24/01/2012




HOJE NO
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Suicídios aumentaram 26% 
nos últimos cinco anos

A Direcção-Geral de Saúde vai reforçar os programas de prevenção da depressão e do suicídio, revelou o novo director do plano nacional para a saúde mental, Álvaro de Carvalho, citado ontem pela TSF. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2010 registaram--se 1098 mortes por lesões autoprovocadas, um aumento de 8,2% em relação a 2009 e mais 26% do que em 2006, quando a incidência nacional do suicídio aparentava estar a cair depois de picos de mortalidade entre 2002 e 2004.

No Plano Nacional de Saúde Mental 2007-2016 já se previam experiências-piloto para a prevenção nas áreas da depressão e do suicídio, que deveriam ser disseminadas a nível nacional entre 2009 e o final deste ano. Álvaro de Carvalho, até aqui coordenador nacional para a Saúde Mental, disse à TSF que não tem havido um programa estruturado nesta área, mas que o diagnóstico e tratamento correcto da depressão, a principal causa de suicídio, tem sido “bem trabalhado” no país.

Duarte Nuno Vieira, presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal, disse ontem ao i que os números do INE podem não traduzir a real dimensão do suicídio em Portugal, uma vez que não incluem situações de suicídio no âmbito da sinistralidade rodoviária (que em países como a Suécia chegaram a representar 5% dos casos) ou mesmo de acidentes em trabalho. “Haverá casos que passam ao lado da estatística”, diz, acrescentando que mesmo a peritagem específica de autópsia psicológica, que permitiria ter uma melhor noção epidemiológica do suicídio em Portugal, não é frequente, até pelos custos que acarreta. Muitos casos de suicídio não chegam a passar por peritagens legais, dado que o Ministério Público por lei só encaminha casos onde há suspeita de crime. Segundo os dados do INE, a maioria dos suicídios são praticados por homens, com um aumento significativo dos casos a partir dos 45 anos.


* Poderá ser fruto do desespero a que os políticos portugueses conduziram os cidadãos.


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