9 . PARQUES NATURAIS PORTUGUESES
PARQUE NATURAL DO
TEJO INTERNACIONAL
O Parque Natural do Tejo Internacional é um parque natural português que abrange uma área em que o rio Tejo constitui a fronteira entre Portugal e Espanha. O parque ocupa uma área de 26 484 ha e localiza-se no distrito de Castelo Branco, englobando partes dos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão.
A vegetação do parque inclui bosques de sobreiros e azinheiras e galerias de salgueiros (Salix sp.) ao longo dos rios.
É uma importante área de nidificação de aves, podendo-se observar a águia-de-bonelli, águia-real, abutre-fouveiro e abutre-do-egito. Também abriga populações de cegonhas-pretas, uma espécie rara em Portugal.
Os mamíferos do parque incluem a lontra-europeia, o gato-bravo, o veado-vermelho e a gineta. Também se destacam os salgueirais de Salix spp.
Do lado espanhol situa-se o designado Parque Natural del Tajo Internacional, que compreende (total ou parcialmente) 11 municípios: Alcántara, Brozas, Carbajo, Cedillo, Herrera de Alcántara, Membrío, Salorino, Herreruela, Santiago de Alcántara, Valencia de Alcántara e Zarza la Mayor.
CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE NATURAL DO TEJO INTERNACIONAL
O Parque Natural do Tejo Internacional (PNTI), Área Protegida classificada com a publicação do Decreto Regulamentar n.º 9/2000 de 18 de Agosto, abrange a área confinante com o troços internacionais dos rios Tejo e Erges, fronteiras naturais da Beira Interior Sul com a Extremadura espanhola.
A área do PNTI, aproximadamente 24.000 ha, divide-se por seis freguesias dosconcelhos de Castelo Branco – Castelo Branco, Malpica do Tejo e Monforte da Beira – e de Idanha-a-Nova – Rosmaninhal, Segura e Salvaterra do Extremo - no distrito deCastelo Branco.
No PNTI, os vales encaixados do rio Tejo e dos seus afluentes, especialmente do Erges, Aravil e Ponsul, e as áreas planas adjacentes, albergam um património natural de
excepcional valor, cuja diversidade resulta ainda de uma coexistência harmoniosa e milenar com as actividades humanas, particularmente as práticas agrícolas. Preservar e
valorizar este património natural único, criando condições para permitir a sua fruição sustentável, são as razões de existência do PNTI.
COMO CHEGAR
- A23 até Castelo Branco - faz ligação com a A1 (Lisboa - Castelo Branco - Porto)
- EN - 18-8 –Castelo Branco - Malpica do Tejo.
- Estrada Regional – Malpica do Tejo, Monforte da Beira, Cegonhas, Soalheiras, Rosmaninhal, Segura e Salvaterra do Extremo.
- EN – 240 – Castelo Branco -Salvaterra do Extremo
Distâncias até Castelo Branco
Lisboa - 226 kms
Porto - 302 kms
Coimbra - 225 kms
Portalegre - 96 kms
Covilhã - 59 kms
Cáceres - 142 kms
Madrid - 453 kms
VISITAS
A visitação ao território do PNTI pode integrar uma multiplicididade de tipologias, sendo que as melhor enquadram o conhecimento do seu território, resultam da interpretação em meio físico, passível de realização através de percursos pedestres e rodoviários.
Os itens a seguir evidenciados, referem as tipologias de percursos pedestres e rodoviários existentes no PNTI.
PERCURSOS PEDESTRES
O Parque Natural do Tejo Internacional não tem, no momento, percursos pedestres próprios, implementados no seu território. Existem, contudo, percursos pedestres, devidamente sinalizados, da responsabilidade da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e da QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza na área do Parque Natural.
Pode obter informação sobre os percursos pedestres, da responsabilidade da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, coincidentes com a superfície do Parque Natural do Tejo Internacional, através de contacto directo com os serviços da Câmara Municipal ou no seu site.
Relativamente aos percursos pedestres da responsabilidade da QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza recomenda-se a consulta do Guia de Percursos do Tejo Internacional da autoria de Paulo Monteiro. Refira-se que este Guia também apresenta informação sobre quatro percursos rodoviários situados na área de influência desta Área Protegida.
PERCURSOS RODOVIÁRIOS
1º CIRCUITO
(Castelo Branco – Malpica – Monforte – Cegonhas – Soalheiras, Rosmaninhal, Segura, Salvaterra do Extremo, Zebreira, Ladoeiro, Escalos de Baixo e Castelo Branco), que possibilita ligação a duas rotas pedestres no concelho de Idanha-a-Nova (freguesias de Segura e Salvaterra do Extremo: “Rota dos Fósseis” e “Rota dos Abutres”, da responsabilidade da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova.
Ponto de Partida/Ponto de Chegada: Castelo Branco
Extensão: 156,70 km
Duração: 3 horas
Dificuldade: Reduzida
Locais a Visitar
1 – Rio Ponsul: afluente da margem direita do rio Tejo, o rio Ponsul nasce na Serra do Ramiro, a uma altitude de 650m, no concelho de Idanha-a-Nova. É apontado como um dos principais locais de alimentação da cegonha-preta Ciconia nigra na região: a base da alimentação desta ave é constituída por crustáceos, anfíbios e pequenos peixes.
2 – Capela da Senhora das Neves: encontra-se envolvida por uma paisagem profundamente humanizada e precedida por um cruzeiro em pedra. Realiza-se aqui anualmente uma festa e romaria a 5 de Agosto. Segundo a lenda local a localização original de Malpica o Tejo situava-se próximo da ermida de Nossa Senhora das Neves.
3 – Montado: agroecossistema que apresenta elevada diversidade biológica devido à grande heterogeneidade presente, servindo de habitat de reprodução e/ou alimentação a muitas espécies protegidas como a águia-de-Bonelli Hieraaetus fasciatus, o abutre-preto Aegypius monachus e o gato-bravo Felis silvestris.
4 – Ribeira do Aravil: as galerias de salgueiro Salix salvifolia que ladeam esta linha de água são típicas de cursos de água mediterrânico-iberoatlânticos com regimes de forte estiagem. Serve de habitat a mamíferos como a lontra Lutra lutra, a répteis como o cágado-mediterrânico Mauremys leprosa, a peixes como o Barbo de Steindachner Barbus steindachneri.
5 – Aldeia do Rosmaninhal: destaca-se a igreja matriz; a capela de São Roque com o cruzeiro de granito com a imagem de Cristo crucificado; a capela do Espírito Santo datada de 1620; o pelourinho decorado do lado Norte com a esfera armilar, do lado Sul com as armas reais, do lado Este com a cruz de Cristo e do lado Oeste com as armas locais.
6 – Marco Geodésico do Cabeço Alto: avista-se a paisagem agrária tradicional desta região composta de três elementos: a) a policultura tradicional com olival e horta; b) a policultura tradicional, onde domina a cultura cerealífera de sequeiro, estreme ou associada ao olival; c) o montado, terrenos incultos, pastoreio e culturas arvenses/pousios em sistema de afolhamento.
7 – Rosmaninhal: mato de baixo porte que vegeta sobre solos esqueléticos de xisto, extremamente pobres, dominado por rosmaninho Lavandula stoechas. Esta espécie aromática, que floresce de Fevereiro a Julho é, por vezes, utilizada para fins ornamentais; as suas características excepcionalmente melíferas permitem a produção de mel de rosmaninho.
8 – Canhão Fluvial do Rio Erges: constituído por três gargantas consecutivas resultantes dos efeitos da erosão das águas do rio Erges. Este canhão fluvial – o maior afloramento rochoso de origem granítica na região do Tejo Internacional – corresponde a um importante local de nidificação e de repouso para várias espécies de aves necrófagas e rupícolas..
9 – Azinheira Quercus rotundifolia: é uma árvore de folha perene típica do clima mediterrânico caracterizado por ter um “Verão sem chuva, solarengo e quente, em alternância nítida com uma estação fresca durante a qual se sucedem desordenadamente os dias de chuva e as abertas”.
10 – Castelo Medieval de Peñafiel: encontra-se construído no cimo de um afloramento escarpado de constituição granítica, tendo como vista panorâmica o canhão fluvial do rio Erges. Em tempos, foi português, tendo passado para a administração espanhola aquando da definição das fronteiras entre os dois países.
11 – Ponte da Munheca:
12 – Carvalho-negral Quercus pyrenaica: é uma árvore marcescente de folhas cinzentas recortadas que pode atingir 25 a 30 m de altura. A copa é ovóide com ramos ascendentes, tornando-se mais ampla e arredondada com a idade. O fruto é uma bolota que pode atingir entre 1,5-4,5 cm de comprimento. Esta espécie é usada em tanoaria, marcenaria e carpintaria.
2º Circuito –
“Á Descoberta da Região Oeste do Tejo Internacional”
(Castelo Branco, Cebolais de Cima, Monte Fidalgo, Barragem de Cedilho/Monte Fidalgo, Monte Fidalgo, Lentiscais, Monforte da Beira, Ladoeiro, Escalos de Baixo e Castelo Branco)
Ponto de Partida/Ponto de Chegada: Castelo Branco
Extensão: 101,23 km
Duração: 2 horas
Dificuldade: Reduzida
Locais a Visitar
A – Esteval: comunidade dominada por esteva ou xara Cistus ladanifer primordialmente associada a solos de xisto depauperados e de pedregosidade superficial evidente, em locais de elevada exposição solar. São parasitadas por coalhadas ou pútegas Cytinus hypocistis.
B – Aproveitamento Hidroeléctrico de Cedilho/Monte Fidalgo: a construção teve início em 1978 na confluência do rio Sever com o rio Tejo. A cota de nível de pleno armazenamento desta albufeira situa-se nos 115 m, sendo a capacidade máxima de armazenamento de 206 hm3.
C – Ponte sobre o Rio Ponsul: os locais de maior pendente encontram-se revestidos de vegetação natural, tendo muitos cimos de encosta e cumes sido reconvertidos em povoamentos industriais de eucalipto-comum Eucalyptus globulus.
D– Montado de Sobreiro:, com uma área de 700 mil hectares de montado de sobro Quercus suber, Portugal Continental é responsável por mais de 50 % da produção mundial de cortiça. É a única espécie florestal do mundo produtora de cortiça com utilização industrial.
E - Ponte da Munheca
F– Carvalhal: a presença de solos derivados de um substrato granítico, retentores de maior humidade, permite a instalação de bosques de carvalho-negral ou carvalho-pardo-das-Beiras Quercus pyrenaica interconectados por pastagens naturais.
3º Circuito –
“Á Descoberta da Região Este do Tejo Internacional”
(Idanha-a-Nova, Ladoeiro, Cegonhas, Rosmaninhal, Segura, Zebreira e Idanha-a-Nova).
Ponto de Partida/Ponto de Chegada: Idanha-a-Nova
Extensão: 94,40 km
Duração: 2 horas
Dificuldade: Reduzida
Locais a Visitar
I – Montado: formação vegetal criada pelo Homem resultante do corte das árvores de um antigo bosque de azinheiras Quercus rotundifolia e/ou sobreiros Quercus suber e da limpeza de grande parte do estrato arbustivo.
II – Ribeira do Aravil: nasce na Serra da Murracha, a uma altitude de cerca de 440 m e tem um comprimento de 49,9 km, com uma sinuosidade fraca que se acentua na sua parte terminal. Desagua na margem direita do rio Tejo entre os marcos geodésicos de Linhares e Samarrudo.
III – Retamal: formação arbustiva de porte alto predominado pelo piorno amarelo Retama sphaerocarpa que se distribui pelos enclaves de solos profundos e melhor conservados do Parque Natural do Tejo Internacional, particularmente as arcoses da Beira.
IV – Marco Geodésico do Cabeço Alto: vértice geodésico de primeira ordem que se situa na freguesia do Rosmaninhal a uma altitude de 403 m acima no nível do mar. Deste local é possível avistar o relevo típico da região do Tejo Internacional.
V – Tamujal: matagal ripícola alto com poucas árvores em zonas de forte estiagem, dominado por tamujo Flueggia tinctoria encontra-se bem representado e bem conservado no interior do Parque Natural do Tejo Internacional.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
ACTIVIDADES TEMÁTICAS
O Parque Natural do Tejo Internacional estabelece anualmente um conjunto de actividades relacionadas com a interpretação ambiental e defesa dos valores naturais, direccionadas para públicos-alvo diferenciados e que se integram nos concelhos da sua área de influência.
A par desta actuação dinamiza, a nível pontual, acções temáticas relacionadas com a descoberta dos valores naturais presentes no seu território, maioritariamente como resposta a solicitações, de entidades diversas, que são remetidas à área protegida.
Para além da dinamização das actividades referenciadas, o PNTI, integrado no Centro de Interpretação Ambiental de Castelo Branco (CIA), estrutura protocolada entre o ICNB/PNTI e Município de Castelo Branco, organiza e acompanha acções de interpretação dos valores naturais da área protegida, através da exploração dos equipamentos interactivos presentes no centro.
As inscrições para as acções supra mencionadas devem efectuar-se para a sede da Área Protegida, através dos contactos: Telefone: 272488144 / e-mail:
pnti.teixeirac@icnb.pt / Fax: 272348143
VALORES NATURAIS
CARACTERIZAÇÃO GENÉRICA
O Parque Natural do Tejo Internacional insere-se na unidade estrutural do Maciço Antigo ou Hespérico, na extremidade Este da Zona Centro Ibérica portuguesa. A zona geotectónica do Maciço Antigo, enquadrada na era geológica do Pré-Câmbrico e do Paleozóico, é constituída pelas rochas mais antigas, eruptivas e metamórficas.
Predominam as rochas do complexo xisto-grauváquico, de idade ante-Ordovícica, intruídas por rochas magmáticas intrusivas onde se destacam as rochas graníticas e as rochas filonianas.
Esta Área Protegida engloba a quase totalidade do troço internacional do vale do rio Tejo e as secções finais de três dos seus afluentes: o rio Erges, por onde passa a fronteira entre Portugal e Espanha, a ribeira do Aravil, separador entre os municípios de Castelo Branco e Idanha-a-Nova, e o rio Ponsul, que delimita parcialmente o concelho de Vila Velha de Ródão.
O clima é de cariz mediterrânico caracterizado pelo pico do calor e a maior secura coincidirem no tempo. Por outro lado, aponta-se a bacia hidrográfica do rio Tejo como divisor entre o clima quente e seco característico da região sul de Portugal Continental e o clima temperado e húmido característico da região norte.
FLORA
PRINCIPAIS COMUNIDADES FLORÍSTICAS
Numa paisagem de cariz dominantemente mediterrânico, salientam-se no coberto vegetal a azinheira Quercus rotundifolia, o sobreiro Quercus suber e o carrasco Quercus coccifera; o lentisco Phillyrea angustifolia e o aderno-de-folhas-largas Phillyrea latifolia; o medronheiro Arbutus unedo e várias urzes Erica spp.; a esteva Cistus ladanifer e o zambujeiro Olea europaea var. sylvestris; o aderno Rhamnus alaternus e o espinheiro-preto Rhamnus lycioides subsp. oleoides; a aroeira Pistacia lentiscus e a cornalheira Pistacia terebinthus; o alecrim Rosmarinus officinalis e o rosmaninho Lavandula stoechas subsp. sampaiana.
Neste território foram identificados até à data 610 taxa distribuídos por 92 famílias botânicas, salientando-se desta fitodiversidade as 51 espécies endémicas detectadas. Merecem particular destaque Anthyllis lusitanica e Campanula transtagana cuja área de distribuição de restringe ao centro e sul de Portugal Continental;
Anthyllis lotoides, bocas-de-lobo Antirrhinum graniticum, labrêsto-de-flor-amarela Brassica barrelieri, Bufonia macropetala, lavapé Centaurea ornata, giesta-branca Cytisus multiflorus, giesta-amarela Cytisus striatus, cravinas-bravas Dianthus lusitanus, salva-brava Phlomis lychnitis, Silene scabriflora, rosmaninho Lavandula stoechas subsp. luisieri.
Evidencia-se, igualmente, a presença de Salix eleagnos – dado ser uma espécie muito pouco frequente na subprovíncia luso-extremadurense – e de Andryala ragusina – planta endémica da Península Ibérica com estatuto de rara.
FAUNA
O Parque Natural do Tejo Internacional alberga um importante cortejo faunístico incluindo mais de duzentas espécies de vertebrados. Dentre estas últimas, onze são consideradas “em perigo”, treze “vulneráveis” e outras tantas “raras”. Entre os mamíferos, presença da lontra Lutra lutra, do gato-bravo Felis silvestris e do toirão Mustela putoris. Avifauna numerosa com destaque para a ocorrência de espécies com estatuto de “em perigo” como a cegonha-preta Ciconia nigra, o abutre-preto Aegypius monachus e a águia-real Aquila chrysaetos. Presença de alguns peixes com o estatuto de “raro” como a boga-de-boca-arqueada Chondrostoma lemmingi e com o estatuto de “comercialmente ameaçado” como a enguia Anguilla anguilla.
A cegonha-preta Ciconia nigra
Trata-se de uma espécie ameaçada, de distribuição muito localizada em Portugal Continental. Constrói os seus ninhos em escarpas e árvores de grande porte, normalmente em zonas inóspitas. Frequenta as zonas mais áridas e isoladas do interior, como é o caso do vale do Tejo e de alguns dos seus afluentes. Espécie nidificante, permanece em Portugal entre Fevereiro e Setembro.
O grifo Gyps fulvus
A maior parte da população de grifo existente no nosso país encontra-se hoje em dia limitada aos vales alcantilados do Douro e Tejo internacionais e seus afluentes.
No Parque Natural do Tejo Internacional, esta ave pode observar-se ao longo dos rios Tejo e Erges, sobretudo em Segura e Salvaterra do Extremo
O abutre do Egipto Neophron percnopterus
Esta espécie frequenta zonas pouco povoadas do interior e pouco arborizadas, nidificando nos vales alcantilados e quentes, preferindo a existência de terrenos de caça abertos e de fragas com fendas, onde constrói os ninhos. A sua população, a exemplo dos restantes países europeus onde nidifica, parece estar em declínio. A sua presença no Tejo Internacional verifica-se a partir de Fevereiro.
A águia-real Aquila chrysaetos
Esta é uma espécie “em perigo” que necessita de grandes territórios de caça, com escassa presença humana e com locais escarpados para nidificar que, no caso desta Área Protegida, são as escarpas das encostas do rio Tejo e seus afluentes.
A águia de Bonelli Hiearatus fasciatus
À semelhança do que sucede noutros países, a população portuguesa desta espécie encontra-se em declínio. Esta ave prefere zonas escassamente habitadas, com alguns espaços abertos, que utiliza como território de caça. Constrói ninhos em escarpas, quer nos vales encaixados dos rios, quer em grandes árvores em zonas inóspitas.
HABITATS
Vales Encaixados
Os vales encaixados dos rios Tejo e Erges e alguns troços da ribeira do Aravil e do rio Ponsul, com escarpas inacessíveis e beneficiando de um relativo isolamento, suportam formações vegetais densas e diversificadas como os zambujais, os azinhais, os retamais, os estevais e os rosmaninhais.
O Montado de Azinheira e Sobreiro
De entre os diversos tipos de comunidades existentes destaca-se, pela superfície ocupada, o montado de azinheira e sobreiro, que se apresenta ora com árvores isoladas e culturas arvenses sob coberto, ora com árvores de menor porte ou bosquetes, restringindo-se a cultura arvense às baixas e encostas menos pedregosas.
A Vegetação Ripícola
Salienta-se, igualmente, pela sua importância ecológica, os salgueirais de Salix spp. que formam galerias ao longo das linhas de água, nos troços não sujeitos a forte estiagem, enquanto os tamujais de Flueggea tinctoria se localizam nos troços das linhas de água com forte estiagem, especialmente a leste, junto ao rio Erges. A estas comunidades acrescentam-se os amiais de Alnus glutinosa, contíguos às margens e os freixiais de Fraxinus angustifolia, em terraços aluvionares na orla do corredor ribeirinho.
IN
- WIKIPEDIA
- Site do "PNTI"
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