28/02/2012




HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Jardim invoca "unidade partidária" 
para ser mandatário de Passos

O presidente do PSD-Madeira disse hoje que aceitou ser mandatário da recandidatura de Pedro Passos Coelho à liderança do partido porque o momento é de "unidade partidária" e justificou a moção de estratégia com "marcar território".

"É uma altura de unidade partidária e foi por essa razão que eu aceitei ser o mandatário do líder nacional do partido", afirmou Alberto João Jardim, numa conferência de imprensa na sede do PSD-M, no Funchal, realçando que o momento "muito difícil do País" obriga a que todos dêem o exemplo "de um por todos e todos por um".

Reiterando a necessidade de unidade no PSD, Alberto João Jardim continuou: "Tem de haver unidade, sobretudo não pensando tanto no partido, mas pensando sobretudo no país, porque se as forças políticas que têm o encargo, a responsabilidade de fazer a recuperação do País neste momento não se entendem dentro de si, então temos claramente o caldo entornado e o futuro do País devidamente comprometido".

"Também é preciso termos em conta que eu pensei muito no futuro da Madeira quando aceitei ser mandatário do presidente da Comissão Política Nacional e ter este gesto público de solidariedade para com ele", reconheceu o social-democrata, que nas últimas directas apoio Paulo Rangel.

"Não havendo nada de imprevisto - e todos sabem que temos um Presidente da República que, ao contrário de outros, não gosta de andar a dissolver assembleias da República nem está na sua maneira de estar na política - (...) estas duas pessoas vão ter que se entender até Outubro de 2015. Tudo leva a crer que o dr. Passos Coelho será o primeiro-ministro até ao final de 2015, também se nada de imprevisto acontecer tudo leva a crer que eu serei o presidente do Governo da Madeira até Outubro de 2015", acrescentou.

Nesse sentido, "em nome do interesse nacional e em nome do interesse da Madeira, não há aqui margem para equívocos, as pessoas têm que se entender, têm que trabalhar em conjunto", defendeu o dirigente.

"E, finalmente, isto ajuda a acabar com certos equívocos que andavam na praça pública, que talvez alguém pretendesse aproveitar, e ao se pôr termo a equívocos acaba-se com tentativas fraccionastes que o PSD não tem tempo para isso aqui na Madeira", comentou.

Sobre a moção de estratégia global que o PSD-M vai levar ao congresso, o dirigente sublinhou que "não é contra ninguém", mas antes "reafirmar os seus princípios que a sua autonomia dentro do PSD nacional lhe permitem ter".

"Foi, por assim dizer, um marcar território", declarou.

Questionado se está preocupado com eventuais vozes contrárias em relação à Madeira tendo em conta o que se passou no último quando Pedro Passos Coelho quis cumprimentá-lo, Jardim respondeu: "Ninguém tinha brigado nessa altura, havia posições diferentes, cada momento tem a sua leitura política, esta é a leitura politica do momento actual, o que lá foi, lá foi".

"Acho que no momento em que o PSD está preocupado em tirar Portugal do colete-de-forças em que está metido, seria de mau gosto ir alguém lá para dentro atacar uns aos outros", comentou.

Na conferência de imprensa, Alberto João Jardim apelou ainda aos 1.100 militantes do PSD-Madeira habilitados a votar nas directas para que exerçam o direito.

O PSD-M tem cerca de 11 mil militantes, cinco mil dos quais podem votar para a liderança do partido. Destes, apenas 1.100 têm as quotas em dia.



* Com maior poder de mimetismo que o camaleão...

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