30/01/2012




HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Megafundo da Noruega interessado
no imobiliário português

O Norges Bank, entidade gestora do maior fundo soberano do mundo - o fundo de pensões da Noruega -, admite investir em força na Alemanha, Reino Unido, França e, "com o passar do tempo", entrar em países como Portugal. Não em dívida pública (vendeu o que tinha em 2011), mas num mercado cada vez mais apetecível: casas, prédios, imobiliário.

Fonte oficial do Norges Bank explica ao Dinheiro Vivo: "Desde 2010, temos um mandato para investir em propriedade imobiliária". Estes investimentos "corresponderão, eventualmente, a 5% do fundo".

O veículo norueguês, para o qual são canalizadas as receitas do petróleo e do gás produzido no país, está avaliado em 442 mil milhões de euros a preços atuais (cerca de 2,5 vezes a economia portuguesa). A parcela de 5% corresponde a 22 mil milhões de euros (o equivalente à despesa anual da Segurança Social portuguesa).

A mesma fonte refere que, numa primeira fase, "os investimentos começarão pelos maiores mercados: França, Alemanha e Reino Unido". Mas a ideia é continuar, sobretudo nos países europeus que ficarem baratos.

Questionado sobre se Portugal está na segunda fase de expansão do fundo imobiliário, o Norges Bank admite que, "com o passar do tempo, outros mercados serão incluídos". Europeus, seguramente, mas fora da Europa também. De acordo com o Norges Bank, as apostas serão centradas no mercado de escritórios e lojas (comercial), embora não descartem interesse na habitação e na indústria.

O sentimento dos investidores

Vontade de entrar no imobiliário nacional não falta aos estrangeiros. Apenas esperam uma oportunidade para se tornarem senhorios. Lisboa, por exemplo, até está relativamente bem classificada na lista das melhores cidades para estabelecer um negócio. Segundo a Cushman & Wakefield, em 2011, ficou a meio da tabela: é a 17.ª num grupo de 36 cidades europeias.


* A Noruega é confiável, menos na comida porque não sabem cozinhar os bons produtos que têm.

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