25/07/2011



HOJE NO
" O PRIMEIRO DE JANEIRO"


Décadas de queda da indústria naval
Em algumas décadas, em Portugal, esta indústria passou de 26 mil empregados para os cerca de mil trabalhadores atuais.

A indústria naval portuguesa já empregou 26 mil pessoas mas, hoje, restam os Estaleiros Navais de Viana do Castelo como a última grande empresa de um setor que nunca se conseguiu levantar após a chegada dos construtores asiáticos. O contra-almirante Victor Gonçalves de Brito, um dos maiores especialistas em indústria naval, recorda que o pico do setor foi atingido em meados dos anos setenta. Desde então o setor só tem perdido postos de trabalho, empresas e encomendas, até aos cerca de mil trabalhadores atuais 'Maior produtividade, menores custos de produção e condições de mercado distorcidas', são os motivos na alteração do mercado. Há cerca de 40 anos, só nos estaleiros de Viana do Castelo (ENVC), a construção e reparação naval empregava mais de 2500 trabalhadores, na LISNAVE mais de 8500 e em Setúbal (SETENAVE) cerca de cinco mil. A estes somavam-se ainda 3400 trabalhadores no Arsenal do Alfeite e cerca de dois mil espalhados por outros estaleiros. 'Portugal apenas deverá aspirar à construção de navios em nichos dentro dos nichos, aproveitando situações pontuais de ocasião', afirma. 'Portugal deixou de ser competitivo', admite, assinalando que o País não tem custos de produção baixos, produtividade ou sequer capacidade de gestão 'adequadas', Entre o 'nicho tecnológico', ao alcance de Portugal, conta-se, defende ainda, a aposta nas renováveis, 'sobretudo grandes estruturas oceânicas de energia'.


* A pesada herança do cavaquistão


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