HOJE NO
"DESTAK"
Risco de conflitualidade
está a aumentar em Portugal
O risco de conflitualidade está a aumentar em Portugal com o agravamento das medidas de austeridade
e a surdez dos governos perante os protestos
das populações, defendeu hoje o sociólogo
Paulo Pereira de Almeida.
“Em Portugal, na generalidade da Europa e até nos Estados Unidos, os governos têm desvalorizado a conflitualidade não violenta, mas há um risco desta aumentar e de as populações se sentirem cada vez mais distantes e impotentes perante o que está a acontecer”, afirmou à Lusa o professor do Instituto Universitário de Lisboa/ISCTE.
O sociólogo defende que não deve ser desvalorizada a conflitualidade não violenta e lembra que existe um risco de, no limite, vir a nascer um movimento de fundo quase revolucionário que mude o sistema político.
Paulo Pereira de Almeida critica o “autismo” do sistema político em relação aos conflitos sociais e a “falta de consideração” que tem mostrado pela conflitualidade não violenta.
“Os governos assumem que as pessoas têm o direito de protestar, mas mantêm as políticas. O que adianta sair à rua se não somos ouvidos”, questionou o sociólogo, manifestando-se preocupado com o agravamento de medidas de austeridade previstas para o próximo Orçamento de Estado (OE) que vai ser apresentado ao parlamento até segunda-feira, dia 17.
Paulo Pereira de Almeida defende que o OE devia refletir as preocupações de fundo da sociedade e que a Europa devia dar sinais que quer uma estratégia para a criação de emprego por via inclusiva.
“Cada vez mais nos sentimos menos identificados com o sistema política, mas a obrigação deste sistema era ouvir o nosso protesto pois existe, ou foi criado, para isso”, advertiu.
* O Direito à Indignação tem de existir, por causa de previsão e prevenção de conflitos não vão as polícias começar a prender manifestantes e deixar em liberdade traficantes, homicidas, violadores e detentores de poder público corruptos...
Já acontece, não é??
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