20/11/2011



ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"

Aumenta 10 % desemprego das empregadas domésticas

A crise das famílias está a atingir as empregadas domésticas. Segundo o sindicado que as representa, os casos de funcionárias despedidas, com horários reduzidos ou salários cortados aumentaram dez por cento nos últimos seis meses. Até ao início do ano, eram raros os dias em que batia à porta do sindicado uma empregada doméstica a pedir ajuda."Apareciam muito esporadicamente, mas desde Janeiro houve um aumento exponencial de trabalhadoras a recorrer aos nossos serviços", contou à Lusa Vivalda Silva, do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas (STSPVLDAD).Nos últimos seis meses, o sindicado registou um "aumento de dez por cento de situações de rescisão de contrato ou redução do horário". "Aquilo que é dito às domésticas é que as famílias já não tem possibilidades de lhes pagar porque a vida está má e por isso têm de rescindir ou reduzir-lhes o horário", relatou a sindicalista, referindo casos de empregadas que nos últimos meses viram o seu rendimento mensal baixar dos 600 para os 400 euros.Habitualmente, as famílias começam por reduzir o horário e, só quando a situação se agrava, é que avançam para o despedimento. Mas existem também relatos de quem se vê forçado a aceitar menos dinheiro pelas mesmas horas de trabalho.Nem o sindicado nem a Segurança Social conseguem dizer quantas são as empregadas domésticas existentes no país, nem qual o número real de despedimentos ou reduções de horário de trabalho.O sindicato explica que este é um sector muito difícil de monitorizar: "Nós não conseguimos contabilizar porque só passamos a ter uma relação com elas quando se dirigirem a nós. Não vamos bater à porta de uma casa particular a perguntar se têm empregada doméstica.


* Toca a toda a gente

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