19/11/2011



SAMOIEDA




Classificação F.C.I.: Grupo 5 Spitz e tipos primitivos 
Secção 1 Cães Nórdicos de Trenó
Padrão FCI n º 212 09  de janeiro de 1999.
País de origem: Norte da Rússia e Sibéria
País Patrono: União dos Países Nórdicos / NKU
Nome no país de origem: Samoiedskaïa Sabaka
Utilização: Tração de trenó e companhia. Sem prova de trabalho

RESUMO HISTÓRICO: o nome Samoieda deriva das Tribos Samoyed do norte da Rússia e da Sibéria. Na parte ao sul da área, eles usavam cães brancos, pretos e marrons particolor como cães pastores; na parte ao norte, os cães eram brancos puros, tinham um bom temperamento e eram usados como cães de caça e de trenó. Os cães Samoiedas viviam perto de seus donos, dormiam dentro dos abrigos e serviam como aquecedores.
O zoólogo britânico Ernest Kilburn Scott passou 3 meses entre as tribos Samoiedas em 1889. Ao retornar para a Inglaterra, levou consigo um filhote macho marron chamado “Sabarka”. Mais tarde ele importou uma fêmea chamada “Whitey Petchora” da parte ocidental do Ural e um macho branco chamado “Musti” da Sibéria.
Esses poucos cães e aqueles levados pelos exploradores são a base para os Samoiedas ocidentais. O primeiro padrão foi escrito na Inglaterra em 1909.

MAIS HISTÓRIA:Os integrantes dos Samoiedos, uma tribo de pele escura semi-nômade, vivendo ao longo da costa do Oceano Ártico são um remanescente de uma das tribos mais antigas da Ásia Central. Há evidência que eles emigraram ao Ártico com seus cães ao menos uns mil anos antes da era Cristã. Eram conhecidos pelos exploradores há muito tempo como pessoas bondosas, manifestando amor extraordinário pelos seus belos cães que tratavam como membros da família, compartilhando sua mesa e cama. Nenhum integrante da tribo foi visto agredindo um cão, eles adestravam utilizando apenas comandos de voz e recompensas. Essas pessoas desenvolveram um amor e compreensão impressionante, além de um sentimento de confiança e lealdade que permanece até hoje no caráter dos seus cães. Os Samoiedas eram utilizados para caça, pesca, afugentar os lobos, caça ao urso, vigiando os pertences e aquecendo as crianças e camas dos seus donos. A teoria mais aceita atualmente, para explicar a origem da tribo dos samoiedos é a de que no platô iraniano, o primeiro habitat do homem na Terra, o aumento da população fez com que tribos mais fortes expulsassem as mais fracas para cada vez mais longe e mais ao norte, através da Mongólia (então o centro mundial da cultura), até alcançar as regiões do Ártico.
Esses povos ali viveram por gerações como nômades. Nas regiões nórdicas da Sibéria, o Samoieda era conhecido como “Bjelkier”, que na língua da tribo dos samoiedos, queria dizer “cão branco que dá cães brancos”.
Desta forma, através dos séculos, o Samoieda foi criado, e de todas as raças modernas, ele é o mais próximo dos cães primitivos, sem qualquer influência de outras raças ou espécies. A longa convivência com humanos os tornou compreensíveis e alegres, grandes guardiões, porém não agressivos.
Como cães de trabalho foram insuperáveis nas expedições ao Ártico e Antártica. Uma matilha de Samoiedas consegue arrastar trenós com suprimentos que chegam a superar o peso somado dos cães em uma vez e meia.
A cada nova expedição, a história destes cães brancos como a neve, ganhava mais destaque, sendo que a mais notável delas foi quando Roald Amundsen chegou ao Pólo Sul, em 1911, com seus cães.
A civilização ocidental conheceu o Samoieda através de Fridtaz Nansen, um explorador norueguês. Nansen adquiriu 40 exemplares da raça importados da Sibéria e com eles realizou uma expedição à Groelândia. Este aristocrata tornou-se o primeiro grande criador do Ocidente.
Em 1897, o explorador Robert Scott levou alguns exemplares desse cão para a Inglaterra. Tamanha foi a popularidade que a raça conseguiu conquistar nesse País, que, em 1909, os ingleses decidiram importar um grupo de reprodutores, iniciando, assim, uma criação metódica da raça.
A partir de então, ela começou a se difundir pelo mundo todo. No Brasil, o Samoieda foi trazido em 1975, pelo Sr. Werner Degenhardt, difusor e introdutor da raça no país.

APARÊNCIA GERAL: de tamanho médio, elegante, um Spitz Ártico branco. Sua aparência dá a impressão de força, resistência, graça, agilidade, dignidade e segurança. A expressão chamada “sorriso do Samoieda” é formada pela combinação da forma
dos olhos com sua posição, e os cantos da boca ligeiramente curvados para cima. O sexo deve estar claramente defi nido.

PROPORÇÕES IMPORTANTES: o comprimento do corpo é aproximadamente 5% maior do que a sua altura na cernelha. A profundidade do corpo é ligeiramente menor do que a metade da altura na cernelha. O focinho é aproximadamente do mesmo comprimento que o crânio.

COMPORTAMENTO/TEMPERAMENTO:amigável, aberto, alerta e cheio de vida. O instinto de caça é muito leve. Nunca tímido ou agressivo. Muito social e não pode ser usado como cão de guarda.
CABEÇA: poderosa e cuneiforme.
REGIÃO CRANIANA
Crânio: visto de frente e de perfil, é ligeiramente convexo. Largo entre as orelhas. Sulco entre os olhos ligeiramente visível.
Stop: claramente defi nido, mas não muito proeminente.
REGIÃO FACIAL
Trufa: bem desenvolvida; de preferência preta. Durante alguns períodos do ano, a pigmentação da trufa pode ficar mais clara, o assim chamado “nariz de neve”. Ela sempre deve ser escura em sua borda.
Focinho: forte e profundo; de comprimento quase igual ao do crânio, afilando gradualmente até a trufa; nem pontudo nem pesado ou quadrado. Cana nasal reta.
Lábios: bem aderentes e cheios. A linha dos lábios é levemente recurvada nas comissuras, criando o característico “sorriso do samoieda”.
Maxilares/Dentes: regular e completa mordedura em tesoura. Dentes e maxilares fortes. Dentição normal.
Olhos: marrom escuros, bem inseridos nas órbitas, colocados separados, ligeiramente oblíquos e de forma amendoada. A expressão é “sorridente”, gentil, alerta e inteligente.
Pálpebras: bem pigmentadas de negro.
Orelhas: eretas, mais para pequenas, triangulares, espessas e ligeiramente arredondadas nas pontas. Devem ter mobilidade; inseridas altas; devido à largura do crânio, bem separadas.
PESCOÇO: forte, de comprimento médio e de porte orgulhoso.
TRONCO: de comprimento ligeiramente maior que sua altura na cernelha; profundo e compacto, porém flexível.
Cernelha: claramente definida.
Dorso: de comprimento médio, musculoso e reto; nas fêmeas, ligeiramente mais longo que nos machos.
Lombo: curto, muito forte e defi nido.
Garupa: cheia, forte, musculosa e levemente oblíqua.
Peito: largo, profundo e longo, alcançando quase os cotovelos. Costelas: bem arqueadas.
Linha inferior: moderadamente esgalgada.

CAUDA: inserida alta. Em atenção ou em movimento, é portada curvada para a frente sobre o dorso ou de lado; em repouso, quando portada pendente, chega a alcançar o nível dos jarretes.

MEMBROS
ANTERIORES
Aparência Geral: bem colocados, musculosos e de ossatura forte. Vistos de frente, retos e paralelos.
Ombros: longos, firmes e oblíquos.
Braços: oblíquos e bem ajustados ao corpo; aproximadamente tão longos quanto os ombros.
Cotovelos: bem ajustados ao corpo.
Carpos: fortes, mas fl exíveis.
Metacarpos: ligeiramente oblíquos.
Patas: ovais com dedos longos, fl exíveis e bem direcionados para a frente. Dedos arqueados são fortes e flexíveis.
POSTERIORES
Aparência geral: vistos por trás, apresentam-se aprumados, paralelos e fortemente musculosos.
Coxas: de tamanho médio, largas e musculosas.
Jarretes: descidos e bem angulados.
Joelhos: bem angulados.
Metatarsos: curtos, fortes, verticais e paralelos.
Patas: como as anteriores, os ergôs devem ser removidos.

MOVIMENTAÇÃO: poderosa, livre, aparentemente incansável, com bom alcance. Boa propulsão dos posteriores.
PELAGEM
Pêlo: profuso, espesso; densa pelagem polar. O Samoieda é um cão com pelagem dupla, com subpêlo curto, macio e denso. O pêlo de cobertura é mais longo, mais áspero e reto. O pêlo forma uma juba em torno do pescoço e sobre os ombros, emoldurando a cabeça, principalmente, nos machos. Na cabeça e nas partes dianteiras, o pêlo é mais curto e macio. Na face externa das orelhas, o pêlo é curto, reto e macio. O interior das orelhas é bem forrado. Na parte traseira das coxas, o pêlo forma um culote. Nos espaços interdigitais, encontram-se os pêlos de proteção. 
A cauda é abundantemente revestida. Nas fêmeas, a pelagem é freqüentemente mais curta e de textura mais suave do que nos machos. A correta textura da pelagem deve sempre ter um especial lustre brilhante.
COR: branco puro, creme ou branco com biscoito (a cor de fundo deve ser branca com ligeiras marcas biscoito). Jamais deve dar a impressão de ser bege.
TAMANHO
altura na cernelha: 
machos de 57 cm com tolerância de +/3 cm.
fêmeas de 53 cm com tolerância de +/3 cm.

IN 
- "CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA" 

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