19/02/2012




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Seguro exige apuramento de responsabilidades 
.nos prejuízos das empresas públicas

O líder socialista exigiu hoje o apuramento de responsabilidades nos prejuízos das empresas públicas, adiantando que irá insistir com a 'troika' para a utilização de parte da verba destinada à recapitalização da banca para pagamento das dívidas do Estado.

"Não pode ter hesitações e, se há uma derrapagem, tem que haver avaliação e apuramento das responsabilidades. É isso que eu exijo e eu espero que o Governo faça", afirmou o secretário-geral do PS, António José Seguro, em declarações aos jornalistas à saída de uma convenção da FAUL sobre a reforma administrativa de Lisboa.

Num comentário à notícia divulgada na edição de hoje do jornal Público, que avança os prejuízos no setor empresarial do Estado em 2011 derraparam 38,5 por cento, subindo para 1.500 milhões de euros, António José Seguro apontou duas causas prováveis para a derrapagem: má gestão ou dificuldades de financiamento, que por vias do aumento da taxa de juro, tenha reflexo no aumento dos prejuízos.

"Se a causa foi má gestão terá que haver responsabilização", insistiu.

A este propósito, o líder socialista recordou que em novembro propôs à 'troika' que a parte dos 12 mil milhões de euros que não fosse necessárias para apoiar a recapitalização dos bancos pudessem servir para o pagamento de dívidas, designadamente do setor empresarial do Estado, adiantando que irá insistir nessa medida.

"Na altura a 'troika' disse que não. Foi um erro e eu vou insistir nessa proposta na segunda-feira na reunião que irei ter", referiu.

Ainda relativamente ao encontro que terá na segunda-feira com os líderes da 'troika', António José Seguro prometeu a apresentação de "propostas concretas", "medidas alternativas e, sobretudo, um caminho alternativo".

Insistindo que Portugal precisa "no mínimo de mais um ano para consolidar as contas públicas", o líder socialista reiterou a necessidade de dar prioridade ao emprego.

"A consolidação das contas públicas não deve ser feita exclusivamente pelo lado da despesa e da austeridade, mas deve também ser feita pelo lado da receita, do crescimento económico", declarou, frisando que "as políticas devem ter como referente as pessoas".


* Estamos de acordo, mas vai morder as canelas a muitos "irresponsáveis" gestores públicos do PS. Se fôr para a frente com a intenção vai ter 2/3 do partido contra si.


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