01/12/2011



HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Menos casos e mortes 
e discriminação zero
Hoje, o mundo inteiro celebra o Dia Mundial da SIDA. 
E a sociedade prossegue o o objetivo da ONU 
de 'um mundo sem infeção',

Flagelo mundial e uma das doenças que mais preocupa a sociedade, a SIDA parece ter entrado numa nova fase: a doença está a estabilizar no mundo, com a diminuição das novas infeções e do número de mortes e o aumento do número de pessoas a viver com o vírus de imunodeficiência humana (VIH). Hoje, no mundo inteiro, é o Dia Mundial da SIDA.
Em 2010, registaram-se 2,7 milhões de novas infeções, o número mais baixo desde 1997 e uma redução de 21 por cento em relação ao pico atingido nesse ano. No final de 2010, cerca de 34 milhões de pessoas viviam com o vírus, o número mais elevado de sempre que, segundo os especialistas, se deve ao aumento da sobrevivência. No mesmo ano, 1,8 milhões de pessoas morreram de doenças /span�as com a sida, contra 1,9 milhões em 2009.
Segundo o relatório «2011-Global HIV/AIDS Response», da responsabilidade da ONUSIDA, da UNICEF e da OMS, em 2010, cerca de 15 por cento das novas infeções pelo VIH em todo o mundo foram em crianças com menos de 15 anos. Apesar dos novos casos, perto de 390 mil, o valor é bastante inferior ao pico registado em 2002/2003: 560 mil novas infeções em crianças.

Portugal com programa de 'continuidade '

A diminuição dos novos casos de infeção, das mortes e da discriminação associada ao VIH é o objetivo principal do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da doença. Esta proposta para os anos de 2011 – 2014 será apresentada durante a reunião do Conselho Nacional para a Infecção VIH/SIDA que, tal como todos os anos, se reúne neste dia, em Lisboa. O primeiro caso de SIDA em Portugal foi diagnosticado em outubro de 1983.
Para o coordenador nacional para a Infeção VIH/SIDA, Henrique Barros, a principal mensagem deste programa é a necessidade de diminuir os novos casos de infeção, os mortos e, sobretudo, a discriminação.
Este é também o tema para este Dia Mundial da Sida: «Getting to Zero» - zero novas infeções, zero pessoas discriminadas e zero mortes relacionadas com a infeção VIH. O novo programa será de 'continuidade', - já que 'não há ruturas com o anterior', e persegue o objetivo da ONU de 'um mundo sem infeção',
Sobre a evolução da infeção em Portugal, Henrique Barros considera que esta segue no sentido esperado, com a exceção dos homens que têm sexo com outros homens, que têm registado um aumento das infeções.

Algumas portuguesas mal informadas

Apesar da taxa de infenção estar a diminuir, um estudo, ontem revelado, indica que 28 por cento das mulheres portuguesas ainda acredita que o contacto com fluidos corporais que não sangue (saliva, suor e espirros) e o contacto corporal não sexual podem ser formas de transmissão do VIH.
Mesmo assim, o «Estudo quantitativo da percepção das mulheres portuguesas sobre VIH/SIDA', indica que a grande maioria das inquiridas (85 por cento) reconhece que o uso do preservativo é a principal forma de prevenir o contágio. Neste mesmo campo, 80 por cento aponta as relações sexuais, as transfusões de sangue (38) e as seringas infectadas (17) como principal factor de contágio. Já em termos de comportamento associado à transmissão do vírus, 95 por cento referiu relações sexuais de risco com múltiplos parceiros ou sem preservativo.

Fim da Linha SIDA

Por outro lado, Henrique Barros revelou que a Linha SIDA, um serviço gratuito de aconselhamento sobre questões relacionadas com a doença existentes desde 1993, vai acabar devido ao reduzido número de chamadas e por existirem alternativas ao serviço. 'Não há razão nenhuma para que exista e para que se invista numa linha particular que teve o seu papel e o seu tempo, mas que a realidade e evolução mostrou que não é fundamental', sustentou.

SIDA. Em 2010, cerca de 15 por cento das novas infeções pelo VIH em todo o mundo foram em crianças com menos de 15 anos


* Todos podemos fazer alguma coisa para atenuar os efeitos sociais desta doença.

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