19/09/2011


HOJE NO
"PÚBLICO"
Estradas de Portugal em risco de 
insustentabilidade financeira 
a partir de 2014
A Estradas de Portugal (EP) deverá enfrentar 
“sérias dificuldades” em financiar-se em 2013, 
correndo o risco de insustentabilidade financeira a partir de 2014, segundo um relatório da Inspecção-Geral de Finanças (IGF), a que a Lusa teve acesso.

“Face à actual conjuntura dos mercados financeiros e aos consequentes constrangimentos que a generalidade das empresas enfrenta para obter financiamento, que já se começam a fazer sentir na EP, e caso não sejam tomadas outras medidas, nomeadamente a intervenção do Estado, a empresa irá enfrentar sérias dificuldades em se financiar em 2013”, lê-se no documento elaborado entre Setembro de 2010 e Junho deste ano.

A equipa que fez o relatório afirma mesmo “perspectivar-se a insustentabilidade financeira [da EP] a partir de 2014, dado o considerável agravamento da situação financeira em consequência do início dos pagamentos das subconcessões contratadas nos últimos três anos”.

Segundo o documento, com base nas projecções da EP dos cash-flows (valor recebido e pago por um negócio durante um determinado período) plurianuais das concessões e subconcessões até 2015 (encargos líquidos), “é possível antecipar o significativo acréscimo das necessidades de financiamento a partir de 2014”.

Este agravamento, originado pelo início dos pagamentos das subconcessões, deve ascender a 732,9 milhões em 2015, enquanto a dívida bancária deve atingir 4.255,5 milhões, com um crescimento de 2.254,8 milhões em cinco anos (2011-2015).

A auditoria conclui que a estrutura da dívida bancária, essencialmente de curto prazo (77,5%), é “desadequada face ao perfil de longo prazo da actividade da EP e aumenta o risco de refinanciamento”.

Apesar de a cobrança de portagens das SCUT “atenuar” o crescimento das necessidades de financiamento da empresa a partir deste ano, “as receitas daí resultantes continuam a ser notoriamente insuficientes, sobretudo com o início dos pagamentos das subconcessões em 2014”.

As receitas líquidas da cobrança de portagens deverão totalizar 221,7 milhões de euros em 2012.

A partir deste ano, a EP prevê uma “acentuada degradação” do resultado líquido – prejuízo de 75,2 milhões de euros em 2012 –, “devido a registo de gastos com conservação e financiamentos relacionados com subconcessões que entram ao serviço, de forma gradual, a partir de 2011 (274,9 milhões de euros)”.

Estes gastos vão agravar-se no futuro, à medida que vão entrando em serviço mais subconcessões.

No período 2008-2010, a EP registou uma melhoria do resultado líquido, que subiu de 53,3 milhões de euros em 2008 para 110,2 milhões de euros em 2010.

Ainda este ano, está previsto que a EP pague cerca de 16 milhões de euros, relativos ao acordo de reequilíbrio financeiro da concessão Lusoponte.

Em sede de contraditório, a EP refere que o seu enquadramento legal “não permite a intervenção do Estado, nomeadamente devido ao contrato de concessão celebrado entre a EP e o Estado”.


* Antes de ir para a administração da "OPWAY" o que é que o "brilhante" Almerindo Marques andou a fazer na Estradas de Portugal??? Talvez a preparar a saída...
Se desejar consulte neste blogue no dia 29/05/11 uma notícia vinda no "SOL" e que nós inserimos às 22H35.


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