30/12/2011



HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Capital chinês 
"é uma grande oportunidade" para todos

O presidente executivo da EDP, António Mexia, disse esta sexta-feira que a entrada dos chineses da Three Gorges no capital da eléctrica nacional "é uma grande oportunidade" para todos.

"Este é um momento importante para a empresa, para os acionistas e para a economia do país" disse António Mexia durante a cerimónia de assinatura do acordo que dá entrada dos chineses no capital da EDP.

O responsável acrescentou que este negócio "representa um exemplo de como a localização de uma empresa em Portugal não é obstáculo quando se faz o melhor e se é competitivo". O presidente executivo da EDP referiu ainda que com o novo accionista, a EDP está disponível para desenvolver uma estratégia de liderança na energia limpa.

À margem da assinatura do contrato, o gestor escusou-se a comentar a sua eventual permanência na liderança, depois do presidente da Three Gorges ter dito em entrevista à Lusa que gostaria de manter a actual equipa de gestão. A China Three Gorges assinou esta manhã o acordo para a compra da participação do Estado de 21,35 por cento do capital da elétrica, por 2,7 mil milhões de euros, tornando-se na maior accionista da empresa.

A assinatura do acordo entre a elétrica chinesa e a Parpública, empresa gestora de participações públicas, decorreu no salão nobre do Ministério das Finanças. A China Three Gorges, que venceu o concurso internacional para a aquisição da participação do Estado português na EDP, esteve representada ao mais alto nível pelo presidente, Cao Guangjing, e pelo vice-presidente executivo, Lin Chuxue.

Depois do acordo firmado, os representantes da eléctrica chinesa, que oferecem um pacote de contrapartidas pela entrada na EDP de mais seis mil milhões de euros, vão ser recebidos pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. À tarde, a comitiva chinesa, que chegou a Portugal na quarta-feira à noite, promove uma conferência de imprensa para abordar os objectivos da sua primeira aquisição na Europa.

Já na quinta-feira, o presidente da China Three Gorges, Cao Guangjing, reuniu-se com o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, e com o secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, declarando à chegada ao ministério da Economia que há um "novo futuro" para a elétrica liderada por António Mexia, gestor que deverá continuar à frente da EDP.

A venda da participação pública na EDP foi anunciada pelo Governo português na quinta-feira da semana passada, vencendo as propostas da alemã E-On e das brasileiras Eletrobras e Cemig.


* Quem tem dúvidas do que o que conta é apenas o dinheiro mesmo que provenha duma horrível ditadura como é aquela que vigora na China. Esta ascende ao segundo lugar do ranking das economias mundiais, não por mérito social, político e humanitário, mas porque tem dinheiro para corromper políticos e empresários do ocidente, enquanto mil milhões de chineses são pobres.

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