma escrita de herança em Villacantol concedida pelo prefeito para Diego Gutierrez Citid, datado de 03 de novembro de 1081, que afirma: "Urso de galgos sólida colore nigro ualente caetum dae argento" encontrar este tipo de referência ao cão dá uma idéia do valor que lhe era atribuído.
Os murais da capela de San Baudelio de Berlanga , em Soria , que datam do século XII mostrar uma cena de caça lebres com três galgos que contou com aspecto muito semelhante aos animais de agora.

O galgo foi forjado na estepe castelhana, tanto no Planalto Norte (Valladolid, Zamora, Salamanca Ávila, Segovia, Soria, Burgos e Palencia) e no Planalto Sul (Toledo, Cuenca, Guadalajara, Madrid e Ciudad Real) e o galgo povou toda a região sem concorrência de outras raças.

Há referências aos cães, não só em textos, mas também em expressões e provérbios e até mesmo na literatura espanhola, como uma das frases mais famosas contida na no romance Don Quixote :
"Somewhere in la Mancha, cujo nome não me lembro, não muito tempo viveu um daqueles senhores de lança e escudo antigo, um corte magro e um galgo correndo para."

Da mesma forma, o ditado "Um galgo velho, jogá-lhe lebre, coelho não" sugere que é necessário contratar alguém experimentado para uma tarefa difícil, para que se possam obter resultados das suas capacidades.

APARÊNCIA GERAL: cão lebrel de bom tamanho, eumétrico, subconvexo, sublongilíneo e dolicocéfalo. De estrutura óssea compacta, cabeça longa e estreita, tórax de ampla capacidade, ventre muito retraído e uma cauda muito longa. Os posteriores bem aprumados e musculosos. Pêlo    fino e curto ou duro e semilongo.

PROPORÇÕES IMPORTANTES: estrutura sublongilínea;
diâmetro longitudinal ligeiramente maior que a altura na cernelha. Devese procurar a proporcionalidade e a harmonia funcional tanto parado quanto em movimento.

COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: de caráter sério e retraído; porém quando sai para caçar, demonstra uma grande energia e vivacidade na caça.

CABEÇA: proporcionada ao corpo, longa, enxuta e seca. A relação crâniofocinho é de 5/6: comprimento do crânio 5, comprimento do focinho 6. Linhas crâniofaciais divergentes. O conjunto crâniofocinho, visto de cima, deve ser bem longo e uniforme; com focinho longo, estreito.
REGIÃO CRANIANA
Crânio: de largura reduzida e de perfil subconvexo. A largura do crânio não alcançará a metade de seu comprimento. O crânio possui uma linha mediana bem marcada em seus dois primeiros terços; a cavidade frontal e a crista occiptal é simplesmente marcada.
Stop: suave, muito pouco acentuado.
REGIÃO FACIAL
Trufa: pequena, úmida, com mucosas pretas.
Focinho: longo, de perfil subconvexo, com ligeiro estreitamento da cana nasal até à trufa.
Lábios: muito secos. O lábio superior cobrirá perfeitamente inferior. O lábio inferiornão apresentará comissura labial marcada. São finos, aderentes e com mucosas escuras.
Maxilares / Dentes: dentes fortes, brancos e saudáveis. Mordedura em tesoura. Caninos bem desenvolvidos. Presença de todos os prémolares.
Olhos: pequenos, oblíquos, de forma amendoada; preferivelmente escuros, de cor avelã. Olhar calmo, doce e reservado.
Pálpebras: de pele fina e mucosas escuras. Bem aderentes ao globo ocular.
Orelhas: largas na base, triangulares, carnudas em seu primeiro terço e mais finas e delicadas em direção à ponta que deverá ser arredondada. De implantação alta. Em
atenção, são semieretas no seu primeiro terço com as pontas dobradas em direção às laterais. Em repouso, são em rosa, aderidas ao crânio. Esticadas para a frente, elas ficarão muito próximas a comissura labial de ambos os lábios.
Palato: da cor das mucosas com rugas fortemente marcadas.

PESCOÇO: longo, de seção oval, plano, esbelto, forte e flexível. Estreito na parte da cabeça, alargando ligeiramente em direção ao tronco. Linha superior ligeiramente côncava. Linha inferior quase reta com uma ligeira convexidade central.
TRONCO
Aspecto geral: retangular, forte e flexível, dando impressão de robustez, agilidade e resistência. Caixa torácica amplamente desenvolvida, ventre bem retraído.
Linha Superior: com uma ligeira concavidade sobre o dorso e convexidade sobre o lombo. Sem interrupções bruscas e sem oscilações durante a movimentação, dando a impressão de grande elasticidade.
Cernelha: simplesmente marcada.
Dorso: reto, longo e bem defi nido.
Lombo: longo, forte, não muito largo e com a linha superior arqueada, com compacta e longa musculatura, dando impressão de elasticidade e força A altura do lombo em sua parte central pode ultrapassar a altura na cernelha.
Garupa: longa, poderosa e inclinada. Sua inclinação é superior a 45º com a linha horizontal.
Peito: poderoso, mas não muito largo; profundo sem atingir os cotovelos e muito longo até as costelas flutuantes. Ponta do esterno marcado.
Costelas: costelas planas com amplos espaços intercostais. As costelas devem ser bem visíveis e marcadas. O perímetro torácico é ligeiramente superior a altura na cernelha.
Ventre e flancos: ventre abruptamente retraído desde o esterno; esgalgado. Flancos curtos, secos e bem desenvolvidos.

CAUDA: forte na raiz e de inserção baixa, estentendo-se
entre as pernas afinando-se progressivamente até terminar em uma ponta muito fina. Flexível e muito longa, ultrapassando bem os jarretes. Em repouso, caída em forma de foice com um gancho bem acentuado e inclinada lateralmente. Colocada entre as pernas com um gancho quase tocando o solo na frente dos posteriores; é um dos aspectos mais típicos da raça

MEMBROS
ANTERIORES
Aspecto geral: perfeitamente aprumados, finos, retos e paralelos; metacarpos curtos e finos; pés de lebre.
Ombros: secos, curtos e inclinados. A escápula deve ser sensivelmente mais curta que o braço.
Braços: longos, mais longos que a escápula, muito musculosos; com cotovelos livres, embora muito próximos ao tronco.
Antebraços: muito longos; retos e paralelos, ossos bem definidos, com tendões bem marcados. Almofadas carpais bem desenvolvidas.
Metacarpos: ligeiramente inclinados, finos e curtos.
Patas anteriores: de lebre. Dedos fechados e arqueados. Falanges fortes e longas. Almofadas duras e bem desenvolvidas. Membrana interdigital moderada e unhas
bem desenvolvidas.
ANGULAÇÕES:  
ângulo escápuloumeral:110º
ângulo húmeroradial: 130º

POSTERIORES
Aspecto geral: poderosos, ossos bem definidos, com músculos longos e bem desenvolvidos. Perfeitamente aprumados e de angulações corretas. Jarretes bem marcados; metatarsos curtos e perpendiculares ao solo; patas de lebre com dedos arqueados. Os membros posteriores dão impressão de potência e agilidade na impulsão.
Coxas: muito fortes, longas, musculosas e tensas. O fêmur o mais perpendicular possível. Vistas por trás, apresentam uma musculatura muito marcada; longa, plana e potente, seu comprimento é de ¾ da perna.
Pernas: muito longas, ossos marcados e fi nos. Musculosas em sua parte superior; menos na parte inferior, com clara apresentação de veias e tendões.
Jarretes: bem marcados com nítida apresentação do tendão que estará muito desenvolvido.
Metatarsos: finos, curtos e perpendiculares ao solo.
Patas posteriores: patas de lebre, iguais aos membros anteriores.
ANGULAÇÕES: 
ângulo coxofemoral: 110º
ângulo femorotibial: 130º
ângulo do jarrete: superior a 140º

MOVIMENTAÇÃO: o movimento típico é naturalmente o galope. O trote deve ser longo, próximo ao solo, elástico e potente. Sem tendência a lateralidade e sem ambladura (significa movimentar os dois membros de um mesmo lado, ao mesmo tempo).

PELE: bem aderente ao corpo em todas as suas partes, forte e flexível; de cor rosada.
As mucosas devem ser escuras.
PELAGEM
Pêlo: denso, muito fi no, curto, liso; espalhado por todo o corpo até os espaços interdigitais. Ligeiramente mais longo nas partes posteriores das coxas. A variedade de pêlo duro semilongo apresenta maior aspereza e comprimento de pêlos, que pode ser variável; embora sempre espalhado uniformemente pelo corpo, tende a apresentar uma barba e bigodes na face, sobrancelhas e topete na cabeça.

CORES: todas as cores são permitidas. São consideradas como cores mais típicas e por ordem de preferência as seguintes:
· fulvos e tigrados mais ou menos escuros, bem pigmentados;
· pretos;
· manchas escuras e claras;
· encarvoados;
· canelas;
· amarelos;
· vermelhos;
· brancos;
· com manchas brancas e malhados.

TAMANHO
Altura na cernelha: 
Machos: de 62 a 70 cm
Fêmeas: de 60 a 68 cm
Admite-se, sobre a altura, uma margem de 2cm para exemplares de proporções excelentes.

NOTAS:
· os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal.


IN "CONFEDERAÇÂO BRASILEIRA DE CINOFILIA"


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