27/09/2011


HOJE NO
"OJE"

CIP aplaude medida para desempregados mas num plano de 
crescimento e competitividade

A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) aplaudiu hoje a medida anunciada pelo Governo sobre a criação de um programa para desempregados mas defendeu que só será eficaz se for enquadrada num plano de crescimento para a competitividade das empresas.

"Todas as medidas são de aplaudir mas têm de ser enquadradas num plano ambicioso de crescimento para a competitividade das empresas. Subscrevo todas as medidas que visem a criação de emprego mas a eficácia da medida se desgarrada de um enquadramento mais global será insuficiente", explicou à agência Lusa o presidente da CIP.

De acordo com António Saraiva, as empresas já usufruem de isenção da Taxa Social Única quando empregam jovens à procura do primeiro emprego e desempregados de longa duração e nem por isso o combate ao desemprego tem sido eficaz.

"Não é porque as medidas não são virtuosas é porque as condições em que as nossas empresas se encontram não permitem a situação líquida do emprego. Estamos num mercado interno recessivo, num enquadramento internacional complexo e competitivo", disse.

Na opinião de António Saraiva, as empresas contratam não porque têm benefícios mas porque precisam reforçar-se em termos de recursos humanos para fazer face ao aumento de trabalho e aos novos mercados que adquirem.

"Neste mercado competitivo em que vivemos precisamos de um enquadramento e capacidades económicas diferentes que funcionem, precisamos de prazos respeitados, de credibilidade fiscal e parafiscal quer o investimento seja nacional ou estrangeiro", disse. "Precisamos de um conjunto de factores de competitividade que promovam significativos ganhos de produtividade para as empresas porque essa é a maneira sustentada de criar emprego", acrescentou.

O ministro da Economia e Emprego anunciou ontem que o Governo vai lançar em breve um programa no valor de cerca de 100 milhões de euros com vista a dar trabalho a desempregados há mais de seis meses. Álvaro Santos Pereira, que falava no programa "Prós e Contras" da RTP1, disse que o programa visa pedir às empresas que empreguem trabalhadores desempregados há mais de seis meses. Estes trabalhadores irão receber formação e deverão auferir cerca de 420 euros.


* Quando a CIP aplaude medidas governamentais para criar empregos para desempregados de longa duração algo nos diz para desconfiarmos. O sr. António Saraiva faz "bem" as contas para os empresários, beneficiar quem trabalha já foi chão que deu uvas.


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