09/01/2011

MANUELA MOURA GUEDES


Um BPN, 2 imprensas

Concluí, há muito, que Portugal é um territoriozinho domesticado com uma comunicação social que se deixa ir pela mão de quem a conduza.


Parece claro que, para além de um coelho há, nestas presidenciais, uma lebre, do PS.

Defensor de Moura serviu para lançar as questões sujas contra Cavaco Silva para Manuel Alegre vir depois fazer disso o seu cavalo de batalha. E os jornalistas enchem páginas, dão antena.

Gastamos dias com a questão dos ganhos com as acções da SLN, que Cavaco comprou e vendeu. Mas isto não é novo. Porquê só agora e a reboque de mais uma campanha socialista, que conta com o eco dos jornalistas e que só vive deles? Antes, quando se conheceu o assunto, questionaram assim Cavaco? Investigaram? Não vi nada. E também não vejo o mesmo afinco dos jornalistas em relação à maior asneira de Sócrates, até agora: a nacionalização do BPN. 5 mil milhões de euros que os contribuintes terão de pagar. Na Islândia, o parlamento, pelo mesmo, decidiu que o primeiro–ministro seria julgado por negligência.

E diz Manuel Alegre que quer o país limpo! Onde estava ele nas legislativas? Cavaco também não é inocente no silêncio que manteve perante as mais diversas situações. Agora está a saber, de facto, o que é uma imprensa "muito suave".

JORNALISTA

IN "CORREIO DA MANHÃ"
07/01/11

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