15/11/2010

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...que o barco está quase a bater no fundo

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QUEM TRABALHA...ALCANÇA
«Traçámos meta ambiciosa» - Armindo Araújo
Piloto de Santo Tirso alcança dupla proeza, com o segundo lugar na Produção a saber a vitória. Feito inédito abre novas portas no Mundial.
A dupla Armindo Araújo/Miguel Ramalho (Mitsubishi Lancer Evo X) concretizou, de forma eficaz, a estratégia delineada para o Rali de Gales e concretizou o objectivo traçado para esta temporada, ao conquistar novo título mundial da categoria de Produção.
«Ser campeão pela segunda vez consecutiva é fantástico, após um fim-de-semana de muita emoção e tensões várias, para entregar a Portugal novo título», sublinhou o piloto da Ralliart Itália, que fechou com o segundo lugar, atrás de Ott Tanak (Mitsubishi), mas muito à frente do rival Patrick Flodin (5.º) à chegada a Cardiff, época de ouro: três vitórias (México, Alemanha e França), por duas vezes foi segundo classificado (Jordânia e Gales) e averbou ainda um terceiro lugar (Suécia). Em resumo, uma temporada sempre no pódio!
«Traçámos meta ambiciosa, é certo, mas preparámos muito bem a época. A cartada nos ralis de asfalto foi importante. A equipa esforçou-se sempre muito, testámos bastante e a regularidade foi o nosso argumento», justificou Armindo, sublinhando que, em Gales, «rali muito complicado face às condições de aderência, o resultado nunca esteve em perigo, apesar do sobressalto com o turbo no final da primeira etapa e dos problemas com o escape no dia seguinte.»
Já para o fiel navegador Miguel Ramalho (a dupla tem nove anos)... «Acabou por ser o rali mais controlado da época: tínhamos de perceber que não podíamos arriscar e era preciso não cair nessa tentação.»
"A BOLA"

ELECTRO-CHOQUE EM MÃO ESCONDIDA
Aquisição de dívida pública por Timor 
não choca Cavaco
O Presidente da República garante não ficar surpreendido nem chocado que Timor-Leste possa fazer aplicações em Portugal, recusando contudo a ideia de que o País esteja de "mão estendida".
Cavaco Silva reagia assim às declarações do presidente timorense, José Ramos-Horta, sobre a possibilidade de Timor-Leste comprar títulos de dívida pública portuguesa. "Segundo o presidente Ramos--Horta me explicou várias vezes, existe o Fundo do Petróleo, onde estão reservas para o futuro de Timor relativamente às concessões que foram feitas, e estão a ser feitas muitas aplicações por parte desse Fundo", recordou. Por isso, acrescentou Cavaco Silva, não o "choca" que pudessem fazer "aquisições na Europa e em Portugal".
"CORREIO DA MANHÃ"

TRANSPARÊNCIA BASTANTE OPACA
Finanças identificam descontrolo na contratação
Auditorias apontam falhas no controlo interno, irregularidades nos procedimentos e práticas de gestão condenáveis. Empresas têm em curso medidas de correcção.
A Inspecção-Geral de Finanças (IGF) concluiu, nas auditorias que realizou aos procedimentos de contratação em 13 empresas que integram o Sector Empresarial do Estado (SEE), que na maioria há fragilidades e deficiências no controlo interno, que resultaram mesmo em prejuízos.
A IGF encontrou ainda, na análise aos contratos de aquisição de serviços e venda de resíduos das empresas de capitais públicos com Manuel Godinho, procedimentos de selecção em concursos que não garantiram os princípios de transparência, concorrência e igualdade de tratamento, favorecendo nalguns casos "objectivamente a O2", do universo empresarial do arguido do processo "Face Oculta".
E aponta até o dedo à gestão de algumas das empresas auditadas. É o caso da REN, onde a IGF encontrou "práticas de gestão questionáveis" e a "passividade do conselho de administração face a tais irregularidade, que "terá potenciado custos acrescidos e diminuição dos proveitos da REN".
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

FORMAMO-LOS E DESPACHAMO-LOS
Enfermeiros no estrangeiro triplicam 
em apenas um ano
Há anos que o êxodo tem sido a única solução para os enfermeiros no desemprego. Mas um estudo da Ordem dos Enfermeiros (OE) mostra valores recorde. Em apenas 12 meses, o número de profissionais a emigrar quase triplicou. Eram 5% dos que encontravam emprego em 2009, aproximam-se este ano dos 15%. Espanha é ainda o país de eleição (54% dos emigrantes), mas o Reino Unido já representa 17%, seguido da Suíça (15%) e França (7%).
A OE diz que estes números pecam por defeito - como o levantamento da situação profissional dos jovens enfermeiros é feito tendo por base um inquérito aos inscritos na Ordem nos últimos anos, é mais difícil chegar a quem está fora. O estudo, a que o i teve acesso, consultou quase mil profissionais entre os 21 e os 49 anos e concluiu que dois em cada dez estão desempregados. Os enfermeiros formados mais recentemente são os que apresentam maiores taxas de desemprego e o Norte, onde existem mais escolas de enfermagem, congrega 71% dos profissionais que não exercem a profissão.
Metade dos enfermeiros sem trabalho nunca recebeu qualquer proposta. E 14% admitem ter rejeitado ofertas por serem apenas estágios profissionais, apresentarem más condições de trabalho ou remunerações muito baixas.
O número de licenciaturas tem disparado - em 2009 era o curso que tinha mais vagas disponíveis, com 1807 - ao mesmo tempo que a contratação de profissionais tem sofrido restrições. O resultado é fácil de perceber: existem levas de desempregados engrossadas pelos congelamentos anunciados na função pública. O problema é que a situação não é um resultado simples das leis da procura e da oferta, porque há enfermeiros em falta no Serviço Nacional de Saúde - só nos centros de saúde de Lisboa faltam mais de mil e, segundo as contas do Sindicato dos Enfermeiros de Portugal, a carência a nível nacional ascende aos cinco mil.
"i"

ESTÃO A MEIA HASTE
Salvio: «Nunca iremos baixar os braços»
A cumprir o 3.ª jogo consecutivo como titular, Salvio voltou a dar boas indicações a Jorge Jesus. Em destaque na vitória com a Naval, o extremo argentino, de 20 anos, ainda acredita que o Benfica pode revalidar o título de campeão nacional: “Temos de levantar a cabeça e continuar a lutar. Perdemos com o FC Porto mas nunca iremos baixar os braços”, garantiu.
Emprestado pelo At. Madrid aos encarnados, o camisola 8 acredita que está a melhorar de jogo para jogo: “Sinto-me cada vez melhor. Vou adquirindo ritmo a cada partida que passa e penso que com o Lyon já tinha estado a um bom nível.”
"RECORD"

SÓ LHES RESTA MORRER
Políticas públicas passam ao lado 
do problema dos idosos
Os políticos portugueses "ainda não interiorizaram a gravidade do problema do envelhecimento demográfico". O aviso, directo e sem eufemismos, é do sociólogo Manuel Villaverde Cabral, para quem os apoios à natalidade são a melhor arma para combater o acelerado envelhecimento português, que fez com que, no ano passado, houvesse 118 idosos por cada 100 jovens.
"O país está com uma taxa de fecundidade de 1,32 crianças por mulher mas continua a correr atrás do prejuízo, sem fazer nada que antecipe o problema e o faça regredir", reforça o sociólogo, para lembrar que, por estes dias, "os cancros terminais, os problemas cardiovasculares e as doenças do foro neurológico dos dois últimos anos de vida das pessoas já representam metade da despesa no orçamento da Saúde".
Antecipando a sua intervenção na conferência Envelhecimento nas Sociedades Contemporâneas: Desafios para a Investigação e Intervenção Social, que se realiza hoje no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, Villaverde Cabral aponta o exemplo francês, cuja taxa de fecundidade subiu para os 2,1 filhos por mulher em idade fértil, à força de "uma política de natalidade que contempla medidas como um reforço das creches e incentivos ao trabalho em part-time para as mulheres".
Estabelecida que está a relação entre o montante das reformas e a longevidade dos idosos ("quanto mais alta a pensão, maior a longevidade"), o sociólogo do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa defende a introdução de um factor de equidade nas reformas. "As pensões mais altas devem baixar em benefício das mais baixas", sustenta.
"PÚBLICO"

NATAL DOS PORTUGUESINHOS
Lojas antecipam promoções em 
um mês e meio antes do Natal
As lojas vão iniciar promoções mais cedo este ano, a um mês e meio do Natal para tentar recuperar algumas perdas.
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, Vieira Lopes, diz que a grande quebra do consumo deverá chegar em 2011, "quando as pessoas sentirem o impacto da quebra do rendimento e do aumento dos impostos".
Por agora as promoções podem ajudar a "recuperar o atraso na facturação" registada em 2010.
"DIÁRIO ECONÓMICO"

CAMBALACHOS MUNICIPAIS
Concursos-relâmpago garantem 
obras de 93 milhões de euros
Alargamento do procedimento de urgência às empreitadas levou à "proliferação" destes concursos, acusa a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, que critica a falta de "transparência e igualdade".
As autarquias lançaram, desde 2 de Agosto, 82 empreitadas com carácter urgente, no valor global de 93,8 milhões de euros. Em 25 destes concursos, correspondentes a um investimento de 22,994 milhões de euros, o prazo concedido para apresentação de propostas oscilou entre as 24 e as 72 horas. Prazos que a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) considera que "põe em causa a rigorosa gestão do erário público", na medida em que "não garantem o princípio da transparência, da igualdade e da sã concorrência entre as empresas".
A proliferação dos concursos de obras públicas urgentes está a preocupar o presidente da confederação, que considera "impensável" que se exija aos interessados a apresentação de propostas em 24 horas para uma obra de um ou dois milhões de euros e "incompreensível que o Estado corra os riscos inerentes a este procedimento". E a que riscos se refere Reis Campos? "Desde logo, a ter propostas elaboradas à pressa, o que pode criar litígios posteriormente. Já para não falar do risco de pagar mais pela obra pelo facto de aparecerem a concurso menos concorrentes do que apareceriam se o prazo fosse mais alargado", diz.
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

ESTAMOS EM CINZENTO MUITO ESCURO
'Período negro da crise ainda não chegou '
Presidente da Cáritas espera sinal de que medidas de austeridade não vão recair com 'maior agressividade', nos mais penalizados.
A Cáritas Portuguesa advertiu, ontem, que 'o período negro da crise ainda não chegou', e que o desemprego vai subir e será de longa duração, recomendando 'um menor despesismo', e uma 'luta permanente contra as assimetrias sociais',
No comunicado final do Conselho Geral da instituição, a Cáritas considera também que existem na sociedade portuguesa situações que exigem 'profunda reflexão', como a 'escassa penalização dos rendimentos mais elevados', ou a 'diminuição de salários da administração pública', Admitindo 'dificuldades', a Cáritas sustenta que este não é o momento para desistir, mas para 'empenhar-se cada vez mais',
O presidente da CP, Eugénio Fonseca, manifestou o desejo de que no «sapatinho» português no próximo Natal haja um sinal de que as medidas de austeridade são de equidade 'e não vão apenas recair com maior agressividade sobre aqueles que já são no dia a dia penalizados',
O presidente da Cáritas estranha, contudo, que os cortes esteja a ser feitos 'em áreas tão estruturais', como a educação, a saúde e a ação social. 'É aí que se fragiliza mais a sociedade portuguesa', alertou.
"PRIMEIRO DE JANEIRO"

MAIS DINHEIRO PARA AVALIADORES
Governo vai reavaliar financiamento 
da Estradas de Portugal
O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações disse hoje, segunda-feira, que o Governo vai reavaliar o modelo de financiamento da Estradas de Portugal, acrescentando que será criado um grupo de trabalho para o efeito.
António Mendonça, que está a ser ouvido na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, sobre o Orçamento do Estado para 2011, afirmou que o Governo vai "reavaliar todo o financiamento da EP".
O ministro acrescentou que será "assinado hoje um despacho conjunto dos Ministérios das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e das Finanças, que visa criar um grupo de trabalho para reavaliar o modelo de financiamento da EP à luz da conjuntura nacional e internacional".
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

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