07/12/2011



HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Bancos em Portugal têm mais balcões 
e empregados do que antes da crise

Situação em Portugal contraria a tendência média na Zona Euro onde, entre 2007 e 2010, desapareceram balções e quase um terço dos postos de trabalho que eram assegurados pela banca.

Portugal não é caso único mas destaca-se pela amplitude com que foge à regra. Segundo dados hoje divulgados pelo Banco Central Europeu (BCE), entre 2007 e 2010 o número de balcões e de funcionários dos bancos instalados em Portugal aumentou quase 7% e 1%, respectivamente. Já na Zona Euro, em média, o número de balcões caiu quase 1%, com a redução mais expressiva a observar-se no universo dos postos de trabalho assegurados, mais de 30%.

Na abertura de balcões, são vários os países que escapam à tendência europeia. É o caso de Itália, Grécia, Eslováquia e Irlanda. Mas em nenhum deles se abriram tantos novos balcões entre o início da Grande Crise e o fim (precário) desta, em 2010, como em Portugal, que passou a contar com 405 novas agências, totalizando 6.460. No conjunto da Zona Euro, fecharam 1.636 balcões, para um total de 182.422.

Quanto ao número de funcionários, a banca instalada em Portugal passou a empregar mais 571 pessoas, alargando o seu universo para 61.550. Já na Zona Euro observou-se uma redução muitíssimo significativa, de mais de meio milhão em três anos, com os trabalhadores da banca a encolherem de 2.294.640 para 1.755.351.

A situação em Portugal poderá, no entanto, ter sido invertida ao longo deste ano, em que, por força das exigências associadas ao empréstimo internacional ao país e à crise no sector, os bancos têm sido levados a reduzir custos. Vários bancos já anunciaram programas de redução de número de agências e de reformas antecipadas de trabalhadores.


* Isto acontece porque os nossos banqueiros promovem cultura de proximidade com os mais incautos...

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