13/03/2012

ALMORRÓIDA TECNOLÓGICA



Anacom dá tiro de partida
 na corrida ao 4G

Regulador atribuiu ontem as licenças adquiridas em leilão. PT e Vodafone já apresentaram as suas ofertas.
É oficial: a quarta geração móvel (4G) chegou a Portugal. A partir de hoje será possível navegar na internet em dispositivos móveis a velocidades até 100 megabits por segundo (mbps).




O que é a quarta geração móvel?

Desde 2010 que os operadores andam a fazer apresentações dos seus pilotos da quarta geração móvel, mas só agora vão conseguir efectivamente lançar a tecnologia. Mas afinal o que é isso da quarta geração?

A quarta geração móvel é a escalada na velocidade no acesso à internet nos serviços móveis. Para já, apenas com "pen" (dispositivo que se liga ao computador para aceder à Internet), mas com a progressão do serviço a nível mundial os dispositivos, como telemóveis ou tablet PC, começarão a surgir com a possibilidade de se navegar a velocidades em torno dos 100 Mbps.

Nos testes, a velocidade desta nova geração até pode ser superior. Mas será difícil alcançar uma situação de mobilidade. Ainda assim, esta tecnologia poderá permitir que haja algum factor de substituição da internet fixa pela móvel. É que há muitos utilizadores, no fixo, que não necessitam de velocidades tão elevadas e que não as utilizam. A opção passará, ainda assim, pelo preço.

A quarta geração móvel é lançada com base na tecnologia LTE, que em terminologia anglo-saxónica significa Long Term Evolution. É a designação técnica da quarta geração.

Ao permitir velocidades de acesso à Internet mais elevadas, através das redes móveis, abre-se um novo mundo para aplicações móveis, disponíveis em telemóveis ou dispositivos como os "tablets". Já quando a terceira geração foi a concurso, em 2000, se propunha aplicações inovadoras para o dia-a-dia dos consumidores, falando-se em telemedicina, telescola, entre outros. Em 2000 nada aconteceu. A terceira geração, aliás, só viria a ser lançada em 2004 e só nos anos seguintes é que começou a ter clientes com o surgimento das "pen" para ligar aos computadores portáteis.

Agora, com a quarta geração volta-se a falar desses serviços inovadores. Mas agora começa a haver velocidade para isso e penetração de internet.

A necessidade de velocidade nas redes móveis adquire maior expressão se tivermos em conta que em Portugal a taxa de penetração de telemóveis é superior a 120%, ainda que nem todos estejam activos e nem todos possibilitam a navegação na internet. O acesso à internet nas redes móveis, a partir de telemóveis, também só começou a crescer com o surgimento dos chamados "smartphones" (telemóveis inteligentes). Só que, nesta fase de lançamento da quarta geração, ainda não há terminais destes compatíveis com o sistema LTE. AInda assim, na terceira geração também se começou pelas "pen".

A quarta geração, no entanto, pode ser uma tecnologia importante para o universo empresarial, já que permitirá gestão de tarefas e acessos a Intranet mais fiáveis. E, por outro lado, para os operadores é a forma de acrescentarem valor nos seus serviços de dados, que é dos poucos segmentos onde poderão aumentar as suas margens. E a um custo relativamente baixo. Exceptuando os valores pagos pelo espectro, o desenvolvimento da quarta geração pode assentar nas redes já existentes. Os fornecedores, aliás, têm posto tónica neste ponto. Com pouco investimento pode-se ter uma rede móvel de quarta geração, o que é relevante se tivermos em conta que há ainda operadores a amortizar os fortes investimentos feitos na terceira geração, especialmente nos países onde as frequências foram leiloadas a valores milionários.

Além de serviços ligados à medicina, à educação, às empresas, o LTE vai jogar o seu papel nos serviços de televisão. Aliás, a apresentação da PT, de hoje, é disso prova. Aceder ao serviço de televisão através das redes móveis pode ser um serviço de exclusão ou escolha de um operador. E se isso acontecer os operadores sem redes móveis podem ter a vida dificultada.

Se para os utilizadores, a quarta geração representa velocidades acrescidas na banda larga móvel, para os operadores pode resultar numa fonte acrescida de receitas.

TEXTO IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
13/03/12





NR: Ao procurarmos informação exemplificativa em vídeo encontrámos este da "JG" brasileira, de realização portuguesa não detectámos qualquer vídeo, haverá???

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