ESTA SEMANA NO
"VIDA ECONÓMICA"
De acordo com relatório da OCDE
"Grande recessão" já destruiu mais de
13 milhões de postos de trabalho
A OCDE lança um aviso dramático. O mercado de trabalho vai-se deteriorar ainda mais com o abrandamento da economia global. A organização pede aos responsáveis políticos para colocarem a luta contra o desemprego à cabeça das suas agendas.
O relatório publicado pela OCDE é revelador do que se está a passar. A crise terá já provocado a destruição de 13 milhões de postos de trabalho na zona por si representada. Cerca de 8,2% da população ativa dos países da OCDE está sem trabalho e a tendência é para um agravamento se os governos não adotarem medidas concretas e eficazes. É certo que o desemprego não se fez sentir de igual forma em toda a região, mas nem por isso deixa de haver casos muito preocupantes, como Portugal, Espanha e até Estados Unidos (neste último caso, a taxa de desemprego mais do que duplicou, para 9%, relativamente ao nível de antes da crise).
A OCDE diz que não é um acaso alguns países terem conseguido contrariar o aumento do desemprego. Reflete a eficácia das políticas de emprego adotadas e a rapidez com que que foram colocadas em prática. Refere a organização que o G20 deve criar políticas comuns para fazer face a este problema. Um dos problemas mais graves que se colocam é o aumento do desemprego de longa duração que se está a verificar. Trata-se de uma situação nova em vários países e que levanta questões sociais muito graves. Não era habitual isto suceder em países desenvolvidos. Agora há pessoas que procuram trabalho há mais de dois anos. A OCDE diz que é necessário desenvolver políticas que estimulem a criação de emprego. No entanto, haverá que ter um cuidado redobrado para não colocar em causa a disciplina orçamental. Os governos não podem é ficar parados, têm que arranjar soluções que permitam criar emprego efetivo e não artificial, como tem sucedido com alguma frequência nos últimos anos.
* As políticas que se querem desenvolver são aquela que tornam os ricos mais ricos e os desempregados cada vez mais disponíveis para trabalhar com baixos salários.
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