20/09/2011


HOJE NO
"RECORD"

Clássicos entre FC Porto-Benfica marcados pela tensão
Tolerância zero por parte da polícia

O clássico entre FC Porto e Benfica, pelas emoções, história e rivalidade que envolve, tem sido fértil em incidentes nas últimas épocas e por isso mesmo merece tolerância zero pelas forças policiais.

Portistas e benfiquistas defrontam-se sexta-feira, para a 6.ª jornada da Liga Zon Sagres, no Dragão, em jogo que define a liderança, já que opõe os dois primeiros classificados, atualmente com o mesmo número de pontos.

Intimamente associadas ao jogo estão já as "clássicas" bolas de golfe, que os elementos das claques fazem entrar no recinto com o intuito de as arremessar aos jogadores adversários.

Na última época, no jogo disputado a 7 de novembro, no Dragão, da 10.ª jornada da Liga, foram várias as bolas de golfe atiradas para o relvado, tendo o guarda-redes Roberto - jogador do Benfica na altura - sido um dos alvos preferidos.

Já com o FC Porto a vencer por 3-0, com um golo de Varela e dois do colombiano Falcão, Roberto foi atingido nas costas, no início da segunda parte, por uma das muitas bolas arremessadas.

O árbitro Pedro Proença recolheu e entregou posteriormente a bola de golfe ao quarto árbitro, Rui Silva, resultando do respetivo relatório a multa de 2.500 euros por parte da Comissão Disciplinar.

A goleada por 5-0 imposta pelos dragões - Hulk marcou por duas vezes na segunda parte - custou ainda mais 1.400 euros por comportamento incorreto reincidente por parte do público e 300 euros pela falta da bandeira do Benfica.

A reação do FC Porto ao Benfica ficou ainda marcada, além do arremesso das bolas de golfe, a exemplo da época anterior, com a presença de um frango a passear nas imediações da baliza de Roberto.

Já antes do início do jogo, o autocarro do Benfica tinha sido alvo do arremesso de pedras e bolas de golfe quando se dirigia para o Estádio do Dragão, tendo daí resultado a quebra do vidro frontal superior.

Por seu lado, os adeptos do Benfica que viajaram de Lisboa foram escoltados pela Policia durante o percurso entre a estação de caminho-de-ferro de Campanha e o estádio, cumprido a pé, e foram alvo do arremesso de algumas pedras e bolas de golfe.

As autoridades procederam à detenção de dois adeptos antes do clássico e o Tribunal de Instrução Criminal do Porto determinou a apresentação periódica a um dos envolvidos no arremesso de objetos e posse de material pirotécnico.

A questão do arremesso de objetos dentro dos estádios levou mesmo o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Fernando Gomes, a propor a interdição imediata do recinto em que tal se verifique.

Fernando Gomes propôs a interdição imediata do estádio ou a realização de um a três jogos à porta fechada e multa para os casos em que daquele ato resulte uma interrupção do jogo superior a cinco minutos.

Esta proposta, apresentada em junho e que teve bom acolhimento junto dos clubes, só deverá entrar em vigor na próxima época, dado que ainda terá que ser ratificada em assembleia-geral pela FPF.


* Há uma nítida incapacidade de as claques serem grupos de adeptos exemplares, porque na sua grande maioria os indíviduos que as compõem vão para os campos exorcisar as suas frustações, ignorâncias e cobardias do dia a dia.
Por outro lado, não se vê da parte do poder político vontade de actuar repressivamente contra estes vândalos através de legislação mais severa.
Quem manda no futebol, salvo pequenas excepções, apoia este humanóides tipo "pit bull". 
O elo mais fraco é a polícia que prende estes arruaceiros da bola, para quase a seguir um tribunal os libertar.

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