20/02/2011

- UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

O farmacêutico entra na sua farmácia e nota um homem petrificado, com os olhos esbugalhados, mão na boca, encostado em uma das paredes.
Ele pergunta para o auxiliar:
- O que está acontecendo? Quem é aquele sujeito ali encostado na parede?
- Ah! É um cliente. Ele queria comprar remédio para a tosse. Como está caro e ele tem pouco dinheiro, vendi-lhe um laxante.
- Ficou maluco! Desde quando laxante é bom para a tosse?!
- É excelente. Veja o medo que ele tem de tossir!

AFINAL MANDAR "PRO C..." É APENAS VIRILIDADE VERBAL


Afinal mandar "prò c..." é apenas virilidade verbal

por CARLOS RODRIGUES LIMA 18 Novembro 2010

Ministério Público quis levar a julgamento 
cabo da GNR 
que usou expressão junto de superior, 
mas Relação de Lisboa ilibou-o.

Quando um cabo da GNR, irritado com o facto de não ter conseguido uma troca na escala de serviço, se dirige ao seu superior, dizendo "não dá pra trocar, então prò c...", está a cometer um crime de insubordinação ou apenas a desabafar? Este debate percorreu o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa e o Tribunal de Instrução Criminal, chegando, a 28 de Outubro deste ano, ao Tribunal da Relação de Lisboa, que encerrou o caso: o cabo não deve ser julgado, porque a expressão utilizada é um "um sinal de mera virilidade verbal".

Foi no dia 4 de Agosto de 2009 que, no gabinete do sargento da GNR que liderava um subdestacamento, o cabo solicitou uma troca de serviço com outro militar. Perante a recusa do seu superior hierárquico, tal como vem descrito no acórdão do Tribunal da Relação, o militar disse: "Não dá para trocar, então pró c..." E de seguida: "Se participar de mim, depois logo falamos como homens."

A situação em causa evoluiu para uma acusação pelo crime de insubordinação. Segundo uma procuradora do DIAP, "a palavra 'c...', proferida pelo arguido, na presença do seu superior hierárquico, de forma alguma, poderia constituir um mero desabafo, antes, indignado, pelo facto de o seu superior não permitir a troca de serviço, visou o arguido atingi-lo na sua honra e consideração".

"Então existe outro significado para a palavra, 'c...' em causa, dita naquele contexto, que não seja injurioso, ofensivo, de afronta, em relação à pessoa a quem é dirigida?", questiona a mesma magistrada.

Os juízes desembargadores Calheiros da Gama e o juiz militar major-general Norberto Bernardes tiveram entendimento diferente, mantendo a decisão do juiz de instrução que decidiu não levar o arguido a julgamento.

E para fundamentar tal decisão, os desembargadores fazem uma extensa análise da expressão "prò c..." que, no fundo, era o que estava em causa no autos. Concluíram que há contextos em que a utilização da expressão não é ofensiva, mas sim um modo de verbalizar estados de alma. Um pouco de história: "Para uns a palavra 'c...' vem do latim caraculu que significava pequena estaca, enquanto que, para outros, este termo surge utilizado pelos portugueses nos tempos das grandes navegações para, nas artes de marinhagem, designar o topo do mastro principal das naus, ou seja, um pau grande. Certo é que, independentemente da etimologia da palavra, o povo começou a associar a palavra ao órgão sexual masculino, o pénis."

Porém, continuam os juízes, "é público e notório, pois tal resulta da experiência comum, que 'c...' é palavra usada por alguns (muitos) para expressar, definir, explicar ou enfatizar toda uma gama de sentimentos humanos e diversos estados de ânimo. Por exemplo 'prò c...' é usado para representar algo excessivo. Seja grande ou pequeno de mais. Serve para referenciar realidades numéricas indefinidas ('chove pra c...'; 'o Cristiano Ronaldo joga pra c...'; 'moras longe pra c...'; 'o ácaro é um animal pequeno pra c...'; 'esse filme é velho pra c...')".

Mas há mais jurisprudência sobre a matéria: "Para alguns, tal como no Norte de Portugal com a expressão popular de espanto, impaciência ou irritação 'carago', não há nada a que não se possa juntar um 'c...', funcionando este como verdadeira muleta oratória."

Tendo presente tais considerações, mais o facto de se ter dado como assente que o cabo e o sargento - apesar da distância hierárquica - manterem uma relação de proximidade, sem muitas regras formais, a Relação de Lisboa decidiu não levar o militar a julgamento pelo crime de insubordinação.

IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS" 
  
Finalmente, para os juristas ou curiosos que prefiram ler o douto Acórdão:

CLIQUE AQUI EH EH EH!!!

OBRIGADO E. FRANÇA

OCTÁVIO RIBEIRO




 Adeus ao adepto

A partir de ontem o Sporting ficou livre dos humores de José Eduardo Bettencourt. Ainda falta provar que o futuro será mais risonho depois dele. O grande problema da era Bettencourt foi ditado pela alma de adepto a ganhar à frieza de gestor que Bettencourt certamente terá noutras áreas de atividade. O coração de leão subiu à cabeça do presidente e não lhe deixou espaço para um discurso frio, diplomata, calculista. O mesmo coração de adepto levou-o a demitir Paulo Bento para depois investir milhões em Pongolle e entregar a equipa nas mãos de Carvalhal. Foi esse pulsar acelerado que lhe veio à boca na despedida de Moutinho. Na contratação de Costinha, na fuga para a frente da chamada de Couceiro.

Na liderança do Sporting, nos atos públicos mais sensíveis, José Eduardo Bettencourt apagou fogos sempre com recurso a gasolina. Aos repelões, de pior, para pior.

Ninguém tem razões para duvidar do sportinguismo deste homem. A paixão tolhe a razão, e Bettencourt sofre com o seu clube. Mas a um gestor, principalmente a um gestor bem pago, exige-se frieza de raciocínio, capacidade de análise e firmeza na imposição da estratégia trilhada.

Com Bettencourt, o adepto de cachecol, o sofredor do bestial e da besta, chegou ao posto mais alto do clube. E deu no que deu.

P.S. – Ainda o Sporting: Paulo Sérgio disse que, em Olhão, viu o campo inclinado. Qualquer observador desapaixonado concorda. É tão doloroso testemunhar o trabalho de um árbitro tecnicamente capaz, mas provocantemente desastrado. Depois do recital de Benquerença, o Sporting enfrenta o Benfica sem treinador e sem lateral-esquerdo. E Hélder Postiga escapou à razia só graças a um enorme autocontrolo. Aquele fora-de-jogo, escandalosamente arrancado na cara do guarda-redes, tirava do sério muito avançado cordato. Parabéns a Postiga!

IN "RECORD"
16/02/11

ALMORRÓIDA INTERNAUTA



Cibernautas acima dos 60 anos estão na Net mais de cinco horas por semana

Cerca de 90% dos utilizadores da internet acima dos 
60 anos são do sexo masculino e despendem 
mais de cinco horas semanais online.

De acordo com um estudo revelado pela empresa de segurança informática Panda Security, 98% dos utilizadores com mais de 60 anos revelam recorrer à internet para consultar o e-mail, 67% preferem pesquisar informação sobre actividades de lazer, 64% optam por ler notícias e 58% para realizar operações bancárias online.

A utilização de redes sociais ou a participação activa em fóruns e blogues não se encontram entre as actividades de eleição dos cidadãos seniores, segundo esta sondagem.

Os utilizadores acima dos 60 anos preferem quase exclusivamente o e-mail para conversar com amigos e com a família (98%) do que as redes sociais (28%), fóruns ou blogues (11%).

Os resultados revelam também que 66% dos idosos afirmam deter conhecimentos suficientes sobre a internet, e 74% admitem sentir-se seguros.

Entre os inquiridos, 54% dos utilizadores com mais de 60 anos afirma fazer compras 'online', sendo os pacotes de viagens a opção de compra preferida (62%).

Quando questionado sobre os principais problemas enfrentados ao comprar 'online', a maioria indicou as dificuldades em identificar os níveis de segurança e confiança dos sites onde decidem comprar (64%).

Outra dificuldade apontada foi a criação de 'passwords' fortes mas simples de recordar (51%), seguindo-se a utilização das plataformas de pagamento de compras online (44%), sendo que 41% destes utilizadores afirma utilizar a mesma 'password' para todas as suas contas online.

Quanto às ameaças mais perigosas na Web, a resposta mais comum são os vírus (92%), seguindo-se o roubo de identidade (83%), nomeadamente, o roubo de credenciais de e-mail e bancárias.

O 'spam' é outra fonte de preocupação (57%), assim como a segurança das transacções bancárias (50%).

De salientar ainda que 30% receia o contacto com estranhos e 11% têm receio de ser alvo de 'ciber-bullying'.

O estudo realizado em Novembro e Dezembro de 2010, questionou 16850 utilizadores da internet com mais de 60 anos acerca das suas actividades favoritas na Web, para além dos principais problemas que enfrentam para se adaptar a este novo ambiente digital.

IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
16/02/11

FEMEN PROTESTO


Protesto  anti-Mubarak na capital da Ucrânia

TENHA UM BOM FIM DE SEMANA


...e não acredite na 
              generalidade dos políticos


COMPRE JORNAIS

gordura mortífera
Dinheiro
Como as empresas públicas 
engordaram nos últimos anos
Procura emprego? Há um sector em expansão, imune à crise. Segundo os últimos números disponíveis, entre 2007 e 2009 os administradores públicos passaram de 377 para 448 – ou seja, cresceram 19%. Agora, o Governo quer reduzir o seu número em 20%: bastava ter parado de contratar há cinco anos.
Não quer um trabalho qualquer, mas sim um emprego bem pago? Fique a saber que o valor médio de remuneração é de 344 mil euros por ano. E que enquanto em 2007 os gestores públicos custavam ao Estado 26,8 milhões de euros, dois anos depois, mesmo com a crise internacional pelo meio, foram-lhes pagos 32 milhões de euros. Aliás, foram os postos de administradores-executivos, os mais bem remunerados, aqueles que cresceram mais: passaram de 333 para 406.
Quer ter várias hipóteses de carreira? Mantenha-se tranquilo: o número de empresas públicas também cresceu. Só nos últimos três anos surgiram a Parque Escolar, a Frente Tejo, a Arco Ribeirinho Sul, a EMA (meios aéreos), o SIEV (matrícula electrónica), a Agência Nacional de Compras, várias sociedades Polis e empresas de cultura como a Opart (Teatro de São Carlos e Companhia de Bailado) e o Teatro Nacional de São João. Em 2008 havia 84 empresas públicas, em 2009 eram 93. No fim de 2010, no site da direcção-geral do Tesouro constavam 143 empresas, contabilizando também as participações em que o Estado é minoritário. Se se somarem as empresas municipais, serão mais de mil.
"SÁBADO"

com o nosso dinheiro...
Governo usa IAPMEI e AICEP para dar 
ajudas políticas a empresas inviáveis
Entre as milhares de empresas portuguesas que beneficiam dos incentivos do Governo à economia, há muitos apoios que caem em saco roto . São milhões de euros injectados pelo Estado que não têm retorno.
O IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação) tem vindo a ser utilizado pelo Governo para manter artificialmente vivas empresas sem viabilidade financeira. Fontes do Ministério da Economia relataram ao SOL que têm sido dadas instruções para serem concedidos apoios financeiros a «empresas que é politicamente necessário salvar, para garantir empregos num determinado momento» - ainda que estes não tenham futuro.
O apoio de cerca de 50 milhões de euros à Investvar (dona da marca Aerosoles) é um desses casos. Assim como as falidas Joamar, Mactrading (ex-Maconde), Facontrofa, Grupo Mesquita - e mais recentemente a Alicoop -, que receberam injecções de capital por parte do Estado, quando os próprios serviços da Economia já previam que a recuperação seria improvável. «São milhares de milhões de euros canalizados para empresas sem futuro, só por motivos políticos», diz ao SOL um alto quadro do Ministério da Economia, referindo-se aos financiamentos concedidos pelo IAPMEI através de fundos e de linhas de crédito como as PME Invest.
A concessão deste apoios é, aliás, feita por vezes ao arrepio das regras definidas pelos organismos responsáveis pela gestão dos fundos públicos. Prova disso são os três milhões de euros aplicados na Joamar, uma têxtil do Norte falida.
"SOL"

oh sr procurador isso diz-se??? é coragem
PGR: "O segredo de justiça é uma fraude"
Procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, diz que "há escutas ilegais" mas não possui "nenhum meio" para "controlar" a situação.
Numa entrevista ao programa "Gente que Conta" do "Diário de Notícias"/"TSF", Pinto Monteiro afirma que "há escutas ilegais em Portugal" e que "o Procurador-geral da República não tem nenhum meio, nenhum poder de controlar isso". Apenas uma brigada da Polícia Judiciária (PJ) "tem esse poder".
"O segredo de justiça é uma fraude. Não há segredo de justiça nenhum. De todo o lado há violações do segredo de justiça", diz Pinto Monteiro, acrescentando que também nesta matéria a Procuradoria-geral da República não "consegue fazer nada", dado que a maior parte dos casos de violação do segredo de justiça que participou foram arquivados.
Pinto Monteiro garante que todas as escutas ao primeiro-ministro José Sócrates foram destruídas: "as que eu mandei destruir foram destruídas". Referindo-se ao caso Freeport, o PGR sustenta ainda que já se habituou aos ataques e que "há muita gente com medo de ser apanhada".
"A maior parte das pessoas que censuram o Procurador-geral da República deviam ter de nascer 20 vezes para serem tão sérias como ele", disse. "Quando se abrem inquéritos contra bancos ou casos de futebol, por exemplo, há gente que tem muito medo de ser apanhada".
"EXPRESSO"

afinal há drogas legais...
Mefedrona em saldo a pouco tempo 
de ser proibida em Portugal
A "droga legal" mefedrona vai ser proibida brevemente em Portugal. Até lá, está a ser vendida em lojas a preço de saldo
Apesar de ser comercializada sob a capa de produto para plantas ou incensos, a mefedrona é consumida para efeitos recreativos em todo o mundo e em Portugal por cada vez mais jovens que procuram efeitos semelhantes aos das drogas ilegais como a cocaína, ecstasy e LSD.
O presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) confirmou à agência Lusa que esta substância está prestes a ser proibida em Portugal, tal como aconteceu em outros países, depois de o seu consumo ter sido associado a mortes e problemas de saúde graves.
"VISÃO"

boa notícia
Portugueses apurados para os quartos-de-final 
da Taça CERS
Benfica, Física, Oliveirense e HC Braga passaram as respectivas eliminatórias e garantiram o apuramento para os quartos-de-final da Taça CERS de hóquei em patins.
Apesar da derrota (5-7) em Itália diante o Amatori Lodi, o Benfica beneficiou do triunfo (7-4) em Lisboa para garantir a qualificação para os quartos-de-final, onde irá defrontar os espanhois do Lloret.
A Física afastou os suíços do Wimmis (6-1 e 15-2) e terá como adversários os italianos do Giovinazzo, ao passo que a Oliveirense vai medir forças com os espanhóis do Vila Nova depois de deixar pelo caminho o Igualada (2-2 e 4-1).
Por fim, o HC Braga volta a defrontar uma equipa gaulesa, o Saint Brieuc, depois de eliminar o Merignac (5-15 e 6-7).
"A BOLA"

os barões à rasca
FIFA e UEFA que decidam
As associações de futebol decidiram ontem, por unanimidade, que aprovam a revisão dos estatutos da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) se a UEFA e a FIFA considerarem que o novo regime jurídico das federações desportivas pode ser adoptado.
"Finalmente, conseguimos encontrar uma solução que nos permite resolver esta questão", declarou, no final de uma reunião realizada em Coimbra, o porta-voz Júlio Vieira, presidente da AF Leiria.
No encontro, que contou com 20 associações (só faltaram Portalegre e Beja), foi decidido pedir uma reunião urgente ao presidente da FPF, Gilberto Madaíl, para ser o interlocutor perante a UEFA e a FIFA, como único com legitimidade para o fazer.
"De uma vez por todas, iremos confrontar a FIFA e a UEFA com aquilo que é o actual regime jurídico. E perguntar se podemos plasmar nos estatutos da Federação aquilo que são as obrigações que estão no regime jurídico. Se nos disserem que sim, automaticamente aprovamos os estatutos na assembleia da FPF", sublinhou. Gilberto Madaíl está disponível para se reunir com a FIFA e com a UEFA de forma a expor a situação.
No entanto, e segundo apurou o Correio da Manhã, os sócios da Federação Portuguesa de Futebol já sabem que o novo regime jurídico das federações desportivas pode ser adoptado, uma vez que quando foi apresentada a proposta de revisão dos estatutos esta fazia-se acompanhar de uma carta com o parecer positivo da FIFA e da UEFA.
"CORREIO DA MANHÃ"

mais trabalho, menos compensação
Presidente do PE quer que Portugal
aumente idade da reforma
Líder do Parlamento Europeu considera que austeridade do governo português não é suficiente
O presidente do Parlamento Europeu (PE), Jerzy Buzek, defendeu ontem que o governo português tem de avançar com mais medidas estruturais, nomeadamente o aumento da idade de aposentação e a reforma do mercado de trabalho.
Apesar de ter deixado elogios ao esforço do executivo de José Sócrates, Buzek disse que é preciso mais. "Portugal deu provas de responsabilidade ao tomar medidas de austeridade, mas é igualmente necessário introduzir reformas estruturais", afirmou o responsável europeu, que visitou ontem Lisboa. "A austeridade não basta, são necessárias reformas estruturais: a reforma do mercado de trabalho, a idade da aposentação e o sistema de pensões."
Depois de uma reunião com Pedro Passos Coelho, o presidente do PE disse ainda que "o facto de a oposição apoiar as medidas de austeridade é um importante sinal para a União Europeia", acrescentando que "as medidas de austeridade em Portugal são muito importantes para a estabilidade financeira de toda a zona euro".
"i"

é imprescindível
Escolas: Isabel Alçada admite 
desbloquear luta contra homofobia
O Ministério da Educação (ME) reafirmou ontem "a sua disponibilidade para dialogar e apreciar as propostas" de uma campanha contra a homofobia nas escolas, de acordo com uma declaração prestada ao PÚBLICO pelo gabinete da ministra, Isabel Alçada. A ministra insiste assim em que não são oficiais as posições assumidas por técnicos da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, que terão recusado colaborar com o Projecto Inclusão da Rede Ex-Aequo, associação de jovens em defesa dos direitos dos homossexuais.
Em causa está o facto de dois deputados, José Soeiro (Bloco de Esquerda) e Rita Rato (PCP), terem questionado a ministra da Educação sobre o facto de a Rede Ex-Aequo ter denunciado, na Assembleia da República, que técnicos do ME tinham recusado apoiar o Projecto Inclusão e distribuir os seus materiais nas escolas, sob o argumento de que o ministério tem de ser "neutro em assuntos que possam ser considerados ideológicos".
O projecto, apoiado e financiado por outra entidade estatal - a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género -, consiste em cartazes e folhetos informativos sobre a homossexualidade, bem como num estudo sobre homofobia em meio escolar, a fazer por uma equipa do ISCTE dirigida pela professora Carla Moleiro.
"PÚBLICO"

há nove anos sem perder em casa
Benzema: «Mourinho conseguiu alterar 
a minha mentalidade»
Karim Benzema apontou José Mourinho como o responsável pela "mudança de mentalidade" que o ajudou a converter-se "num lutador" reafirmando "a ambição de ser mais forte no terreno de jogo" para conseguir um lugar no Real Madrid e na seleção francesa.
Numa entrevista ao patrocinador do Real Madrid, o avançado não poupou elogios ao técnico: "Para mim Mourinho é um grande treinador. Já ganhou muitos títulos e tem trazido grandes jogadores".
"RECORD"

inteligência bué
Polícias divulgam dívidas 
de dois milhões em blogue
São camaras, empresas públicas, discotecas ou clubes de futebol. Requisitam os serviços de agentes da PSP, que recebem por fora do salário, mas atrasam-se meses ou nunca pagam
O blogue entidadescaloteiras.blogspot.com foi criado por agentes que estão à espera do dinheiro por serviços prestados. No total a dívida é superior a dois milhões de euros.
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

 a varapau
Armando Vara passou à frente 
de outros doentes em centro de saúde
Armando Vara deixou indignados os utentes de um centro de saúde em Lisboa quando, na quinta-feira, passou à frente de todos os doentes e deu ordens a uma médica para lhe passar um atestado, alegando estar com pressa para apanhar um avião.
Um dos doentes que se encontrava no centro de saúde, José Francisco Tavares, de 68 anos, apresentou uma reclamação pelo sucedido. A responsável pelo centro de saúde pediu desculpas pelo episódio, mas acusa Armando Vara de ter abusado dos seus direitos, noticia a TVI.
José Francisco Tavares, reformado, dirigiu-se ao centro de saúde com um ataque de sinusite, esperou cerca de uma hora pela consulta, tal como os restantes utentes, até ver o ex-ministro socialista desrespeitar o ordem de chegada.
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

11 - ILUSTRES PORTUGUESES DE SEMPRE »»» padre américo

Américo Monteiro de Aguiar, mais conhecido por Padre Américo (Galegos, Penafiel, 23 de Outubro de 1887 — Porto, 16 de Julho de 1956), foi um importante benfeitor português que dedicou a sua vida aos mais carenciados, principalmente jovens, que se traduziu em inúmeras realizações, das quais a mais conhecida e relevante é a Casa do Gaiato.

Vida e Obra
O Padre Américo nasceu a 23 de Outubro de 1887 na freguesia de Galegos, Concelho de Penafiel, tendo sido baptizado em 4 de Novembro do mesmo ano. Frequentou o Ensino Primário na sua terra natal, transitando, em 1898, para o Colégio do Carmo, em Penafiel, e no ano seguinte para o Colégio de Santa Quitéria, em Felgueiras. Terminado o liceu, em 1902, emprega-se, no Porto, numa loja de ferragens.
Em 1906, parte para Moçambique, estabelecendo-se em Chinde, onde trabalha na companhia The British Central Africa e na African Lakes, como despachante. Por essa altura trava conhecimento com o padre Rafael Maria da Assunção, que mais tarde siria nomeado Bispo de Cabo Verde.
Regressado a Penafiel, em 1923, contacta o pároco local de quem tinha sido companheiro de infância e comunica-lhe o desejo de entrar para um convento franciscano, dando como única explicação a frase "é uma martelada!". Dois meses depois entra no Convento de Santo António de Vilariño, em Tui (Espanha), onde permanece durante 9 meses como postulante, a estudar latim e ciências e mais um ano, depois da tomada do hábito.
As dificuldades em se adaptar à vida monástica conduzem à sua saída em Julho de 1925, mas tenta ingressar no seminário diocesano do Porto, mas o Bispo, D. António Barbosa Leão, não dá seguimento ao seu requerimento. Contacta então o Bispo de Coimbra, D. Manuel Luís Coelho da Silva, que o aceita.
Depois de se formar em Teologia no Seminário de Coimbra, foi nomeado Perfeito do Seminário e professor de Português. 
É igualmente capelão em Casais do Campo, freguesia de São Martinho do Bispo e designado pároco de São Paulo de Frades, não chegando a tomar posse, incapacitado por um esgotamento.
É quando D. Manuel Luís Coelho da Silva, Bispo de Coimbra, lhe entrega a Sopa dos Pobres, em 1932 que começa a revelar a sua verdadeira vocação. A partir daí não mais parou.
Em Agosto de 1935 inicia as Colónias de Férias do Garoto da Baixa em Coimbra, estágio embrionário do que viria a ser posteriormente a Casa do Gaiato. Seguem-se Vila Nova do Ceira e Miranda do Corvo. A 7 de Janeiro de 1940, finalmente, o Padre da Rua funda a primeira Casa do Gaiato no lugar de Bujos, em Miranda do Corvo. A segunda Casa do Gaiato, no mosteiro beneditino de Paço de Sousa, seria o local escolhido,para o surgimento da Aldeia do Gaiato para acolhimento e alojamento de jovens a que se seguiria o Lar do Gaiato, no Porto. No mesmo âmbito e sob o lema «cada freguesia cuide dos seus pobres» é o projecto de construção das primeiras casas do património dos pobres, também em Paço de Sousa, em Fevereiro de 1951.
A Obra da Rua é consagrada ao Santíssimo Nome de Jesus, e o seu ex-líbris é o Quim Mau, o garoto de braços abertos que pede o amor do próximo.
A 1 de Janeiro de 1941 abre o lar do Ex-Pupilo das Tutorias e dos Reformatórios, na Rua da Trindade, em Coimbra, instituição que será entregue aos Serviços Jurisdicionais de Menores em 1950; em Junho do mesmo ano, publica o primeiro volume do Pão dos Pobres.
Em 1942, publica Obra da Rua.
A 5 de Março de 1944 aparece o primeiro número do jornal O Gaiato, quinzenário da Obra da Rua, de que é fundador e director.
A 4 de Janeiro de 1948 seria inaugurada a Casa do Gaiato de Lisboa, situada na quinta da Mitra, em Santo Antão do Tojal, em Loures.
Em 1950, saem a público o opúsculo Do Fundamento da Obra da Rua e do Teor dos seus Obreiros e o primeiro volume do livro Isto é a Casa do Gaiato.
Em 1952, viagem a África; publica um novo livro, O Barredo, a que se seguem, em 1954, Ovo de Colombo e Viagens, no ano em que toma posse da quinta da Torre, em Beire, freguesia de Paredes, para a instalação de uma Casa do Gaiato e do Calvário, para o abrigo de doentes incuráveis.
A 1 de Julho de 1955, abre a Casa do Gaiato de Setúbal, em Algeruz.
Em 1956, morre vitima de acidente de viação. O seu processo de glorificação canónica teve início em 1986.

WIKIPÉDIA

3 - O RISCO SÍSMICO NA CIDADE DE LISBOA


NR: Estas imagens e texto foram retirados dum folheto informativo editado pela Câmara Municipal de Lisboa, dada a qualidade da informação não hesitamos em publicá-lo, com a devida vénia.

7 - VULTOS DA CULTURA DA PRIMEIRA REPÚBLICA »»» leonardo coimbra

 




Leonardo Coimbra
Quadro de Eduardo Malta


Natural da vila da Lixa, próximo de Amarante, foi uma das figuras mais proeminentes do movimento da Renascença Portuguesa, que fundou, juntamente com Teixeira de Pascoaes, António Sérgio e Raul Proença entre outros. Entre 1919 e 1931 foi professor de Filosofia na Faculdade de Letras do Porto, por ele criada quando, pela primeira vez, ocupou o cargo de ministro da Instrução Pública.
Os conteúdos doutrinários da sua obra remetem-nos para o conceito de criacionismo, que deu título à sua obra mais importante. O criacionismo afirma-se como uma filosofia da liberdade, radicando nas infinitas capacidades criadoras do pensamento, que dinamicamente se liberta dos determinismos naturais e sociais. Na sua base encontra-se a actividade científica que abordou em duas vertentes complementares.
Por um lado, a ciência representava o «espírito da cultura moderna», constituída na base do «livre acordo», tendo a razão por autoridade única, liberta do autoritarismo de princípios impostos exteriormente à actividade do pensamento. Representava um tipo de acordo que, por ser livre e responsável, considerava como a base de realização do acordo social que pela ascensão do indivíduo psico-social à pessoa, numa dialéctica criadora, geraria a comunidade solidária e livre por que sempre se bateu.



Leonardo Coimbra
Desenho de Eduardo Malta




Por outro lado, o modelo de ciência a que se referia nada tinha a ver com o do positivismo. Tratava-se de uma ciência constituída na base da dialéctica nacional do pensamento, ou seja, não incide sobre coisas mas sobre noções ou representações mentais, considerando que a sensação é uma noção psicológica e não um dado e que, como noção que é, não é uma realidade completa mas um momento dialéctico de um processo, numa constante marcha para mais realidade e acréscimo de sentido. É na base deste criacionismo, que começa por afirmar-se inicialmente num plano gnosiológico, que se virá a afirmar a liberdade do homem, pois a realidade não poderá nunca ser deduzida de uma noção sintética superior se essa mesma noção não tiver sido por nós elaborada. Em última análise, a realidade não poderá nunca separar-se da dinâmica do pensamento, não é um conjunto de coisas de que o pensamento se aproprie, mas um conjunto de noções, sempre e já elaborado pela acção criadora do pensamento, num processo em si mesmo ilimitado. Se o espírito se move num conjunto de noções por si elaboradas, então ele é acto criador não se limitando a assimilar e a receber o já feito e o já pensado.
A matéria não é assim o fundamento do pensamento, mas um seu produto, pelo que importa superar a divisão entre matéria e forma no âmbito do processo gnosiológico, para afirmar que toda a matéria e toda a realidade é já uma nacionalidade e uma ordem. O espírito é a actividade funcional do conhecimento, a matéria é todo o conhecido considerado independentemente da actividade que conhece, e a experiência é a interacção do espírito e da matéria no acto de conhecer.
L. C. afirma assim uma dialéctica ascensional que partindo do processo de elaboração das noções científicas nelas se não detém, petrificando ou estagnando, procurando antes elevar-se à constituição da última realidade irredutível, por si definida como a «pessoa moral». Enquadram-se neste processo dialéctico afirmações célebres de L.C., nomeadamente quando proclama que o homem é livre porque «a vida social lhe permitiu interpor entre a sensação e o acto a demora e a riqueza do pensamento», ou que, «o homem não é uma inutilidade num mundo feito, mas obreiro de um mundo a fazer».




Leonardo Coimbra ao lado do Maestro Lacerda


Nesta conformidade, o seu criacionismo gnosiológico projecta-se e amplifica-se no domínio da realidade espiritual da pessoa, mediante novas coordenações e novas sínteses que, num processo coerente fazem brotar a arte, a filosofia e a religião. A primeira alarga os domínios do sentimento elevando a liberdade da imaginação. A segunda alarga os domínios da liberdade que se torna plena porque a pessoa toma posse dos determinismos externos, empenhando-se numa elevação ao absoluto e eterno, sem que tal represente uma renúncia à vida quotidiana e à realidade concreta dos sentimentos ou à abertura solidária e amorosa ao outro, numa comunicação que institui a verdadeira comunidade.
Quanto à religião, é de ver que o criacionismo, como filosofia da liberdade que se instaura pelo pensamento e acção da pessoa, nos faz ascender a uma religião que não se esgota na questão da fé. No criacionismo, a arte, a filosofia e a religião são postas e não opostas ao pensamento científico, no exacto sentido em que têm de ser momentos do pensamento e não imposições dogmáticas. Se o pensamento científico, pelo livre acordo das consciências, e portanto pela fraternização e aproximação do homem ao mundo, levou à pessoa, esta exige, para a sua vida essencial de acção moral a arte, a filosofia e a religião. No caso presente, o sentimento religioso é o cume de um processo de «socialização absoluta» efectuada pelo pensamento, representando uma passagem da humanidade ao cosmo, num alargamento de perspectivas em comunhão amorosa e solidária, porque não dependente já de convenções ou pactos, mas do império de cada um sobre a sua alma nobre e livre em dádiva generosa, como emanava aliás do espírito do cristianismo, sobretudo na sua vertente franciscana. Para o filósofo, o homem não é já então uma parcela de um todo ou o elemento de uma harmonia, mas a consciência representativa do Todo.



Perfil de Leonardo Coimbra
Apont. de S. D.




Neste ponto L.C. recorre à monadologia, inspirado em Leibniz, mas criticando a ideia de uma harmonia pré-estabelecida, porque contrária à liberdade inerente ao seu criacionismo, bem como à dinâmica comunicacional entre as mónadas. O universo é criado pelo homem num processo dialéctico que o faz chegar a um Deus não menos transcendente, pelo fraterno amor de tudo, e não algo criado de uma vez por todas pela vontade divina. Em última análise Deus é a luz que ilumina a actividade criadora do homem, luz pela qual ele ascende na infinita possibilidade da acção moral. Deus é o Amor que une, e cada consciência é a unidade elementar que pelo amor se move atraído pela «grande Unidade». Por isso, a compreensão é a Unidade e compreender é Amar.
L.C. também se afirma aqui como o filósofo da saudade, termo que lhe permite entender a vida como tendência para a superação e o excesso de si própria, superando, pelo desejo da Unidade, a dimensão separatista que degrada e corrompe. A Saudade será a expressão do grande «abraço unitário» que nos atrai ao Centro do grande circulo do Ser, porque o que existe de mais material são «as almas afastadas». Assim, a saudade será sempre a companheira do homem enquanto se interpuser uma distância entre ele e a luz do Espírito, porque só esta conseguiria vencer as resistências que criam a sombra da saudade.
Finalmente, no plano da educação, à qual dedicou a sua actividade política de ministro, compreende-se que mais importante que a «liberdade de ensino», condição sem dúvida necessária, seja a defesa da «liberdade pelo ensino», o que o fez também proclamar que mais importante que a vulgarização do saber era a elevação do vulgo à altura do homem.

BIBLIOGRAFIA
Activa
  • Obras de Leonardo Coimbra, ed. Lello e Irmão, 2 volumes, Porto, 1983 (vol. I: Criacionismo (Esboço de um Sistema Filosófico); Criacionismo (Síntese Filosófica); A Alegria, a Dor e a Graça; Do Amor e da Morte; A Questão Universitária; A Rússia de Hoje e o Homem de Sempre; vol. II; Pensamento Criacionista; a Morte; Luta pela Imortalidade; O Pensamento Filosófico de Antero; Problema da Indução; A Razão Experimental; Notas sobre a abstracção científica e o silogismo; Jesus; S. Francisco de Assis; Problema da Educação Nacional; S. Paulo de Teixeira de Pascoaes, O Homem às Mãos com o Destino)
  • Dispersos I - Poesia Portuguesa, Lisboa, 1984
  • Dispersos II - Filosofia e Ciência, Lisboa, 1987
  • Dispersos III - Filosofia e Metafísica, Lisboa, 1988.

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