Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
31/10/2011
HOJE NO
"A BOLA"
TRIATLO EUROPEU
«É uma sensação brutal» - João Silva
João Silva recebido ontem pelos pais e amigos em ambiente de festa. Inicia período de férias motivadíssimo para a próxima época.
DE sorriso bem rasgado, feliz e com o sentimento de dever cumprido. Foi assim que João Silva aterrou, ontem, em Lisboa, trazendo consigo a terceira medalha de ouro da carreira, em campeonatos da Europa de sub-23, conquistada em Eilat, Israel.
«Foi fantástico e é uma sensação brutal entrar assim de férias, com a sensação de dever cumprido», atirou o triatleta leonino assim que saiu pela porta das chegadas do Aeroporto da Portela, onde era esperado por pais e amigos, que, com cartazes, bandeiras e muitos abraços, não quiseram deixar de parabenizar o novo campeão da Europa.
Tal como Mário Patrício, vice-presidente para as modalidades do Sporting, que fez questão de oferecer uma camisola do clube, na qual está inscrito o feito conquistado por João Silva.
* Três medalhas de ouro o jovem é abusador. Desejamos que quando chegar a senior mantenha a atitude ganhadora.
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ALMORRÓIDA CORPORATIVA
(clique na imagem para ler bem)
Elucidativa a frase "Governação Corporativa em Moçambique"
IN "MEDIAFAX"
31/10/11
MOÇAMBIQUE
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHA"
Lourenço Piça
está dado como morto desde 2010
"Alguém recebeu o subsídio de funeral da minha morte"
Lourenço Piça está vivo e quer trabalhar, mas não pode porque em Julho foi informado que está morto desde 21 de Julho de 2010, data em que foi registada a sua certidão de óbito. Há quatro meses que Lourenço está desesperado a tentar recuperar a sua identidade e perceber quem morreu na vez dele.
O Ministério da Justiça explicou ao CM que Lourenço Piça poderá recuperar a sua documentação, mas não afasta a possibilidade de existirem indícios de crime de usurpação de identidade.
"Eu perdi os meus documentos no final de 2007, mas só passado um ano é que participei o desaparecimento. Nessa altura estava numa fase má e não dava atenção a essas coisas", explicou ao CM Lourenço Piça, acompanhado da sua cédula militar para comprovar ser o verdadeiro Lourenço Piça, nascido há 43 anos, no distrito de Évora.
Após resolver os problemas que lhe estavam a afectar a vida, Lourenço procurou dar um rumo diferente e voltar ao mercado de trabalho. Com uma proposta de emprego na mão, que não podia aceitar por falta de documentos identificativos, foi tratar do Cartão de Cidadão.
"Para trabalhar e pagar os meus impostos preciso de documentos. Fui mais a minha ex-mulher e um amigo, como testemunhas, tratar do cartão. Ficámos em choque quando me disseram que estava morto desde 21 de Julho de 2010", recordou, acrescentando: "Felizmente tinha comigo a documento da participação à polícia em 2008".
Por iniciativa própria, face à ausência de respostas por parte das autoridades, Lourenço Piça iniciou uma pequena investigação e deparou-se com factos que qualifica de "curiosos".
"Alguém, que não sei quem é, morreu no Seixal, mas foi cremado e sepultado em Viseu. A pessoa que declarou a minha morte, tanto quanto sei, também já terá morrido. Mas há mais: outra pessoa, que não conheço, recebeu cerca 2500 euros de subsídio de funeral relativo à minha morte", revela, estranhando "que a ex-mulher e a filha menor não tenham sido notificadas e, elas sim, recebido o dinheiro".
Contactado pelo CM, o Ministério da Justiça, que tutela o Instituto dos Registos e do Notariado, explicou que Lourenço Piça deve requerer "o cancelamento do registo de óbito, alegando haver falsidade quanto à identidade". No entanto, reforça, "havendo dúvidas quanto à identidade, a questão será resolvida em sede judicial".
O Instituto dos Registos e do Notariado, acrescenta o MJ, poderá encetar "as diligências oficiosas que entender face à existência de indícios de crime de usurpação de identidade".
* - Oh sr. Piça, com esse nome deve ser uma virgem fanática a autora do crime...desejamos uma feliz ressureição.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Governo incentiva jovens
desempregados a emigrar
desempregados a emigrar
O jovem desempregado em vez de ficar na "zona de conforto" deve emigrar, disse o secretário de Estado da Juventude e do Desporto.
"Se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras", disse o governante, que falava para uma plateia de representantes da comunidade portuguesa em São Paulo e jovens luso-brasileiros.
Segundo o mesmo responsável, o país não pode olhar a emigração apenas com a visão negativista da "fuga de cérebros".
Para Miguel Mestre, se o jovem optar por permanecer no país que escolheu para emigrar, poderá "dignificar o nome de Portugal e levar know how daquilo que Portugal sabe fazer bem".
Caso a opção seja por, no futuro, voltar a Portugal, esse emigrante "regressará depois de conhecer as boas práticas" do outro país e poderá "replicar o que viu" no sentido de "dinamizar, inovar e empreender".
Com o intuito de capacitar o jovem português e aumentar os laços com outros países, o responsável diz que o governo português pretende incentivar também os intercâmbios estudantis e os estágios no estrangeiro.
A presença do jovem no estrangeiro será um dos temas abordados do Livro Branco da Juventude, que deverá ser lançado a 02 de Novembro, disse.
Miguel Mestre falou à Agência Lusa no seminário "Luso-brasilidade: Reflexões e Actualidade", iniciativa piloto para aproximar o governo das comunidades portuguesas em outros países.
Presentes no seminário estiveram também o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, o secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, e o secretário de Estado Adjunto dos Assuntos Parlamentares, Feliciano Barreiras Duarte.
* O sr Miguel Mestrte é um verdadeiro "mestre" da asneira.
- Que importa a fuga de cérebros se os mesmos vão dignificar Portugal lá fora, pois pelos vistos, cá dentro não fazem falta.
- Emigrar é bué já que o governo é incapaz de proporcionar dignidade no trabalho ao cidadão jovem.
- Levem o Know-how nacional para o estrangeiro já que o governo portuguès é incompetente para o aproveitar.
Desconhecerá sr. Mestre, com a sua prosápia, que as emigrações em massa são resultado da miséria existente em qualquer país e que o importante é liquidar a dita?
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MARIA d'OLIVEIRA MARTINS
Os deputados, ao aceitarem reduzir as suas funções na discussão orçamental a uma mera votação, prescindem dos poderes que os eleitores lhes concederam
Num tempo em que assistimos a uma secundarização do parlamento no que toca à definição dos grandes objectivos a perseguir em matéria de finanças públicas, não deveríamos contentar-nos com as opções que parecem desenhar-se no sentido da aprovação/abstenção/rejeição do Orçamento por parte dos deputados. Sem mais, estas opções representam, neste momento, o reconhecimento da incapacidade parlamentar de decidir quanto aos meios para atingir os objectivos de sustentabilidade financeira com que estamos comprometidos internacionalmente. Significaria uma abdicação do poder legislativo-financeiro de que o parlamento dispõe em favor do governo.
A proposta do OE do governo não é apresentada para que no parlamento os deputados se limitem a manifestar a sua concordância ou discordância. Nos termos da Constituição, o Orçamento está pensado como o resultado do trabalho conjugado de dois órgãos: o governo, com iniciativa exclusiva de apresentação da sua proposta, e o parlamento, com aquilo a que se chama o direito de emenda. Este direito de emenda corresponde ao poder de propor e introduzir alterações ao texto apresentado pelo executivo. Este direito confere, portanto, à Assembleia da República a co-autoria do OE por ela aprovado.
Encontramo-nos num processo orçamental que se distingue dos anteriores a que estávamos habituados. O conhecimento da proposta do OE 2012 deu lugar, como há já muitos anos não sucedia, a uma discussão, com propostas concretas, de outras soluções possíveis visando os mesmos fins apontados pelo governo. Na sociedade civil lavra agora um aceso debate sobre aquilo que deve ser um Estado financeiramente sustentável. A não apresentação na AR de projectos orçamentais que sugiram vias alternativas à solução encontrada pelo governo deixaria desamparado e sem representação política o debate que já se faz nas ruas. Isso seria decepcionante.
Assim, nas circunstâncias particulares em que vivemos, o direito de emenda deve ser encarado pelos deputados como um dever. Depois de tantas propostas já apresentadas a debate na comunicação social, mal ficaria aos deputados não acolherem estas ou outras ideias semelhantes e não questionarem o governo sobre elas.
Este é o tempo de discutir as opções feitas pelo governo e explorar as suas consequências sociais. O equilíbrio de receitas e despesas encontrado não deve ser tomado como definitivo, pois ainda pode ser alterado. O governo já deu, aliás, sinais de que está disposto a rever algumas opções. É preciso pois que os deputados cumpram o seu dever.
Docente da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa
IN "i"
27/10/11
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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Pensões mais baixas vão subir 3,1%
O ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, afirmou que as pensões mínimas terão um aumento de 3,1 por cento em 2012, em linha com a inflação. 'As pensões mínimas de 189 euros, de 227 euros e de 246 euros terão um aumento de 3,1 por cento, em linha com a inflação', frisou na Comissão do Orçamento e Finanças, no Parlamento.
* Menos de 7 euros/mês, um aumento considerável...
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Organização Internacional do Trabalho
Vão faltar 40 milhões de empregos nos próximos 2 anos
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimou hoje que faltarão 40 milhões e empregos no mundo dentro de dois anos, pedindo aos países do G20 maior coordenação de políticas económicas para enfrentar a crise.
"Estimamos que, nos próximos dois anos, as necessidades de emprego da economia mundial chegarão a 80 milhões (...) para atingir a mesma taxa de emprego que existia antes da crise", em 2007, declarou o director do Instituto Internacional de Estudos Sociais da OIT, Raymond Torres, numa conferência de imprensa.
Mas "se as tendências se confirmarem", acrescentou, "a economia mundial vai criar apenas 40 milhões de empregos", que equivalem a metade dos necessários.
Segundo a OIT, o desemprego mundial atingiu o valor mais alto de sempre, passando a barreira dos 200 milhões de desempregados em finais de 2010.
Os especialistas da OIT ainda não dispõem dos números definitivos para 2011, mas um relatório publicado três dias antes do encontro das 20 maiores economias do mundo, em Cannes, revela que, num total de 118 países, 45 apresentam riscos de agravamento da agitação social.
É o caso, sobretudo, das economias avançadas da União Europeia, mundo árabe e, em menor grau, a Ásia.
Face aos riscos sociais, a OIT apelou ao G20 que integre o emprego nas políticas económicas e considerou que um dos motivos do atual abrandamento económico é o "isolamento" dos países.
* No dia mundial da poupança anunciam 40 MILHÕES de poupantes, obrigatóriamente!!!
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HOJE NO
"RECORD"
Ginástica Acrobática:
Portugal conquista ouro no Europeu
Gonçalo e Sofia brilham no Europeu
O par português Gonçalo Roque/Sofia Rolão conquistou hoje a medalha de ouro na prova de combinado/"All round" do 25.º Campeonato da Europa de Ginástica Acrobática, em Varna, Bulgária, depois do bronze de sábado no exercício de equilíbrio.
Segundo a federação portuguesa da modalidade, a dupla nacional, treinada por Ana Cardoso e Vanda Videira, somou 82,826 pontos, derrotando um par russo e outro ucraniano, que ocuparam os restantes lugares do pódio.
Ainda em combinado/"all round", mas em juniores, o par misto João Costa/Mariana Amorim ficou em quarto, enquanto o grupo feminino Ana Pereira/Rita Pinto/Daniela Leal e o par feminino Marta Carvalho/Leonor Oliveira terminaram em quinto.
* São estes e outros atletas que nos fazem gostar de Portugal
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
As multas se não pedir factura
Pedir e passar facturas são obrigações que já existem na lei, mas as coimas para quem não o faça vão sofrer um considerável aumento em 2012.
Segundo a proposta orçamental que a Assembleia da República começa a debater dia 10 de Novembro, a coima actual para quem recuse passar um recibo ou factura pode ir de 100 a 2500 euros, mas em 2012 passa para um valor entre 150 e 3750 euros.
A obrigação de contribuir para o alargamento da base tributária e evitar a evasão fiscal está também do lado de quem compra (principalmente empresas, mas também particulares), pelo que a não exigência da emissão de factura vai passar a ser punida com uma multa entre 75 a 2 mil euros. Os valores ainda em vigor são de 50 a 1250 euros.
Estas obrigações e consequentes coimas aplicáveis constam do Regime Geral das Infracções Tributárias (RGIT) e a subida prevista para 2012 enquadra-se na decisão do Governo em aumentar em 50% o valor das coimas em vigor.
Segundo o RGIT há violação do dever quando alguém recusa passar recibo ou factura ou emiti-lo fora dos prazos legais, nos casos em que a lei o exija.
Do lado de quem compra, verifica-se igualmente violação de dever quando não se exige a emissão de factura e não se conserva o documento.
Este dever abrange todos os sujeitos passivos com contabilidade organizada mas também os particulares, ainda que neste último caso se trate de uma obrigação genérica - tem de pedir-se mas não se é obrigado a guardá-la, nem se pode ser punido por a deitar imediatamente fora.
* Com a aplicação rigorosa desta lei o desemprego poderá diminuir drásticamente. Sugerimos que atrás de cada cidadão haja permanentemente um fiscal para incrementar o pedido obrigatório de factura. Para isso sugerimos o recrutamento nos centros de emprego desses "fiscais da factura"!!!
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Portugal é o quarto país com mais horas de trabalho na União Europeia
Quatro países têm mais feriados que Portugal - o Chipre e a Eslováquia, ambos com quinze, e Malta e Espanha, os dois com 14. Ainda assim, Portugal, com 13 feriados, está acima da média europeia de 11,69 feriados por ano. Já por horas de trabalho, a média da União Europeia (1.669,241) é claramente inferior à portuguesa (1.958,2).
* A questão dos feriados não passa de "fumaça", já relativamente às "pontes" pensamos que têm de acabar.
Quanto àquela meia-hora a mais de trabalho por dia é desnecessária, inventam-se coisas destas para mostrar serviço. É um costume português.
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2 - ECONÓMICOS
Mesmo em crise e grave duvidamos que houvesse muitos portugueses a adoptarem carros destes em óbvios modelos recentes.
O "show off" instalou-se com o "cavaquismo", desde os jeeps "pipi" que nunca pisaram uma estrada de terra, até à troca de cars dee dois em dois anos tudo é possível neste país de gastadores eméritos.
ONTEM NO
"DESTAK"
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Parque Biológico de Gaia
recebe Prémio Quercus 2011
recebe Prémio Quercus 2011
O Prémio Quercus 2011 é entregue na segunda-feira
ao Parque Biológico de Gaia, a "melhor empresa
de gestão ambiental do país" e um projeto que demonstra como é possível conjugar desenvolvimento económico com políticas ambientais.
ao Parque Biológico de Gaia, a "melhor empresa
de gestão ambiental do país" e um projeto que demonstra como é possível conjugar desenvolvimento económico com políticas ambientais.
"Ao fim de uma década (de mandato) colocar uma cidade que era a capital do desordenamento a receber um prémio Quercus é para nós muito honroso", afirmou hoje à Lusa o presidente da Câmara Municipal de Gaia.
Luís Filipe Menezes lembrou como a empresa municipal tinha o objetivo de conseguir que a cidade disponibilizasse sete metros quadrados de zonas verdes por habitante, tendo começado com apenas dois no início dos seus mandatos frente à autarquia em 1998.
"Com este projeto construímos novos parques - como o das Corgas, de Sandim, da Lavandeira - e até a primeira reserva natural em meio urbano (Cabedelo). Estamos ainda a trabalhar para a criação do parque junto à ponte Maria I e aguardamos verbas para levar o parque biológico, em Avintes, até aos seus limites", recordou o autarca para quem o Parque Biológico de Gaia "é hoje o centro nevrálgico deste projeto".
O Parque Biológico tornou-se também numa imagem de marca do concelho que já "exporta 'know-how'" para todo o país, transmitindo como hoje em dia "é possível conjugar desenvolvimento económico e crescimento com políticas ambientais e desenvolvimento sustentável", salientou.
Quando muito se fala em extinção de empresas municipais, Luís Filipe Menezes garantiu que a Parque Biológico "tem condições de sustentabilidade e dá lucro", estando incluída na também EM Águas de Gaia.
"O Parque Biológco é a empresa de gestão ambiental do melhor que há no país", rematou Menezes.
O Prémio Quercus foi instituído com o objetivo de distinguir entidades, empresas ou cidadãos que se evidenciem na defesa do ambiente e na promoção do desenvolvimento sustentável.
Além do Parque Biológico de Gaia será também distinguido o professor Viriato Soromenho Marques com o galardão.
* Uma notável recuperação na cidade nos últimos dez anos, está mais convidativa, mais limpa e mais verde.
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HOJE NO
"i"
Casas para arrendar
não chegam para tanta procura
não chegam para tanta procura
Para António Machad, as casas para arrendar são insuficientes, de baixa qualidade e do valor dos salários
Devido à dificuldade no acesso ao crédito à habitação e à instabilidade do actual mercado laboral, verifica-se um crescimento galopante na procura de casas para arrendar, que não é acompanhado pela oferta.
De acordo com um estudo da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), é necessário que se coloquem já entre 60 a 70 mil imóveis no mercado, para que exista um equilíbrio entre a oferta e a procura. A realidade está muito longe destes números. O arrendamento em Portugal representa apenas 12% do mercado, contra 40% da média europeia, visto que os proprietários portugueses temem o incumprimento dos inquilinos, porque a lei do arrendamento não funciona. “Há muita gente que não paga as rendas deliberadamente até que seja despejada, situação que pode demorar até dois anos, voltando depois a arrendar outro imóvel, fazendo desta prática a sua solução de habitação”, afirma o presidente da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), Luís Menezes Leitão. Neste caso, a Associação de Inquilinos Lisbonenses (AIL) concorda que sejam criados tribunais arbitrais que resolvam o problema dos despejos de forma célere – no máximo em três meses. “Mas se ficar provado que as rendas não são pagas porque as famílias não têm capacidade para lhes fazer face, o governo tem de arranjar mecanismos para as ajudar”, esclarece o presidente da AIL, Romão Lavadinho.
Outra das razões que leva à baixa oferta de casas para arrendar, prende-se com a tributação excessiva que recai sobre os rendimentos obtidos, acrescenta a vogal da APEMIP, Alexandra Marques.
A falta de confiança por parte dos proprietários faz com que exijam prestações altas. Grande parte das pessoas que arrendam casa no mercado baixo e médio, vê-se obrigada a aceitar rendas superiores às suas possibilidades. “Os preços médios correspondem aos valores dos salários, não sendo por isso de estranhar que 72% dos jovens portugueses dos 18 aos 34 anos ainda vivam na casa dos pais”, lembra António Machado da direcção da AIL. Segundo dados do site Casa Sapo, só em Lisboa as rendas médias vão desde os 538 euros, na freguesia de S.Miguel, a 1655 euros, na de S. Sebastião da Pedreira. No Porto, descem ligeiramente. A média mais baixa é de 421 euros, na freguesia de Santo Ildefonso, e a mais alta de 1481 euros, em Massarelos.
Esta situação é complicada de ultrapassar, porque, apesar de ser compensatório comprar casa, já que o valor médio das rendas se situa 100% acima do valor médio da prestação inerente aos contratos de crédito à habitação, os bancos não estão a emprestar e quando o fazem, financiam apenas cerca de 80% do valor do imóvel e ainda exigem garantias. “Esta é uma realidade que evidencia o desequilíbrio do mercado, pois a situação deveria ser tendencialmente inversa”, conclui Alexandra Marques.
* Resumindo: Casas de baixa qualidade para alugar, com rendas muito superiores a uma prestação mensal de compra, mas os bancos para além de reduzirem o acesso ao crédito só financiam até 80%.
Quem é que se lixa, quem é, quem é????
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7 - Onde as crianças dormem
James Mollison viajou ao redor do mundo e decidiu criar uma série de fotografias mostrando quartos infantis, que foi, depois, compilada em um livro, intitulado Onde as crianças dormem. Cada par de fotografias é acompanhada por uma legenda estendida que conta a história da criança. As diferenças entre cada espaço do sono são impressionantes, revelando e confirmando, sob mais um aspecto, como somos desiguais.
Mollison nasceu no Quênia em 1973 e cresceu na Inglaterra. Depois de estudar arte e design na Universidade de Oxford Brookes, e cinema e fotografia em Newport School of Art and Design, ele se mudou para a Itália para trabalhar no laboratório criativo da fábrica da Benetton.
O projeto tornou-se uma referência de pensamento crítico sobre a pobreza e a riqueza, sobre a relação das crianças com as suas posses -ou a falta delas. O fotógrafo espera que seu trabalho ajude outras crianças a pensar sobre a desigualdade no mundo, para que, talvez, no futuro eles pensem como agir para diminuir esta diferença.
O projeto tornou-se uma referência de pensamento crítico sobre a pobreza e a riqueza, sobre a relação das crianças com as suas posses -ou a falta delas. O fotógrafo espera que seu trabalho ajude outras crianças a pensar sobre a desigualdade no mundo, para que, talvez, no futuro eles pensem como agir para diminuir esta diferença.
A casa para este garoto e sua família é um colchão em um campo nos arredores de Roma, Itália. A família veio da Roménia de ônibus, depois de pedir dinheiro para pagar as passagens. Quando chegaram em Roma, acamparam em terras particulares, mas foram expulsos pela polícia. Eles não têm documentos de identidade, de forma que não conseguem um trabalho legal. Os pais do garoto limpam pára-brisas de carros nos semáforos. Ninguém de sua família foi um dia para a escola.
HOJE NO
"PÚBLICO"
Os suspensórios pretos de Sérgio M.
já têm um interessado
já têm um interessado
O portal de doação de bens edição online dou.pt é lançado hoje para promover a reutilização e combater o desperdício. Tudo começou com "um computador que pifou"
Sérgio M. deu uns suspensórios de cor preta. "Estado: Usado mas funcional. Razão: Gosto de dar. Opções de entrega: Em mão, combinamos num café aqui perto." Este foi um dos primeiros bens colocados no portal de doações edição online dou.pt que encontrou um interessado. O mesmo aconteceu com o livro As Aventuras de Sherlock Holmes e um adaptador USB com porta para telefone. A plataforma online de troca de bens é lançada oficialmente hoje, Dia Mundial da Poupança, passando a estar disponível a todos os utilizadores interessados.
Em Loures há quem queira dar umas sabrinas cinzentas novas número 40; em Cascais, um carrinho de bebé; em Alpiarça, uns óculos de sol. Mas também já lá estão DVD, um portátil que só funciona ligado à corrente e um "casaco creme, muito quentinho, praticamente novo". Como opções de entrega, os doadores podem sugerir, além do encontro num café perto da casa de quem doa, a entrega "por correio, despesas de portes à cobrança no destino", ou "venha buscar a minha casa". Da lista de bens estão excluídos animais e géneros alimentares.
A ideia do portal é simples: quantos tarecos tem em casa que já não usa mas que lhe continuam a encher a casa? Quantos deles podem ser necessários a outras pessoas? Pedro Saraiva, o mentor deste projecto social, lembra que tudo começou um dia, em 2009, do lado de quem precisava: neste caso, "a placa gráfica do computador do meu pai pifou". Depois de muito procurar, encontrou um amigo de um amigo que lha deu porque tinha lá por casa "um computador avariado numa gaveta", mas a peça de que ele precisava estava boa. E a ideia nasceu: e se criasse uma plataforma online para unir quem já não quer uma coisa a quem precisa dela?
O conceito entusiasmou um primo, Filipe Saraiva, que é produtor de audiovisuais e agora acompanha a parte de software do site, e a ideia foi colhendo entusiastas. "Ao fim de um ano éramos 20", relembra Pedro, de 34 anos, consultor de desenvolvimento de negócios radicado em Espanha.
Um eBay das doações
"Muito do que nós guardamos em casa sem utilidade para nós, depois não sabemos a quem dar." Tomemos o caso de Pedro, que sempre foi dado a ir experimentando desportos que depois abandonava. Resultado? Acumulou por casa restos destas suas experiências e é no portal que ajudou a criar que lhes vai dar utilidade. Está a pensar na sua raquete de ténis, mas também na de squash, e vai dar os seus livros, "todos os que já li". Chama-lhe "um eBay das doações".
Este site que não é uma empresa - não é um negócio - demorou vários anos a criar e seguiu-se à análise de 300 sistemas que faziam coisas parecidas. "Não inventámos a roda, limitámo-nos a melhorá-la." O projecto teve o apoio da Fundação Gulbenkian e do Instituto de Empreendedorismo Social, entre outras organizações. Pedro tem agora no edição online dou.pt , ao lado de mais três dezenas de voluntários que doam pelo menos três horas por semana ao projecto, um exigente hobby.
Antes de arrancar, nos inquéritos que foram fazendo, perceberam que as categorias com mais bens disponíveis para doação são os livros, roupa (sobretudo para crianças), brinquedos e pequenos electrodomésticos. O portal "está pensado para levar 30 segundos a pôr um bem online" e, para aqueles que não encontrarem dono, o site fornecerá o local adequado para onde deverão ser enviados para reciclagem.
"O edição online dou.pt quer mudar a sociedade do consumo excessivo. Os nossos avós partilhavam mais do que nós, viviam numa sociedade mais simpática. O objectivo é começar a partilhar."
Os números do portal
30 segundos é o tempo aproximado que cada utilizador levará a colocar um bem no portal edição online dou.pt .
22 milhões de euros é a estimativa de poupança a três anos pela não- aquisição de bens potenciada pelo aparecimento do portal.500 mil utilizadores deverão estar inscritos no portal ao fim dos primeiros três anos de funcionamento.
700 mil toneladas de produtos que vão para o lixo todos os anos e que podem ser reutilizados (15% do lixo urbano).
* UMA IDEIA BRILHANTEMENTE SOLIDÁRIA!
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