29/12/2011



HOJE NO
"DIÁRIO  DE NOTÍCIAS"

Ministério gasta em média 
100 mil euros por cela

O Ministério da Justiça gasta em média mais de 100 mil euros por cela nos estabelecimentos prisionais, um custo que pretende reduzir aumentando algumas prisões e recuperando edifícios que não estão a ser usados.

Segundo disse à Lusa o secretário de Estado da Administração Patrimonial da Justiça, Fernando Santo, "é mais vantajoso e mais rápido ampliar estabelecimentos prisionais existentes e recuperar edifícios que não estão a ser utilizados".

O Governo já tinha anunciado o abandono do plano para construir novas prisões por causa das restrições orçamentais e que iria apenas remodelar os estabelecimentos prisionais de Alcoentre, Linhó, Leiria e Caxias, num investimento de 7,4 milhões de euros.

De acordo com dados fornecidos anteriormente à agência Lusa pelo Ministério da Justiça, a exceção à regra é o estabelecimento prisional de Angra do Heroísmo, nos Açores, que já está em fase final de construção e terá capacidade para 177 reclusos.

Nesta obra o Governo prevê gastar 25,4 milhões de euros.

Os projetos de remodelação nas prisões do Linhó (Sintra), Alcoentrce, Leiria e Caxias vão acrescentar 532 lugares ao parque prisional.

Contudo, segundo fonte do Ministério da Justiça, "há ainda outros projectos de extensão da capacidade de estabelecimentos prisionais em estudo, que poderão aumentar em 1.254 o número de lugares no sistema prisional".

De acordo com Fernando Santo, o MJ vai iniciar o processo para "tentar destacar parcela importante de terreno envolvente da prisão de Pinheiro da Cruz [que foi vendida], uma vez que a venda de toda a herdade significava que tínhamos de fazer uma prisão noutro sítio".

"Não tendo verbas para isso, nem os custos se justificam vamos tentar fazer este destaque, solução que iremos tentar com o Ministério das Finanças e do Ambiente", acrescentou o governante, que neste âmbito inicia na próxima semana inicia uma série de visitas a estabelecimentos prisionais.


* A notícia não refere quantos detidos existem por cela, sabendo-se que há população detida a mais em todas as cadeias.

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