30/11/2011


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"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Multinacionais antecipam fim do euro

As multinacionais estão a preparar planos de contingência para uma possível saída da zona euro, segundo entrevistas a dezenas de executivos destas empresas revelaram, avança o Financial Times.

Preocupados em relação à incapacidade dos decisores políticos de controlar a crise da dívida soberana, os executivos sentem-se na necessidade de proteger as suas empresas contra uma fatalidade que já não pode ser considerada como impossível de acontecer.

"Estamos a pensar como é que [uma saída do euro] pode acontecer", reflecte o presidente da Diageo para a Europa, Andrew Morgan. "Se houver uma grande alteração no euro, então estamos numa situação muito diferente. Com países a sair do euro, vai haver uma desvalorização massiva o que vai tornar as marcas importadas, muito, muito caras".

Alguns dos empresários acreditam que uma quebra na zona euro seria negativa mas que pode seranceiritamente viável, como é o caso do director financeiro da Volkswagen Autoeuropa, Jürgen Dieter Hoffman: "A conclusão é que o impacto global não seria tão negativo para a nossa empresa, porque somos essencialmente exportadores e pertencemos a um grupo mundial".

Os responsáveis estão preocupados com a imposição de medidas mais radicais por parte dos ministros das Finanças da união monetária, incluindo a canalização de empréstimos do Banco Central Europeu para os países em apuros da zona euro através do Fundo Monetário Internacional.

Fabricantes de automóveis, grupos de energia, empresas de bens de consumo e outras multinacionais estão a minimizar os risco ao colocar reservas monetárias em investimentos seguros e controlando despesas não-essenciais. A Siemens criou o seu próprio banco de forma a depositar fundos junto do BCE.

O director do centro de estudos Bruegel, Jean Pisani Ferry, está a examinar as consequências legais de uma separação da zona euro para os contratos comerciais entre empresas de diferentes países e acordos de empréstimo. "Os negociadores em mercados e os negócios reais estão a alterar os preços num cenário de quebra do euro".

Alguns executivos franceses, italianos, e espanhóis estão a elaborar planos para a tormenta económica e financeira, mas não especificamente para uma separação do bloco monetário. Os responsáveis temem que a estabilidade da região esteja ameaçada se se souber que estas multinacionais estão a contemplar o pior cenário possível.


* Ou esta notícia é uma grande fantochada que trará benefícios às multinacionais ou, a ser verdade, arrasa de vez com os "cérebros" europeus completamente fanados.

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