17/02/2011

ALMORRÓIDA ATENTA


Sal a mais pode tirar 
10 anos de vida às crianças

As crianças portuguesas ingerem quatro vezes mais sal por dia do que a dose indicada pela OMS, facto que pode retirar-lhes 10 anos da esperança média de vida actual, estima a Sociedade Portuguesa de Hipertensão.

A hipertensão afecta 12 por cento das crianças 
e jovens portugueses 
que têm entre cinco e 18 anos de idade.

Em entrevista à agência Lusa, o presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, Alberto Silva, avisa que se a sociedade actual não reverter a situação do elevado consumo de sal, as "crianças não vão viver os 10 anos que actualmente se ganhou em relação às gerações anteriores".
No âmbito do Congresso Português de Hipertensão, que arranca hoje em Vilamoura, Algarve, o médico Alberto Silva aconselha os pais a diminuir a quantidade de sal na alimentação dos seus filhos para os proteger da hipertensão.
"Em casa todos comem do mesmo tacho, e se nós comemos com 12 gramas e as crianças só precisam de três gramas, elas estão a comer quatro vezes mais e isto no futuro vai aumentar a probabilidade de serem hipertensas", alertou Alberto Silva, frisando que é urgente reverter esta realidade.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda seis gramas de sal por dia para um adulto e três gramas de sal diárias para as crianças, mas os portugueses estão a comer 12 gramas por dia e a dar às crianças quatro vezes mais do que o recomendado.

Portugal continua a ter muitos doentes que não sabem que são hipertensos e que ainda não estão a fazer tratamento.
Dos que estão a fazer tratamento, só uma pequena percentagem dos doentes é que está controlada, o que se traduz no grande número de acidentes vasculares cerebrais e doença coronária, explicou o médico.
Quase metade da população sofre de hipertensão (42 por cento) e apenas 11% dos portugueses é que estão controlados com medicação.
O Congresso Português de Hipertensão, que decorre em Vilamoura a partir de hoje e termina no dia 20, vai debater temas como a disfunção eréctil e a hipertensão.

IN "DIÁRIO ECONÓMICO"
17/02/11

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