26/01/2012



HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Feriados: 
"Governo aceitou a condição da Igreja"

O ministro da Economia afirmou hoje que o Governo decidiu propor a eliminação de igual número de feriados civis e religiosos porque "aceitou a condição da Igreja", para quem era "muito importante haver simetria".

Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, Álvaro Santos Pereira justificou a escolha do 05 de outubro e do 1.º de dezembro como os dois feriados civis a eliminar alegando que "não haveria muito mais alternativas", porque o Governo não queria acabar com os feriados do 25 de abril, do 1.º de maio nem com o 10 de junho, no qual pretende, aliás, fazer "uma festa nacional mais alargada".

Questionado sobre o que levou o Governo a decidir eliminar igual número de feriados civis e religiosos, e tendo em conta que estes últimos são e continuarão a ser em maior número, o ministro da Economia respondeu: "O Governo aceitou a condição que a própria Igreja [Católica] nos disse".

"Para a Igreja [Católica] era muito importante haver simetria, e nós concordámos que fazia sentido haver simetria [na eliminação] de feriados civis e religiosos", acrescentou Álvaro Santos Pereira.

Os dois feriados religiosos a eliminar "serão definidos pela Comissão Paritária da Igreja, que depois transmitirá exatamente essa decisão, no âmbito da Concordata", adiantou o ministro da Economia.

Quanto à escolha do 05 de outubro e do 1.º de outubro, o ministro argumentou: "Se analisarmos o calendário dos feriados civis, se não quisermos alterar o 25 de abril e o 1.º de maio, que nunca foi nossa intenção, só poderíamos alterar o 10 de Junho - e o 10 de Junho é um dia de Portugal, das comunidades portuguesas e é um dia que tem de ser reforçado no nosso entender".

Segundo Álvaro Santos Pereira acrescentou que o exatamente nos momentos de crise realçarmos o orgulho de ser portugueses e realçarmos a unidade que precisamos de ter para vencermos a crise atual".

* Em primeiro lugar a eliminação dos feriados citados é uma falta de cultura histórico-política dos membros do governo, nem o Secretário de Estado da Cultura se safa, devia demitir- se fosse coerente.
Afinal Portugal não é um país laico, subordina-se à igreja católica faltando ao respeito aos milhares de portugueses que professam outras fés.
Lembre-se que só há muito pouco tempo os profissionais desta igreja pagam impostos, mas as verbas do ofertório não.
Enquanto não nos libertarmos desta subordinação nunca evoluiremos, seremos medievos com medo do pecado e da inquisição. Amen

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