29/01/2012

.
BARCELOS
DISTRITO DE BRAGA







Barcelos  é uma cidade portuguesa no Distrito de Braga, região Norte e sub-região do Cávado, com cerca de 20 625 habitantes.

É sede de um município com 378,7 km² de área e 120 391 habitantes (2011)[1], subdividido em 89 freguesias, sendo o concelho com maior número de freguesias em todo o país. O município é limitado a norte pelos municípios de Viana do Castelo e Ponte de Lima, a leste por Vila Verde e por Braga, a sueste por Vila Nova de Famalicão, a sudoeste pela Póvoa de Varzim e a oeste por Esposende.


O ponto mais elevado do concelho situa-se no alto de São Gonçalo, a 488 metros de altitude, na freguesia de Fragoso.



WIKIPEDIA

COMO CHEGAR
O concelho de Barcelos possui um posição central na região do Minho, fazendo parte do Eixo que liga Porto a Braga e Porto a Vigo. 
 O acesso a este território é simples e claro. Esta posição permite uma proximidade entre vários pontos do país e à vizinha Espanha. Entre as principais vias destacam-se pela sua importância estratégica a A3, A11 e A28 que ligam o concelho às principais vias de circulação nacionais e internacionais como a A1, A24, Auto-Pista do Atlântico e auto-estrada das Rias Baixas ambas na vizinha Galiza.

HISTÓRIA
Localizada na margem direita do rio Cávado, é sede de Concelho e é nesta qualidade que abraça as freguesias de Barcelos "Santa Maria Maior", de Vila Boa e Arcozelo a Norte, Barcelinhos a Sul, Tamel de S. Verí­ssimo a Nascente e Vila Frescainha S. Martinho a Poente.

A proximidade do rio Cávado ditou a história desta cidade que, desde a época romana, era o ponto de atravessamento preferido dos viandantes. Passava por aqui uma importante via que, segundo Ferreira de Almeida, «seria uma estrada que derivava da via Braga - Porto. (...) cruzava o Cávado em Barcelos e, continuando para noroeste, iria entroncar na via per loca marítima». A partir deste local e para Norte, seguiria outra via em direcção a Ponte de Lima. A passagem das gentes por estas vias e a proximidade do rio viriam, ainda que a longo prazo, a determinar o processo de fixação humana.
Gentílico Barcelense
Área 378,70 km²
População 120 391 hab. (2011[1])
Densidade populacional 317,91 hab./km²
N.º de freguesias 89
Presidente da
Câmara Municipal
Miguel Costa Gomes
Fundação do município
(ou foral)
1140
Região (NUTS II) Norte
Sub-região (NUTS III) Cávado
Distrito Braga
Antiga província Minho
Feriado municipal 3 de Maio
Código postal 4750
Endereço dos
Paços do Concelho
Não disponível
Sítio oficial www.cm-barcelos.pt
Endereço de
correio electrónico
gera 

Alguns vestí­gios encontrados promovem a ideia de que na origem da cidade estariam as vilas agrá¡rias e que esta teria nascido da confluência de actividades como a almocrevia e o comércio. Aliás, como consequência destas actividades, em meados do século XIII, surge uma feira que tornou Barcelos num palco de atracções de uma vasta zona. Os almocreves dinamizavam Barcelos que funcionava como um ponto estratégico de ligação com cidades como Porto, Braga, Viana do Castelo e Ponte de Lima.

A questão relativa à fixação das pessoas tem vindo a suscitar inúmeras teorias que tentam dar resposta à questão de quando se iniciou este processo. Apesar da ausência de documentos escritos e vestí­gios arqueológicos que atestem com clareza uma data provável, o Professor Ferreira de Almeida avança com a ideia de que a fixação remonta à época alti-medieval, com o nascimento da nacionalidade, contrariando as teorias que sugeriam um processo de ocupação romana ou até mesmo anterior.
Quanto à extensão geográfica da cidade, sabemos que a presença do rio e possí­veis subidas das águas empurraram as populações para a zona nascente, que oferecia melhores condições para uma fixação permanente, além de que a sua cota superior possibilitava um maior domínio do território. Do Foral de Barcelos, concedido por D. Afonso Henriques provavelmente entre 1156 e 1169 (sendo o mais remoto pergaminho da freguesia), nada se consegue apurar quanto à extensão do termo, no entanto, tudo nos leva a crer que se tratava de um povoado pequeno, mas detentor de uma certa importância, já que desde 1177 contava com uma gafaria - instituição hospitalar para leprosos - à entrada da vila, no local da Fonte de Baixo, a qual atingiu o seu apogeu na centária de trezentos. Segundo o Tombo de 1498, as terras pertencentes à gafaria estendiam-se desde a «Facha (Ponte de Lima), a norte, até S. Miguel das Marinhas, junto ao mar, e Minhotães, a sul...». 

As Inquirições régias de 1220 referem-se a Barcelos como uma Freguesia do Julgado de Neiva, com o orago de Santa Maria Maior, e as Inquirições de 1258 fornecem algumas informações preciosas sobre a vila à qual é já atribuí­do um núcleo urbano, bastante arruado, com uma igreja paroquial e o ougue, circundado por arredores como os de Cimo de Vila, de Fundo de Vila e do Vale. Em 1258, começava a desenhar-se a estrutura da cidade, cuja mancha urbana se concentrava na zona dos actuais largos do Apoio e Dr. Martins Lima. O principal armamento seria o que ligava o ponto de atravessamento do rio à via que se dirigia a Ponte de Lima e Viana do Castelo. 

O Largo do Apoio ou do Poyo teria, assim, sido o primeiro centro cí­vico da vila e, apesar de não haver documentos que o atestem, a casa do alcaide, localizada nesse largo, actual casa dos Carmonas, poderia ter sido a primeira sede da administração local. Refira-se ainda que, na Inquirição de D. Afonso III, surgem já nomes e locais ainda subsistentes, tais como Pessegal, Casal de Niqui (que o tempo se encarregou de transformar em Casal de Nil) e outros já desaparecidos, como Cimo de Vila e Barroco.
Aquando da passagem à condição de vila condal, esta urbe já se encontrava bem formada, nas suas linhas principais. No final do século XV, era já uma realidade na urbe, o centro cí­vico com as sedes das principais instituições, as principais artérias estruturando o burgo intra-muros e o campo da feira.

Relativamente ao carácter administrativo, sabemos que Barcelos começou por ser Vila Régia, em resultado da Carta de Foral concedida por D. Afonso Henriques. Ao permanecer sob a alçada real, Barcelos ficaria sujeita a legislação e tributação específicas. Esta condição de vila régia seria alterada em 1298, no reinado de D. Dinis, que num gesto de recompensa para com o mordomo-mor e diplomata João Afonso Telo de Meneses, Senhor de Albuquerque, pelas diligências por este efectuadas para a definição das fronteiras, aquando do Tratado de Alcanices, o nomeia Conde da Vila de Barcelos. Assim, João Afonso passa a ser o primeiro conde vitalí­cio de Portugal, com direito de transmissão dos poderes aos seus descendentes. A passagem da condição de Vila Régia a Vila Condal teria uma influência crucial no evoluir da urbe que, desde logo, se destacou das povoações vizinhas, já que adquire um estatuto e jurisdição autónomas. Está dado iní­cio a um processo de contí­nua evolução da Vila de Barcelos, que beneficiou, desde então, do lugar de relevo que os seus representantes - os condes - detinham nas Cortes.

1° Conde de Barcelos - 1298 - Conde João Afonso Teles de Meneses - Senhor de Albuquerque.
3° Conde de Barcelos - D. Pedro (filho bastardo de D. Dinis).
7° Conde de Barcelos - 1385 - D. Nuno Alvares Pereira - Condestável do Reino.

8° Conde de Barcelos - 1401 - D. Afonso, recebe o condado como dote de casamento com D. Beatriz, filha de D. Nuno Álvares Pereira.
9° Conde de Barcelos - D. Fernando I.
10° Conde de Barcelos - 1478 - D. Fernando II.
12° Conde de Barcelos - 1532/1563 - D. Teodísio.

No ano de 1640, Barcelos volta à condição de Vila Régia, na sequência da ascensão da família de Bragança à realeza, obtendo das grandes privilégios, entre os quais a concessão, por dois ou três anos, de um imposto à real de água» destinado à realização de obras, tais como a renovação da Colegiada e do edifí­cio da Misericórdia, com o seu hospital e a edificação do Mosteiro do Terço, da Igreja da Ordem de S. Francisco e do Passeio dos Assentos.
Em 1836, na sequência da vitória da facção liberal, foi iniciada uma reforma administrativa, que viria a dar um duro golpe na extensão do enorme Concelho de Barcelos e sua Comarca, que vêem diminuir a influência que, desde há muito, possuíam sobre outras áreas.

Relativamente ao topónimo, são indicadas várias hipóteses como predecessoras do nome "Barcelos": as designações "Barca coeli", Barca do céu", ou "Barca celani" .

IN "http://www.barcelos.maisbarcelos.pt"

CULTURA

Centro Histórico
Ponte Medieval

É uma edificação gótica do início do século XIV, faz a ligação entre Barcelos e Barcelinhos.




Pelourinho

Também denominado "Picota", foi edificado ao gosto do gótico final, datado de finais do século XV, início do século XVI.





Solar dos Pinheiros

É um edifício quatrocentista, datado de 1448, destacando-se os elementos de características manuelinas.




Igreja Matriz
A sua construção iniciou-se na segunda metade do século XIV, foi ordenada por D. Pedro, o 3.º Conde de Barcelos, cujas armas estão gravadas nas arquivoltas do portal principal. 

É um edifício com cariz de transição do românico para o gótico. Foi bastante transformada ao longo dos séculos XV a XVIII. No século XX, foi-lhe restituída a rosácea. No lado sul da sua fachada possui uma torre sineira que data do século XVIII.

Capela de Nossa Senhora da Ponte
Foi instituída em 1328 e reformulada no séc. XVII, sob o alpendre podem ainda ver-se os bancos e pias de pedra (lava-pés) para descanso dos peregrinos.


Paço dos Condes de Barcelos (Museu Arqueológico)

É um paço característico dos fins da Idade Média, construído na primeira metade do século XV, por ordem de D. Afonso 8.º Conde de Barcelos, 1.º Duque de Bragança. O Museu Arqueológico foi aí instalado no início do século XX.

Cruzeiro do Galo
No interior do Museu Arqueológico, encontra-se este cruzeiro alusivo aos milagres de S. Tiago e do enforcado, conhecida popularmente como a “Lenda do Galo”.

Edifício da Câmara Municipal
Este edifício é o resultado de uma série de anexações, reformas e acrescentos a partir do núcleo dos velhos Paços do Concelho, a que a grande remodelação e ampliação iniciada em 1849 procurou dar uma certa unidade. 

Aglomera o antigo Hospital do Espírito Santo que serviu de posto de assistência dos peregrinos a Santiago de Compostela e a antiga Capela de Santa Maria, ambos do século XIV. A Torre e Casa da Câmara, são do século XV e a Igreja da Misericórdia do século XVI. Todas as faces da história deste(s) edifício(s) foram-lhe devolvidas já nos nossos dias através de uma acção de reabilitação e valorização.

Monumento a D. António Barroso
Inaugurada em 1931, é uma obra de referência do Arq. Marques da Silva e do escultor Sousa Caldas.

Casa dos Vilas Boas Sampaio (Arquivo Municipal)
Localizada na Rua Fernando Magalhães n.º 48 a 56. Embora a sua datação exacta seja difícil, a maior parte do edifício será provavelmente do século XVII.


Museu de Olaria
Instalado na casa dos Mendanhas Benevides Cyrne, datada do séc. XIX, funciona o Museu de Olaria. Este Museu que conta hoje com 8000 peças, tem como principal vocação estudar, documentar, conservar e divulgar o património olárico nacional.

Actualmente o edifício beneficia de obras de remodelação e valorização, pelo que os serviços funcionam provisoriamente na Entrada Sul, do Estádio Municipal Cidade de Barcelos.

Largo do Apoio
Terá sido o primeiro largo do “Burgo” e rememora hoje o urbanismo medieval da cidade de Barcelos. Neste local situam-se: no seu centro, um Chafariz de tradição renascentista (1621) atribuído a João Lopes; à sua volta, a Casa dos Carmonas, a Casa do Alferes Barcelense e a Casa do Santo Condestável D. Nuno Álvares Pereira.

Capela de São Francisco
Situa-se na Rua de São Francisco. A sua fachada apresenta um pórtico datado do século XIV.

Casa dos Lopes de Amorim (ACIB)
Situa-se na Rua de São Francisco n.º 10. É um edifício apalaçado do século XVIII.

Teatro Gil Vicente
Construção do final do século XIX, com uma fachada ao estilo neoclássico revivalista. 

É a mais antiga casa de espectáculos da cidade.

Casa Quinhentista (Casa Baú)
Situada no Largo Dr. Martins Lima. Uma das últimas residências tipo sobrado quinhentista de Barcelos.

Rua D. António Barroso (Rua Direita)
Uma das mais antigas ruas do centro histórico. Actualmente, é das mais animadas artérias comerciais da cidade. 

Localizando-se aí um vasto conjunto de edifícios de grande interesse arquitectónico, onde se destacam algumas construções como o edifício da Caixa Geral de Depósitos, do Arq. Ernesto Korrodi; o edifício com os n.º 121 a 129, do Arq. José Vilaça; a Casa de Mathias Gonçalves da Cruz com os n.º 79 a 83, revestida por azulejos policromos e um edifício revivalista com uma fachada ritmada por vários pisos alusivos às ordens gregas, entre outras.


Casa dos Machados da Maia (Biblioteca Municipal)

Localiza-se no Largo Dr. José Novais. É um edifício datado do século XVI. É um exemplar quinhentista, brasonado e ameiado, conhecido como a Casa dos Machados da Maia. Adquirido em 1990 pela Câmara Municipal, para, depois de restaurado e adaptado, aí funcionar a biblioteca

Muralha (troço)
Construção datada do século XV, parte da iniciativa do 8.º Conde de Barcelos, D. Afonso. 

Possuía três portas principais, das quais apenas resta a Torre da Porta Nova. São ainda hoje visíveis troços na frente ribeirinha do Cávado e na Rua Faria Barbosa.



Torre da Porta Nova
Fez parte da muralha do século XV. Desde o século XVII até 1932 funcionou como cadeia.

Templo do Bom Jesus da Cruz
A sua origem está relacionada com o aparecimento miraculoso de uma cruz de terra negra no chão barrento do Campo da Feira em Dezembro de 1504. 

O templo actual abriu ao culto em 1710. É um edifício de cúpula e planta centrada com o espaço interior disposto em cruz grega, da autoria do Arquitecto João Antunes. Este templo é anualmente o palco central da Tradicional Festa das Cruzes (3 de Maio).

Igreja de Nossa Senhora do Terço
Faz parte do antigo convento de freiras beneditinas, datado do início do século XVIII.
A igreja possui um deslumbrante espaço interior. A sua importância na arte barroca advém sobretudo dos seus painéis de azulejo azul e branco, datados de 1713, mostrando cenas da vida de S. Bento e emblemas moralizantes e da sua valiosa talha dourada.


Edifício da Misericórdia
Foi Convento dos Capuchos e passou para a Santa Casa em 1836. A igreja deve ter sido bastante rica, mas um incêndio em finais do terceiro quartel do século XIX destruiu-lhe muito do seu recheio barroco. Possui uma imagem de Santa Maria do século XVI.

Campo da Feira (Campo da República)
É nesta praça que à quinta-feira, se realiza a mais antiga (1412) e tradicional feira do país. É uma excelente montra do artesanato e produtos hortícolas locais.

Chafariz do Campo da Feira
Monumental chafariz do século XVII, obra de João Lopes.



Museu de Olaria
O Museu de Olaria ocupa o edifício da antiga “Casa dos Mendanhas Benevides Cyrne”, situado em pleno centro histórico de Barcelos, tendo sido adquirido pela Câmara Municipal em 1982. Foi criado em 1963 e abriu ao público em 1995. Credenciado, integra a Rede Portuguesa de Museus (Instituto dos Museus e da Conservação) desde o ano 2000.
O seu acervo, que conta actualmente com cerca de 8000 peças, é constituído essencialmente por colecções de cerâmica portuguesa fosca e vidrada (de Norte a Sul) e estrangeira (países como Angola, Argélia, Brasil, Timor, Chile, Espanha e Cabo Verde). Tem como missão a aquisição, a investigação e a divulgação desse importante património olárico, bem como, a sua preservação.

A Gestão de Colecções e o Serviço Educativo e de Animação são as valências mais relevantes do Museu. O Serviço de Gestão de Colecções assegura a correcta salvaguarda do acervo, sendo responsável pela gestão, inventariação e estudo das peças museológicas. Ao Serviço Educativo e de Animação compete a programação, organização e acompanhamento das diferentes actividades organizadas pelo museu, no sentido de trabalhar e interagir com os vários públicos, assim como, estreitar a sua ligação com a comunidade local.

Actualmente o edifício do Museu beneficia de obras de remodelação e valorização, pelo que os serviços funcionam, provisoriamente, na entrada sul do Estádio Municipal Cidade de Barcelos.

Lendas
Os mais de 800 anos de história de Barcelos tantas vezes moldada de diversos segredos e mitos, é hoje uma das suas maiores riquezas. Nesta terra abundam figuras emblemáticas e acontecimentos fantasiosos, onde se misturam, santos, heróis e vilões e se mantém vivo o nosso passado histórico, através de lendas e tradições como a do Galo, do valoroso Alcaides de Faria ou do misterioso Barbadão.

A Lenda do Galo
A curiosa lenda do galo está associada ao cruzeiro medieval que faz parte do espólio do Museu Arqueológico da cidade. Segundo esta lenda, os habitantes do burgo andavam alarmados com um crime e, mais ainda, com o facto de não se ter descoberto o criminoso que o cometera. 

Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram prendê-lo e, apesar dos seus juramentos de inocência, ninguém o acreditou. Ninguém acreditava que o galego se dirigisse a S. Tiago de Compostela, em cumprimento de uma promessa, sem que fosse fervoroso devoto do santo que, em Compostela, se venerava, nem de S. Paulo e de Nossa Senhora. Por isso, foi condenado à forca. Antes de ser enforcado, pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado que, nesse momento, se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa, exclamando: “É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem”. Risos e comentários não se fizeram esperar mas, pelo sim pelo não, ninguém tocou no galo. O que parecia impossível tornou-se, porém, realidade! Quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Já ninguém duvidava das afirmações de inocência do condenado. O juiz correu à forca e viu, com espanto, o pobre homem de corda ao pescoço. Todavia, o nó lasso impedia o estrangulamento. Imediatamente solto foi mandado em paz. Passados anos voltou a Barcelos e fez erguer o monumento em louvor a S. Tiago e à Virgem.


Outras Lendas
Lenda do Penedo do Ladrão
Cerca de uns 3 Km de Abade de Neiva , quando a estrada atinge o ponto mais elevado da Subida, entra numa garganta formada pelo monte de S. Mamede e pela Portela do Ladrão.
Desviando nesta garganta e subindo uns metros do monte, acharemos a célebre memória do penedo assim chamado. É um grande bloco de granito com uma espécie de reentrância no cimo, assemelhando-se a uma cama, e de onde o ladrão que o baptizou vigiava a presa.

Segundo a lenda:
“...... O malogrado gatuno da triste memória: sucumbiu ás mãos do sexo fraco. Uma mulher ia de cesto à cabeça levar o almoço ao homem, em trabalhos nas proximidades quando lhe saiu o ladrão. Ela que mal ganhara para o susto, ofereceu-lhe a única coisa que lhe ocorreu e parecia aceitável no momento - a cabaça do vinho. O ratuço não se mostrou de cerimónias e, aproveitando a oferta, começou por entornar regaladamente nas goelas sedentas o vinho da cabaça. A mulher, rápida que nem um Gamo, enterrou a faca do pão no pescoço do valente que por certo já teria enfrentado perigos maiores....”


Lenda acerca da Ponte
O povo na ingénua crendice atribuía à ponte sobre o Cávado virtudes obstétricas ou, mais claro, concessão de facilidade e segurança nos partos.

“......Era em seu entender, castigo, praga ou má olhadura, de pessoas malfazejas, o caso de certas mulheres não vingarem capazmente os frutos do seu ventre. Estes desde que as mães fossem vitimas de tais malefícios, durariam pouco, após o nascimento. Era certo que logo nos

Primeiros dias de lactação, iriam para os anjinhos. Verificado o caso de uma vez para outra, resolvia-se proceder a um baptismo especial. Em vésperas de novo parto, o homem e a mulher dirigiam-se à ponte, esperando aí até ao bater da meia-noite. Nessa hora azada, convidado o padrinho, o primeiro transeunte, procediam , servindo-se de um ramo de oliveira e de água comum, à espersão do ventre materno. Posteriormente acreditava-se que a criança viria a nascer robusta e saudável, atingindo infalivelmente a idade proveta se passasse os 80 anos, o que aliás acontecia sempre que fizesse boas digestões durante 30 mil dias. É só fazer os cálculos.....”

TURISMO

Turismo Religioso
Se a razão da sua vinda a Barcelos for a religiosidade, não faltam por cá bons motivos para a sua visita, seja a percorrer os ancestrais Caminhos de Santiago, a subir ao cimo dos seus montes sagrados ou simplesmente a absorver-se na visita dos seus históricos santuários!

Na Cidade
Igreja Matriz

A sua construção iniciou-se na segunda metade do século XIV, foi ordenada por D. Pedro, o 3.º Conde de Barcelos, cujas armas estão gravadas nas arquivoltas do portal principal. 

É um edifício com cariz de transição do românico para o gótico. Foi bastante transformada ao longo dos séculos XV a XVIII. No século XX, foi-lhe restituída a rosácea. No lado sul da sua fachada possui uma torre sineira que data do século XVIII.


Templo do Bom Jesus da Cruz
A sua origem está relacionada com o aparecimento miraculoso de uma cruz de terra negra no chão barrento do Campo da Feira em Dezembro de 1504. O templo actual abriu ao culto em 1710. É um edifício de cúpula e planta centrada com o espaço interior disposto em cruz grega, da autoria do Arquitecto João Antunes. Este templo é anualmente o palco central da Tradicional Festa das Cruzes (3 de Maio).


Igreja de Nossa Senhora do Terço
Faz parte do antigo convento de freiras beneditinas, datado do início do século XVIII. A igreja possui um deslumbrante espaço interior. A sua importância na arte barroca advém sobretudo dos seus painéis de azulejo azul e branco, datados de 1713, mostrando cenas da vida de S. Bento e emblemas moralizantes e da sua valiosa talha dourada.


Edifício da Misericórdia
Foi Convento dos Capuchos e passou para a Santa Casa em 1836. A igreja deve ter sido bastante rica, mas um incêndio em finais do terceiro quartel do século XIX destruiu-lhe muito do seu recheio barroco. Possui uma imagem de Santa Maria do século XVI.

Feira de Barcelos
Esta é uma das mais mediáticas feiras de Portugal. Realiza-se semanalmente, às quintas-feiras. Constitui uma tradição já antiga. 
 Rica em cor, triplicidade, produtos hortícolas, artesanato e diversidade de produtos regionais onde se pode sentir a alma e a cultura das gentes do Minho e de Barcelos em particular. Por tudo isto, que apenas é simplicidade e autenticidade, esta é uma das Feiras portuguesas mais conhecidas da Europa.
O aparecimento da feira de Barcelos data de 1412. Foi concedida por D. João em carta de 19 de Fevereiro do mesmo ano, a pedido do Conde de Barcelos D. Afonso, seu filho.
“... D. Afonso I concedeu ao concelho de Barcelos uma feira franqueada anual, de quinze dias, de 1 de Agosto até ao dia de Santa Maria de Agosto “por Noyte”, pois tivera informação que nesse tempo ela não prejudicaria as outras feiras, “que se fazem”, e concedeu também que essa feira gozasse todos os privilégios e franquias que tinha a de Trancoso.”

Além da feira de Barcelos ser das poucas franqueadas no Minho, era a única de realização anual. Assim, devido à sua duração e privilégios, talvez pudesse trabalhar com um certo tipo de mercadorias não existentes nas feiras circundantes.
De salientar o cuidado na concepção de feiras, em se verificar se a data não iria prejudicar outras próximas.
“Mas antes de marcar o dia exacto em que, ela se deveria fazer, ordenou el-rei a Domingues Anes Maria, seu contador, que se informasse junto de 2 ou 3 homens bons da vila em que dias havia feiras nos arredores “e fazede fazer esta em tal dia que nom faça prejuízo a ellas”.

Sofreu a feira de Barcelos, várias alterações ao longo dos tempos.
Começando por realizar-se nos primeiros quinze dias de Agosto, não obedeceu muito a tempo a este calendário, pois pouco depois, em 1427, passou a realizar-se em Outubro, oito dias depois da feira do Ladário (“Laadario”), feira esta anual e de duração mensal.

Não foi desta vez que a data se manteve, pois em 1455 realizava-se entre Maio e Junho, primeiros 10 dias antes e 4 depois da Festa de Corpo de Deus, e mais tarde 7 dias antes e 8 dias depois da referida festa.
Embora fosse feira franqueada, os seus privilégios foram continuamente actualizados com o aparecimento da feira de Tomar, 1420 e feira de Montemor-o-Velho, 1426.

GASTROMONIA
As iguarias típicas do Minho assumem em Barcelos características ainda mais regionais e tradicionais, marcadas pelos sabores intensos que são uma homenagem à arte de bem cozinhar. 

Com uma gastronomia de base tradicional e ancestral mas com recortes de modernidade, o concelho assume-se como a Sala de Jantar desta terra que é o Minho! Venha Sentar-se à Mesa com Barcelos porque para nós a gastronomia e os vinhos são acima de tudo parte da nossa identidade!

A gastronomia é uma das expressões culturais que mais diferencia uma região, pois encerra os “saberes”, os “costumes”, as “tradições” e os “segredos” que fazem parte do património intangível de uma comunidade. É neste espírito que os restaurantes de Barcelos têm para oferecer a todos os apreciadores da gastronomia regional e tradicional, um variadíssimo cardápio marcado por sabores fortes e apurados. Entre os mais tradicionais destacamos os rojões, o bacalhau, o frango, o pato e as papas de sarrabulho confeccionados das mais diversas formas, capazes de agradar os paladares mais exigentes.

O Galo Assado, um dos principais pratos tradicionais de Barcelos, assume um papel de relevo após a realização do Concurso “O Galo Assado” (terceiro fim-de-semana de Outubro) e do Fim-de-semana “O Galo na Gastronomia Barcelense”, enquadrado na Semana Gastronómica do Galo "Sabores com Tradição" (Março). Este com forte ligação à famosa Lenda do Galo de Barcelos e ao maior ícone identitário de Barcelos – o Galo, é confeccionado com os mais diversos ingredientes, pelo que o seu sabor difere de restaurante para restaurante, motivando assim os seus apreciadores a visitarem as inúmeras unidades de restauração do concelho.

Para além da excelente gastronomia, o concelho de Barcelos é também extremamente rico em doçaria tradicional, com características muito próprias e de elevada qualidade, destacando-se os famosos doces de romaria, as laranjinhas doces, as queijadinhas, os sonhos, entre muitos outros.

ARTESANATO
O concelho de Barcelos é um território com uma identidade cultural e etnológica muito forte decorrente da variedade de artes e ofícios, dos quais se destaca pela sua importância a olaria. Efectivamente o trabalho no barro ganhou tal relevância ao longo dos séculos que se tornou indissociável da história, passada e presente, desta região e das suas gentes.

E se, de entre todas as artes tradicionais, a olaria tem lugar de destaque pela sua inegável ligação à terra e ao homem, a olaria de Barcelos comprova e consolida essa importância, não só pela quantidade e qualidade de peças aí produzidas, mas também pela importância económica e social que esta actividade sempre teve ao longo dos tempos. Foi assim que se construiu uma tradição regional, alicerçada na terra e moldada pelo talento dos homens e mulheres que lhe dão forma. As Louças de Barcelos, como vulgarmente são conhecidas são um atributo de identidade que ao longo dos séculos difundiram e disseminaram o nome deste concelho e promoveram a empregabilidade e sustento de centenas de famílias que tinha nas artes do barro o seu sustento. Por esse país fora, nas feiras semanais, nas feiras de ano, nas romarias, etc., o nome de Barcelos era difundido por esta gente simples que calcorreava as praças das cidades a vender as louças, que transportavam a pé ou em carro de bois, conferindo-lhe uma notoriedade que se prolongou no tempo como uma marca de identidade de uma comunidade, de um território e de uma cidade, ao ponto de o nome Barcelos, não mais se poder dissociar deste contexto sócio-económico.

O Figurado, produção subsidiária da olaria, era a designação adoptada para as peças de estatuária de expressão popular, produzidas na região de tradição oleira do actual concelho de Barcelos, onde cabiam desde as pequenas peças modeladas integralmente à mão, até às peças produzidas em pequenos moldes ou com técnicas mistas usadas nesta produção. Pequenas peças que, inicialmente, ocupavam os espaços vazios dos fornos nas cozeduras das peças de olaria, e que podemos associar aos brinquedos de antanho, mas que serviam paralelamente como forma de aproveitar o resto de barro e as cozeduras das louças, para fazer mais umas peças para vender nas feiras e aumentar o rendimento familiar. O que agora cabimentamos como “arte” outrora era a forma do povo sobreviver, por isso, arte mais que acto criativo para os artesãos barcelenses e seus antepassados é um acto cultural que passou de geração em geração como Herança e identidade. E assim nasceu uma produção que, pretendendo ser brinquedo, se revelou símbolo identitário de uma região, fruto da capacidade única dos seus barristas de recriar o real, criando um imaginário. Tal é a importância que este bonecos ganham que em meados do século XX, esta produção ganha relevância com a obra de mestres barristas como Rosa Ramalho, Rosa Côta, Mistério, Maria Sineta, Ana Baraça e tantos outros que fizeram do Figurado de Barcelos uma das mais importantes produções da arte popular portuguesa enaltecendo o legado de artistas como Rosalina Pereira, Manuel Valada, Francisco Branco, João Côto e António Côto e tantos outros que fizeram da olaria e das artes do barro, a sua forma de sobreviver.

O Figurado, além de uma forma de expressar ao mundo o modo de pensar, sentir, viver e evoluir de uma comunidade evidencia, ainda, a forma como os artesãos de cada época representam o quotidiano do seu tempo. Foi a partir desta produção que se criou o mais conhecido símbolo de Portugal e do concelho de Barcelos – O galo, também ele embaixador do concelho e revelador de uma identidade histórica de um centro urbano desde tempo imemoriais ligado à peregrinação a Compostela.

O Figurado e a Olaria em virtude deste contexto etno-social específico são Produções Certificadas e Protegidas pelo sistema de certificação existente em Portugal.

Mas a riqueza do concelho não se fica pelas artes da olaria e figurado e alarga-se aos bordados de crivo da Carreira, aos bordados, à tecelagem, aos trabalhos em madeiras e aos trabalhos em ferro. Todas estas produções marcam a identidade de um concelho com um contexto sócio-económico muito ligado à arte popular, fruto de um saber enraizado na sociedade local e na relação desta com o meio. Quando falamos de Barcelos, naturalmente o tema artesanato surge lembrando um território de homens e mulheres simples que a partir das suas mãos e imaginação criaram peças de grande valor cultural que marcaram o quotidiano de cada tempo e que hoje são marcas de identidade deste concelho. Uma tradição que mais do que um acto de criação foi ao longo do tempo um acto de necessidade e de sobrevivência, pois as famílias que não possuíam terras tinham no trabalho manual e artesanal o seu sustento, fosse nas cerâmicas, nas madeiras, nos ferros, no bordado ou na tecelagem. Um trabalho duro, feito quase sempre sem meios, sem recursos, em condições precárias e em oficinas humildes, mas com a inspiração e mestria do saber fazer que de geração em geração fez desta terra uma terra de artesãos, e se é certo que a Olaria e a Cerâmica marcaram etnológica e socialmente a história de Barcelos, as outras produções foram e são também elas marcas de identidade deste vasto território.

O artesanato é por isso património material e imaterial ligado às produções artesanais de valor inestimável. É também uma forma de arte popular e, especialmente, um item de identidade dos territórios. Não pode por isso ser olhado apenas como uma reserva ou herança do passado, e menos ainda, como uma recordação desse mesmo passado, mas antes como um activo que faz parte do presente, e acima de tudo, como um vector de identidade que deve ser transportado para o futuro como bandeira de identidade e de diferenciação cultural no contexto cada vez mais globalizado em que vivemos.

O concelho de Barcelos é actualmente ao nível do Norte de Portugal um dos territórios com mais artesãos, distribuídos por diversas produções artesanais como a olaria, o figurado, a cerâmica tradicional, os bordados de crivo, os bordados e tecelagem, os trabalhos em madeira, os trabalhos em ferro e latoaria e ainda outras artes como o trabalho em couro e artesanato contemporâneo. Em termos brutos, são muitas dezenas de artesãos em exercício distribuídos pelas diversas produções artesanais concelhias, com preponderância natural para o olaria e figurado, que fazem do território afecto ao concelho um verdadeiro Museu Vivo da arte popular portuguesa e um factor de identidade de Barcelos e do nosso país no Mundo.

O artesanato como parte integrante da cultura barcelense é uma forma de expressão inspirada nos mais variados temas, necessidades e formas do quotidiano e espelho de um sentido criativo ímpar de uma comunidade artesanal muito forte que faz deste concelho – Capital do Artesanato.

Rota da Olaria
A Olaria em Barcelos é uma actividade artesanal bastante antiga e enraizada nesta área territorial, ganhando ao longo dos tempos uma importância tal, que algumas freguesias do concelho, nomeadamente Galegos Santa Maria, Galegos São Martinho, Areias S. Vicente, Oliveira, Lama, Ucha São Romão, Manhente e Pousa especializaram-se na produção olárica, na medida em que esta área era extremamente rica em argila, matéria-prima utilizada nesta produção.

Com os passar dos anos, o material que se produzia, essencialmente peças utilitárias, foi perdendo o seu lugar no mercado, devido ao surgimento de novos materiais e utensílios, pelo que foi necessário dar uma nova vida e utilidade a esta produção artesanal.

Actualmente, com o intuito de uma maior requalificação e valorização desta produção tradicional, procedeu-se à respectiva certificação, permitindo assim garantir a qualidade e autenticidade da olaria local, a qual é detentora de características próprias e diferenciadoras.

Rota do Figurado
O Figurado de Barcelos, produto artesanal certificado, constitui actualmente uma das maiores produções artesanais do concelho. Esta produção iniciou-se como uma actividade subsidiária da olaria, nos tempos livres e aproveitando pequenas porções de barro, faziam-se pequenas peças para as crianças brincarem, nomeadamente figuras de pessoas ou animais onde se colocavam na base das mesmas um apito ou instrumentos musicais (ocarinas, rouxinóis, cucos, gaitas, entre outros). Posteriormente, com a desvalorização da olaria no mercado, grande parte dos produtores deixaram de produzir peças de olaria para dedicarem-se em exclusivo à produção de figurado, onde se retratavam, essencialmente, cenas e figuras do mundo rural e do imaginário religioso e fantástico.

O figurado de Barcelos distingue-se de qualquer outra produção de figurado, assumindo características únicas, quer nas formas quer nas cores utilizadas, fruto do meio em que o artesão se insere. Esta é portanto uma produção de excelência, sendo as peças mais comuns entre os vários artesãos, as de cariz religioso (santos, presépios, diabos, Cristos, etc.) e as referentes ao quotidiano (profissões, animais, pessoas, festividades, etc.), não esquecendo o famoso Galo de Barcelos que é o nosso maior ícone identitário.

Rota da cestaria e do vime
A rota da cestaria localiza-se, basicamente, nas freguesias próximas do concelho de Vila Nova de Famalicão, nomeadamente Rio Covo Santa Eugénia, Midões, Silveiros, Sequeade e Viatodos. As madeiras mais utilizadas neste tipo de arte são as mimosas, as austrálias e as canas de bambu.

As peças mais confeccionadas são os cestos de vários tamanhos e feitios, com utilizações várias, nomeadamente para utilizar nas vindimas, para uso doméstico e decorativo, e também muito requisitados na época natalícia para a realização de cabazes. Para além de cestos, são produzidos outros tipos de peças, como por exemplo os abanadores.

Rota dos Bordados e Tecelagem
A arte de bordar e tecer é uma tradição, igualmente, enraizada no concelho de Barcelos, em particular na freguesia de Carreira, sendo o conhecido Bordado de Crivo de S. Miguel da Carreira uma tradição centenária, com características muito próprias. 

Para além do bordado de crivo, as artesãs do concelho produzem também outro tipo de artigos de elevada qualidade, ao gosto e feitio de cada um, nomeadamente lenços de namorados, tapetes e almofadas de penas, tapetes metidos, puxados, toalhas, entre muitos outros.
A rota dos bordados situa-se na zona de Carreira, Cambeses e Airó, enquanto que a rota da tecelagem localiza-se basicamente na freguesia de Gilmonde.

Rota do ferro e derivados
Em Barcelos produz-se também inúmeras peças em ferro, cobre, estanho, latão e outros materiais derivados. Este tipo de artesanato é muito apreciado pelo seu trabalho pormenorizado e variedade de peças. 

À excepção do mobiliário em ferro (camas, candeeiros, etc.), a maioria das peças produzidas são para efeito decorativo, como por exemplo, os candelabros, os regadores, as candeias, etc. Uma das peças mais apreciadas pelos turistas/visitantes são os famosos Galos de Barcelos em ferro, na medida em que não existe o risco de se partirem como os Galos em cerâmica. Também esta arte se encontra espalhada um pouco por todo concelho.

Rota Madeira
A madeira é uma matéria-prima muito utilizada na produção de peças decorativas e utilitárias, pelo que também em Barcelos existe uma série de artesãos que trabalham esta matéria-prima de forma minuciosa e artística.
A rota da madeira não se concentra em nenhuma área territorial específica do concelho, os artesãos estão dispersos por todo o concelho, garantindo assim uma dispersão da riqueza patrimonial cultural e artística por toda a região.

As peças mais comuns são as miniaturas em madeira, as quais representam maioritariamente cenas da vida rural (espigueiros, ancinhos, teares, rocas, fusos, etc.) e brinquedos (carros, piões, etc.). Em termos de peças de maior dimensão, produzem essencialmente móveis rústicos e peças de carácter religioso (crucifixos, oratórios, etc.). Aqui poderá, ainda, encontrar a produção de gamelas e esculturas de santos em tamanho real.

NATUREZA 

RIO NEIVA

O rio Neiva e a área envolvente são espaços âncora para o desenvolvimento turístico do concelho em termos de turismo ambiental. Esta é uma área de relevante interesse turístico não só pelas características do curso de água, mas também pela identidade paisagística e patrimonial desta região onde se localizam recursos primários de valor inquestionável. 

 É uma das áreas do Minho onde o conceito de endoturismo é perfeitamente aplicável, devido essencialmente às características faunísticas da região; ao património paisagístico associado; ao património religioso; à qualidade da água do rio; às potencialidades para a prática balnear; ao património molinológico; ao património monumental e às tradições etnográficas relevantes. Todo o curso deste Rio tem potencialidades naturais para a prática de animação ambiental; pesca; pedestrianismo; circuitos temáticos e turismo no espaço rural. Nas levadas e pequenos açudes existem trutas, barbos, bogas, enguias, escalos (e, embora raramente, lontras e patos) que permitem uma panóplia de actividades de fruição e interpretação ambiental e turística. 

RIO CÁVADO

O Rio Cávado é, indubitavelmente, o recurso turístico com mais potencial acumulado no concelho de Barcelos o qual tem inúmeras potencialidades ao nível do lazer para as populações locais e visitantes. 

 O Rio Cávado divide o concelho de Barcelos sensivelmente a meio, no seu caminho para o Atlântico. Neste percurso banha as freguesias de Ucha S. Romão, Pousa, Areias S. Vicente, Areias de Vilar, Manhente, Rio Covo St.ª Eugénia, Tamel S. Veríssimo, Barcelos, Barcelinhos, Vila Frescaínha S. Pedro, Gilmonde, Mariz, Perelhal e Fornelos criando ao longo destes espaços de grande potencial turístico, como praias fluviais, paisagens, zona de lazer, percursos naturais, entre outros espaços de grande valor típicos das zonas ribeirinhas. As margens do rio são particularmente ricas ao nível do património aquífero e etnográfico decorrente da relação que o homem teve com o rio ao longo dos tempos. O rio proporciona ainda cenários para a prática de desportos náuticos entre os quais se destaca a canoagem, nomeadamente no troço Areias de Vilar a Barcelos.


IN "SITE DO MINICÍPIO"

.

Sem comentários:

Enviar um comentário