PEDRO SANTOS GUERREIRO

Opinião



A bancarrota do BPP


Está a falir um banco em Portugal: o Banco Privado Português. É a primeira falência de um banco desde quase Salazar. É uma péssima notícia. E, no entanto, o ar parece mais limpo agora. Porque há um triunfo moral. O Banco de Portugal vai finalmente...

Está a falir um banco em Portugal: o Banco Privado Português. É a primeira falência de um banco desde quase Salazar. É uma péssima notícia. E, no entanto, o ar parece mais limpo agora. Porque há um triunfo moral.

O Banco de Portugal vai finalmente tapar a cova em que BPP está deitado há muito. Caído há ano e meio da graça em que imprudentemente vivia, o BPP passou a ser um zombie. Há quase um ano, aqui escrevi em editorial: "O BPP morreu." Não foi uma vidência. Era uma evidência.

O estertor durou de mais, o que se explica com o tempo até chegar à solução do mega-fundo para os clientes de retorno absoluto. De todos os prejudicados desta triste história do capitalismo emergente, especulador e trapaceiro, são eles os maiores. Os tribunais decidirão se foi crime. As vítimas não têm dúvidas: olham para o seu dinheiro e sabem a resposta.

Esta história do BPP e do infame "retorno absoluto" tem responsáveis e os responsáveis têm nomes e os nomes são os dos administradores, começando pelos dois presidentes que fizeram o BPP: João Rendeiro e Paul Guichard. Duas faces da mesma moeda: um foi cara, o outro foi coroa. Inocentes até prova em contrário. Mas com ónus: se não foi por eles, foi com eles que os clientes foram enganados. Mesmo que sem dolo: por deslumbramento com a sua magnífica construção; cegos para a vulnerabilidade face à valorização bolsista; incompetentes para medir as necessidades de capital do banco.

Os clientes receberão em quatro anos quase todo o seu dinheiro (no melhor cenário: o dinheiro todo). Eles foram enganados e roubados nas suas expectativas, mas esta solução é menos má. Mesmo com a agonia das contas congeladas.

O BPP sai da economia e segue para a Justiça, para uma catadupa de processos. Mas fecha para balanço, o balanço em que clientes e accionistas perderam dinheiro, em que a Orey quis ser oportunista e comprar uma licença bancária patrocinada pelo Estado. E em que houve falhas de regulação. Da CMVM, que podia ter feito perguntas sobre produtos anunciados com rendibilidades de 8%. Mas sobretudo do Banco de Portugal.

O caso BPN é muito mais grave e sairá muito mais caro ao Estado do que o BPP. Mas, paradoxalmente, o BPP era mais fácil de desmontar do que o BPN, onde se suspeita da maior bandidagem. No BPP, não era preciso ser KGB: Bastava uma tarde de trabalho: pedir para ver a lista do dinheiro investido em retorno absoluto e exigir aumento de capital próprio que provisionasse o retorno que estava a ser garantido.

A partir do momento em que o mega-fundo foi constituído, o BPP ficou oco. Não é nada, não tem nada, não vale nada, é uma ruína decadente que devia pesar sobre as consciências daqueles que o criaram.

Mas o seu fecho é uma janela de ar fresco. Desta vez, o improvável acontece: é o Governo e a Caixa quem sai bem. É Sócrates, é Teixeira dos Santos, é Costa Pina, é Faria de Oliveira. Foram chantageados e não cederam. Apesar do erro do aval de 450 milhões de euros em benefício de credores "especiais" (caixas agrícolas e bancos estrangeiros), grande parte desse dinheiro pode ser recuperado. Sobretudo: num País em que se arranja sempre formas de manter o que apodrece, desta vez não se subsidia a manha, não se salva o falido, não se protege o fautor, não se sucumbe ao lóbi.

Parece estranho, mas hoje o dinheiro dos portugueses está mais seguro do que estava ontem. Quem está no mercado sabe que o erro tem punição. É por isso que há um triunfo: o risco moral prevaleceu.


PS:O Central - Banco de Investimento também fechou as portas. Contudo, tratava-se de um banco de investimento, não era uma instituição de crédito. Ao contrário do BPP.


in "JORNAL DE NEGÓCIOS"

AOS 78 ANOS..............


Com toda esta nova tecnologia recente sobre a fertilidade, uma senhora
de 78 anos foi capaz de dar à luz um menino.
Quando ela teve alta hospitalar, foi para casa, e seus familiares e amigos vieram visitá-la.
- Podemos ver o novo bebê? - alguém perguntou.
- Ainda não - disse a mãe - Vou fazer um café e poderemos conversar um pouco antes.
Trinta minutos se passaram; e um outro perguntou..
- Podemos ver o bebê agora?
- Não, ainda não - disse a mãe.
Depois de mais alguns minutos, eles perguntaram de novo.
- Podemos ver o bebê agora?
- Não, ainda não. - respondeu a mãe.
Já meio impacientes, eles perguntaram :
- Bem,... então quando poderemos ver o bebê?
- QUANDO ELE CHORAR! - ela disse a eles.
- QUANDO ELE CHORAR???
- E por que temos que esperar ele chorar?
- PORQUE EU ESQUECI ONDE O COLOQUEI

TENHA UM BOM DIA


O Sport Lisboa era de Belém e não tinha campo. Mirabolantes algumas histórias dos seus primeiros tempos – em que as balizas se montavam e desmontavam para treinos e jogos e as redes eram da pesca. Como o Sport Benfica tinha campo e sede de luxo, mas não tinha jogadores, fundiram-se. E o que era para ser o Sport Clube de Lisboa e Benfica acabou à última hora por ser... Sport Lisboa e Benfica.
"BOLA"

Cerca de cem alunos da Universidade Fernando Pessoa (Porto) que, ao abrigo de um protocolo entre esta instituição e o Automóvel Clube de Portugal, beneficiaram de um desconto de dez por cento no pagamento de propinas, foram instados a devolver o valor da dedução. A justificação da UFP é de que, afinal, não estavam abrangidos pelo acordo.
"CORREIO DA MANHA"

O ministro da Justiça foi ontem, terça-feira, ao Parlamento balizar as propostas de combate à corrupção que o grupo parlamentar do PS aprova esta manhã. Certo é já que os gestores públicos serão obrigados a declarar rendimentos.
A inclusão dos gestores de empresas públicas e participadas pelo Estado na lista dos titulares de cargos políticos e públicos, que são obrigados a declarar os rendimentos, é uma das propostas que deverão sair da reunião de hoje, na qual se prevê muitas divergências de opinião. Dia 22, o pacote legislativo do PS será levado a plenário.
"JORNAL DE NOTICIAS"

O PSD não vai mesmo viabilizar qualquer uma das medidas fiscais avançadas pelo Governo no Programa de Estabilidade e Crescimento que implique um agravamento da factura dos contribuintes, garantiu ontem o porta-voz do partido, Miguel Relvas, ao Negócios.
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

O Turismo do Algarve (TA) manifesta-se “indignado” pelo facto da região, distinguida internacionalmente como sendo o “melhor destino de golfe do mundo”, ter sido afastada da candidatura ao Ryder Cup 2018 – o maior evento desportivo da modalidade, com uma projecção comparável aos jogos olímpicos e mundial de futebol.
"PÚBLICO"

Solenemente, o vice-presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), Paulo Pereira de Almeida, assinalou uma falha de mais de 11 mil crimes no Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2009. Este responsável falava no âmbito de um Think Tank, promovido ontem pelo OSCOT, para analisar o RASI e pediu mais rigor nos números oficiais, por uma questão de "integridade estatística".
Em causa está, de acordo com Paulo Pereira de Almeida, a discrepância entre os números que foram recentemente apresentados pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, e pelo secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Mário Mendes, e os dados da Direcção-Geral da Política de Justiça (DGPJ), que contabiliza também a criminalidade participada.
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

ESPOSA



Esposa é aquela pessoa amiga e companheira, que está sempre ali, ao seu lado, para ajudá-lo a resolver todos
os problemas que você não teria se fosse solteiro...

O cúmulo do hipocondríaco...

Hipocondríaco
é aquele tipo que vai ao médico e diz
:

-
Doutor, a minha mulher traiu-me há uma semana
e ainda não me apareceram os cornos
.
Será falta de cálcio?